Rede apoia iniciativas a favor da vacinação

Desde o início da pandemia de Covid-19 nada foi tão esperado quanto a descoberta da vacina. Arma mais poderosa para conter o avanço da doença e estancar as mortes, ela chegou ao Brasil em janeiro desse ano. No entanto, a imunização em massa dos brasileