A luta continua: veja o selo da campanha contra violência de gênero da Rede Gazeta

selooooooooNão somente durante o mês de março, mas ao longo de 2018, a luta pelo fim da violência contra mulher será pauta na Rede Gazeta. O selo da campanha institucional “Violência contra mulher: quebre o ciclo” estará presente nos jornais A Gazeta e Na! e também na TV Gazeta, através de uma vinheta especial.

“O poder de mobilização que uma rede de comunicação tem é muito relevante para ajudar a por luz nesse tipo de assunto”, explicou a diretora de Transformação, Leticia Lindenberg.

O objetivo da campanha é alertar, orientar e estimular que mulheres vítimas de violência procurem ajuda. Além da campanha publicitária e matérias jornalísticas, rodas de conversa, seminários e outras iniciativas abordando o tema vão acontecer ao longo do ano.

Rede Gazeta lança campanha pelo fim da violência contra as mulheres

Informações de Maíra Mendonça

Diante dos casos de agressão contra as mulheres, a Rede Gazeta realizou, na última sexta (09), o seminário “Pelo Fim da Violência Contra Mulher”. O evento, que reuniu especialistas no tema, marcou o início de uma campanha de prevenção e enfrentamento, que envolverá todos os veículos de comunicação do grupo, além de parcerias com o Ministério Público e o Tribunal de Justiça.

Abrindo o seminário, a vice-reitora da Ufes, Ethel Maciel, traçou um panorama histórico da cultura machista, que dá origem à violência de gênero. Ela destaca que, para superar o problema, é preciso garantir autonomia das mulheres, a começar pela educação sexual. “A maioria das violências começa no quarto. Por isso, é preciso fornecer educação sexual a meninos e meninas, garantir o acesso a contraceptivos e que a mulher tenha direito sobre o seu corpo.”

Já o professor do mestrado em Segurança Pública da UVV, Pablo Lira, destacou que, embora hoje a taxa de homicídios de mulheres no Estado tenha sido reduzida para 6,9 a cada cem mil mulheres (em 2009, eram 12), o caminho a ser percorrido é longo e passa, principalmente, pela integração de políticas. “Um passo importante no futuro é a criação de sistemas que integrem as informações dos diversos atores. Por outro lado, a legislação favorece muitos recursos e a prescrição de crimes, enquanto a Justiça é lenta. É preciso mudar isso”, afirma.

Durante o seminário, que também contou com a participação de autoridades, como a subsecretária Estadual de Políticas para Mulheres, Helena Pacheco Moraes, e a promotora de justiça, Claudia Garcia, a juíza e Coordenadora Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, Hermínia Silveira Azoury, reforçou que o judiciário tem intensificado os trabalhos para dar agilidade aos processos. “Temos cumprido um importante papel social”.

O Debate

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Pesquisa inédita mostra falta de apoio dos municípios

Entregue com exclusividade ao jornal A GAZETA , um levantamento realizado pelo Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher (Nevid), do Ministério Público Estadual, aponta que a falta de espaços qualificados para o atendimento das vítimas é hoje o maior gargalo dos municípios, em especial no interior do Estado.

Segundo a coordenadora do Nevid, Claudia Garcia, o estudo é baseado em informações fornecidas por 75 cidades. Em sua fala, Claudia destacou que apenas os centros especializados de atendimento a mulheres em situação de violência de Vitória, Vila Velha e Serra prestam auxílio específico de qualidade. Por outro lado, ela aponta que em todos os locais já existem equipes mínimas de acolhimento, com assistentes sociais e psicólogos. “ A partir desse estudo, poderemos cobrar ações dos gestores municipais”, reforçou.

Entre os resultados, o raio-x aponta que, dos 75 municípios, 46 declararam não possuir uma estrutura de integração entre os serviços, o que pode indicar uma fragilidade da rede de atendimento. Do mesmo modo, 22 cidades informaram que não estão organizadas em rede para ofertar os atendimentos e quase metade delas (48,6%) afirma não ter feito nenhuma capacitação de seus profissionais.

“Há uma precariedade estrutural de acolhimento à mulher em alguns municípios. Às vezes, as denúncias chegam apenas às delegacias e não são encaminhadas a outros serviços”, reconheceu o secretário de Estado de Segurança Pública, André Garcia, que também esteve presente no seminário. No entanto, Garcia afirma que as secretarias de Saúde e de Assistência Social têm atuado na reversão do quadro, conscientizando e fornecendo apoio técnico e institucional às regiões.

Imagens: Vitor Jubini

Assistência

Conforme apontam as conclusões do estudo, em grande parte das cidades, o atendimento às vítimas de violência ocorre no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e no Centro de Referência de Assistência Social (Cras). Mais de 45% dos municípios afirma utilizar os recursos da Assistência Social para atendimento das vítimas.

O percentual é quase o mesmo em relação ao número de cidades (44%) que declaram que as Políticas para as Mulheres são de competência da pasta de Assistência. Outros 14,7% afirmam que esta também é uma responsabilidade da área da Saúde. Para o Nevid, isso indica que os serviços são prestados “sem equipamento público específico, com equipe especializada”, nos moldes dos centros de referência no acolhimento.

Vítima

arlete-vitimTenho 70 anos e estou no meu primeiro mandato como vereadora, em Vila Velha. Na Câmara, sou presidente da Comissão de Defesa e Promoção dos Direitos das Mulheres e, junto com a prefeitura, consegui colocar o Cramvive (Centro de Referência em Atendimento à Mulher em Situação de Violência Doméstica de Vila Velha) em um prédio próprio. Eu sempre quis ajudar as mulheres porque já fui vítima da violência doméstica por anos. Eu não denunciava porque tinha medo de perder meus filhos. Naquela época, as mulheres não tinham estudo, não podiam trabalhar, era o marido quem escolhia as roupas. Mas hoje eu digo para que nenhuma delas fique calada e denunciem na primeira agressão. Senão, elas vão sofrer mais.

Vitória terá dois novos locais de acolhimento

Dentro de seis meses , uma nova estrutura de acolhimento para mulheres vítimas de violência sexual começará a funcionar. Trata-se da Casa Lilás, espaço que será construído no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória.
“Vamos começar as obras imediatamente. A ideia é criar um espaço humanizado, com brinquedoteca para os filhos e toda uma estrutura que permita que elas sejam bem acolhidas e não sejam revitimizadas”, explica o secretário de Segurança Pública, André Garcia.

A medida, segundo Garcia, é fruto do esforço do governo estadual para ampliar a rede de acolhimento de mulheres vítimas da violência. Também começa a funcionar na segunda-feira o Centro de Atendimento em Direitos Humanos, no Centro de Vitória.

Casos de violência contra as mulheres

 

Rede Gazeta realiza seminário pelo fim da violência contra as mulheres

Os casos de agressão contra as mulheres são notícias recorrentes nos veículos de imprensa. Com o propósito de contribuir para a mudança deste cenário, a Rede Gazeta realiza o seminário “Pelo fim da violência contra as mulheres”, na próxima sexta-feira (09), na sede do grupo de comunicação em Vitória. O encontro é aberto ao público e com inscrições gratuitas. A programação inclui debate entre representantes do poder público e especialistas no assunto.

Ismael Inoch
Encontro será no auditório da Rede Gazeta

A realização do encontro encerra a 10ª Semana Nacional da Justiça pela Paz em Casa, uma iniciativa do Supremo Tribunal Federal que tem como objetivo mobilizar a sociedade brasileira contra a violência doméstica e familiar. A mobilização teve início em 2015 e vai acontecer no Espírito Santo pela quarta vez, com o apoio do Tribunal de Justiça do Espírito Santo e do Ministério Público Estadual.

O crescimento expressivo da quantidade de mulheres vítimas de violência aciona um alerta para a urgente necessidade de ações sociais que modifiquem essa realidade. “A nossa intenção é informar, prevenir e estimular a ruptura de ciclos que impulsionam a ascensão desses números. Dar luz a esse tema é o primeiro passo e reafirma o nosso compromisso com a sociedade capixaba” destaca a diretora de Transformação da Rede Gazeta, Leticia Lindenberg.

Claudia Garcia, Ethel Maciel e Hermínia Silveira Azoury estão entre as palestrantes
Claudia Garcia, Ethel Maciel e Hermínia Silveira Azoury estão entre as palestrantes

As inscrições para o seminário podem ser feitas no site hm-www.redegazeta.com.br/seminariomulher . O evento acontece no auditório da empresa de comunicação e tem vagas limitadas. Durante o ano de 2018, a Rede Gazeta vai realizar uma série de ações com objetivo de alertar, orientar e estimular que mulheres vítimas de violência procurem ajuda.

Pelo fim da violência

A partir desta semana, a Rede Gazeta apresenta uma campanha publicitária, matérias jornalísticas, rodas de conversa, seminários e outras iniciativas com a proposta de oferecer informação e serviços que mudem o rumo dessa história.

“A violência contra as mulheres não acontece de um dia para o outro, o que temos visto é que há uma história que normalmente começa por um relacionamento abusivo. Por vergonha, medo ou até desconhecimento elas não denunciam e ficam ainda mais vulneráveis. É preciso parar e mudar tudo isso”, conclui a gerente de Relações Institucionais da Rede Gazeta, Desiery Marchini.

Debatedores:
Mediadora: Fernanda Queiroz – Jornalista e apresentadora da CBN Vitória
Claudia Garcia – Promotora de Justiça e Coordenadora do Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher (Nevid)
Ethel Maciel – Vice-Reitora e professora da Ufes (Laboratório de Pesquisa sobre Violência Contra a Mulher no Espírito Santo – Lapvim/ES)
Helena Pacheco Moraes – Subsecretária Estadual de Políticas para Mulheres
Hermínia Silveira Azoury – Juíza de Direito e Coordenadora Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comvides)
Pablo Lira – Professor do Mestrado de Segurança Pública

Diálogos Rede Gazeta revela números alarmantes dos casos de violência e assassinatos de mulheres no ES

DSC_0839A cada dois minutos, cinco mulheres são vítimas de algum tipo de violência no Brasil. O dado foi apresentado no seminário “Diálogos pela paz em casa: contra a violência doméstica”, realizado nesta sexta-feira (25), no auditório da Rede Gazeta, em Vitória. O evento teve apoio do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) e encerrou a programação da 8ª Semana Nacional da Justiça pela Paz em Casa que aconteceu em todo o país.

A cidade de Vitória é a capital onde mais se mata mulheres no Brasil e o objetivo do encontro foi debater formas para reduzir a violência contra a mulher, crianças e adolescentes.

“É um tema que lamentamos muito em divulgar, mas não podemos nos calar diante de tanta violência. Nosso papel enquanto mídia é ampliar este debate e por meio do jornalismo, publicidade e campanhas. Desta forma, ajudamos vítimas reféns desta violência na busca de transformar esta triste realidade”, reforça a diretora de Transformação da Rede Gazeta, Leticia Lindenberg.

O Estado registra números alarmantes: são 71 assassinatos de mulheres nos sete primeiros meses de 2017. Para debater medidas e coibir a situação, dois painéis apresentaram iniciativas para recuperação de vítimas e agressores. O presidente do TJES, o desembargador Annibal Rezende apresentou uma pesquisa que registra que 522 mulheres foram violentadas a cada hora no país. “Mais da metade das mulheres agredidas sofreram caladas e não denunciaram. Temos que mudar esta realidade que tanto nos entristece e nos envergonha frente à sociedade mundial”, destacou Annibal. O supervisor das Varas de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, o desembargador Fernando Zardini ressaltou a importância da realização do evento que ajuda a traçar estratégias, desenvolver ações educativas e preventivas para a mudar a realidade de tantas vítimas.

DSC_0897A coordenadora estadual de enfrentamento à violência doméstica, juíza Herminia Azoury, destacou que o tema representa um impacto de 10% no PIB nacional. Ela enxerga nas políticas públicas de prevenção uma forma de humanizar a lei e o atendimento às vítimas de violência. “A violência não escolhe classe social e nem idade. A cada dois minutos, cinco mulheres sofrem com abusos. Só nesta semana, tivemos três prisões decretadas. É preciso fazer a lei e construir uma sociedade em que não haja reprodução de tanta violência”, destacou.

Entre os desafios está para validação de medidas está a fiscalização de medidas protetivas e o desenvolvimento de projetos educativos. A promotora de Justiça Claudia Santos Garcia e a delegada Arminda Rodrigues também falaram sobre a importância do suporte às vítimas e o papel das autoridades no encorajamento às mulheres.

No Brasil existem poucos serviços disponíveis voltados para homens autores de agressão. Para ajudar na reflexão e responsabilização destes atos, a psicóloga da Polícia Civil, Marcella Demoner, falou da importância do projeto “Homem que é homem”, que ajuda na reflexão e responsabilização dos crimes cometidos. O objetivo do projeto é prevenir e reduzir a violência intrafamiliar.

O evento também contou com depoimentos de vítimas e a participação de autoridades, grupos de ajuda, estudantes e organizações de prevenção e combate à violência contra a mulher, além de outros convidados.

DSC_0960 “As mulheres nos dias de hoje representam o período da escravidão: muitos acham que elas existem para servir ao homem. 92% dos empregados domésticos são do sexo feminino e é necessário trabalhar a potencialização dessas mulheres. É preciso colocar em júri o machismo e o patriarcalismo e mudar esta realidade” Rosely Pires, fundadora do projeto Fordan – enfrentamento e problematização das violências.

DSC_0965“Estava invisível, desaparecida, não tinha reação para nada. Eu não me enxergava como vítima e achava que era natural. Mas fiz valer a lei: exigi o divórcio e denunciei. Por meio do meu trabalho e da minha arte eu me dei voz. Fiz do meu sofrimento um trabalho social: expressei tudo o que vivi em arte. Já não tenho mais medo e ajudo outras mulheres a enxergar este problema”, Rosemary Casoli, Artista plástica e vítima de violência doméstica por 21 anos.

DSC_0953“Mulheres demoram muito para tomar coragem e denunciar, as vezes demoram muitos anos. Nosso objetivo é trabalhar a inserção e ver a vida de muitas mulheres transformada. A violência doméstica afeta diretamente o relacionamento familiar e principalmente o desenvolvimento de crianças. É preciso agir. A mudança demora, mas chega”, Neucilene Ferreira, voluntária no projeto RAABE.

Educação é ponto crucial para o combate à violência contra a mulher

Guilherme Marchetti
Especialistas debatem medidas para a diminuição de casos de violência contra a mulher

A cada um dia de uma jornada semanal, uma mulher perde o trabalho por ter sido vítima de violência doméstica ou sexual. A consequência, além de física e emocional para a vítima, é um prejuízo de 11,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. A informação foi apresentada nesta quarta-feira (15) na segunda edição do Diálogos “A Culpa não é delas”, que debateu medidas para combater à violência contra a mulher.

Mais de 100 pessoas, entre autoridades, representantes de movimentos femininos e estudantes, estiveram no auditório Rede Gazeta para se informar sobre o que está sendo discutido para a diminuição dos casos de abusos e qual o papel da sociedade para ajudar no combate a crimes contra a mulher. O encontro foi mediado pelo macroeditor de Cidades da Redação Multimídia, Geraldo Nascimento, e transmitido ao vivo pelo portal Gazeta Online.

Entre os debatedores, participaram o secretário de Segurança Pública do Governo do Estado, André Garcia, a juíza Hermínia Azoury, a delegada da Delegacia Especializada da Mulher de Vitória, Arminda Rodrigues, a especialista em Ciências Criminais, Carmen Hein e a psicóloga e terapeuta de família Adriana Müller.

Em unanimidade, todos pontuaram a educação e a revisão das políticas públicas de segurança e saúde como pontos cruciais para a mudança de comportamento e adoção de medidas para a redução de casos de violência. Para eles, uma cultura machista e uma sociedade intolerante contribuem para os altos índices de casos e vítimas.

“É um crime invisível. É necessário que o tema seja trabalhado dentro de casa, em escolas, em igrejas, empresas e universidades. Matérias e campanhas em veículos de comunicação contribuem muito para o encorajamento da vítima em denunciar agressões. É importante que o assunto seja trabalhado sempre para que as denúncias ocorram”, reforça a juíza Hermínia Azoury.

O debate também trouxe à tona a questão a uniformização do atendimento da mulher agredida e a importância da denúncia imediata. De acordo com a delegada Arminda Rodrigues, os detalhes do relato feito pelas vítimas podem ser cruciais para a condenação. “Muitas vezes, por medo ou vergonha, a vítima procura a delegacia muito depois da agressão ou abuso sofrido. Isso dificulta o detalhamento do relato. Os detalhes apresentados nas denúncias são importantes para a materialidade do crime”, orienta a delegada.

Os participantes interagiram com perguntas aos debatedores. Aquelas que não foram respondidas no evento por falta de tempo, serão respondidas pelos especialistas posteriormente no portal Gazeta Online.

Jornalistas comentaram bastidores da reportagem especial

Guilherme Marchetti
As jornalistas Mayra Bandeira e Katilaine chagas falaram dos bastidores da reportagem especial “Violência Sexual: Crime Invisível”

Autoras da reportagem especial “Violência Sexual: Crime Invisível”, publicada em A Gazeta e no portal Gazeta Online, as jornalistas Katilaine Chagas e Mayra Bandeira, compartilharam a experiência na apuração do especial. De acordo com as repórteres, o que mais as impactou foi ouvir os relatos das vítimas que foram fontes da matéria. “Pensávamos que a principal dificuldade era conseguir mulheres para falar dos abusos sofridos. Quando vimos, eram pessoas que tinham uma ligação próxima, como amigas ou primas de amigas. Doía em nós ouvir o que aquelas mulheres contavam. É um tema que devemos debater sempre para diminuir casos e combater tamanha violência”, disse a repórter Katilaine Chagas.

Já Maíra reforçou a importância da vítima procurar os serviços de saúde no período de até 72h após o abuso para evitar a contração de doenças ou gravidez indesejável, em casos de crimes sexuais. “É importante lembrar que este tema é também um caso de saúde pública”, reforçou. O macroeditor de cidades, Geraldo Nascimento ressaltou que o papel da Rede Gazeta, por meio do jornalismo é colocar o assunto em debate, divulgar dados e cobrar medidas para o combate a violência que faz várias vítimas. A reportagem especial “Violência Sexual: Crime Invisível” está disponível no endereço http://especiais.gazetaonline.com.br/violenciasexual/. A transmissão também está no portal livre para acesso.

DSCN8708“A violência acontece todos os dias. Precisamos discutir sobre respeito, direitos e igualdade de gêneros dentro de casa e nas escolas. Devemos cobrar dos Estados o plano de educação que discute a diferença entre gêneros. Devemos garantir o direito de acesso à informação, cobrar o controle de campanhas sexistas, e a longo prazo discutir políticas públicas. Eu acredito na juventude para mudar a realidade de um país machista, homofóbico e racista” – Carmen Hein Doutora em Ciências Criminais

DSCN8674“A voz do machismo deve ser calada. O agressor está empoderado, falta autocontrole. A vítima tem medo, se sente culpada e a sociedade reforça este sentimento de culpa condenando o comportamento da mulher. Muitas vezes, vítimas não sabem quem as vai ouvir e se silenciam. A sociedade precisa se mostrar contra quem reprime e cala mulheres e trabalhar a convivência harmônica de respeito a todos por meio de programa, projetos e campanhas educativas. A sociedade precisa ter vergonha do machismo e torna-lo obsoleto” – Psicóloga e terapeuta familiar Adriana Müller

DSCN8743“Violência doméstica ou sexual não escolhe classe social. É necessário humanizar as delegacias da mulher para atender melhor às vítimas e ampliar parcerias para a criação de políticas públicas e criação de medidas preventivas. É imprescindível o trabalho de consciência nas escolas para mostrar às crianças o papel da mulher e o respeito que elas devem ter. Capacitação profissional para preparar mulheres para o mercado de trabalho é importante para o empoderamento feminino” –  Juíza Hermínia Azoury

DSCN8666“É necessário ampliar o amparo às vítimas e melhor equipar as delegacias com espaços adequados para atender os casos. Muitas vezes, vítima e agressor chegam juntos e dividem o com troca de ameaças e precisamos intervir para que não aconteça algo mais grave. A Lei Maria da Penha e as formas de punição ao criminoso precisam ser amplamente divulgadas. Não podemos deixar esses crimes impunes” – Delegada Arminda Rodrigues

DSCN8796“É preciso refletir o que está acontecendo. A sociedade é muito intolerante e nossa cultura ainda é muito influenciada por valores religiosos. Por essa razão algumas pautas não são discutidas. A educação começa dentro de casa e não pode ser terceirizada. Não basta apenas tratar uma mulher vítima de violência. Deve-se tratar o homem também, porque senão o ciclo de violência não cessa. O sistema deve reconhecer e punir quem agride” – Secretário de Segurança Pública  André Garcia

Violência contra a mulher é pauta do Diálogos Rede Gazeta

Foto: Ismael Inoch
Especialistas vão discutir como reduzir a violência e debater o combate a crimes contra a mulher

“A culpa não é delas”. Com este tema a Rede Gazeta realiza mais uma edição do encontro Diálogos cujo propósito é discutir a violência contra a mulher e sugerir uma mudança de comportamento da sociedade.  O debate aberto ao público acontece na próxima quarta-feira (15), no auditório da Rede Gazeta, e será transmitido ao vivo pelo portal Gazeta Online.

“O Diálogos é uma iniciativa da Rede para debater questões importantes que afetam a vida do capixaba. A violência contra a mulher no Espírito Santo apresenta índices alarmante e precisamos mudar esta realidade. A proposta deste encontro é envolver a sociedade nesta luta”, defende a gerente de Relações Institucionais da Rede Gazeta, Luciane Ventura.

O encontro contará com a presença de cinco especialistas da área de segurança e saúde pública que vão discutir como reduzir a violência e o papel da sociedade no combate a crimes contra a mulher. O secretário de Segurança Pública do Governo do Estado, André Garcia, já confirmou presença no evento. Junto a ele, participam como debatedoras a juíza Hermínia Azoury, a delegada da Delegacia Especializada da Mulher de Vitória, Arminda Rodrigues, a especialista em Ciências Criminais, Carmen Hein e a psicóloga e terapeuta de família Adriana Müller, também comentarista da rádio CBN Vitória. Outras autoridades envolvidas no enfrentamento à violência contra a mulher também estão convidadas a participar.

O debate será mediado pelo macroeditor de Cidades da Redação Multimídia, Geraldo Nascimento, e pelas jornalistas Katilaine Chagas e Mayra Bandeira, autoras da série de reportagem “Violência Sexual: Crime Invisível”, publicada em A Gazeta e no portal Gazeta Online nas últimas semanas.

As inscrições são gratuitas e limitadas à lotação do auditório da Rede Gazeta.  Para participar, basta enviar nome, telefone e endereço para o e-mail [email protected]. A primeira edição do Diálogos aconteceu no dia 22 de março e debateu o tema “Água, esgoto e praia limpa”.

Serviço
Diálogos Rede Gazeta – A culpa não é delas
Data: 15 de junho
Local: auditório da Rede Gazeta, em Vitória
Horário: 10h
Inscrições: [email protected] (nome, telefone e endereço).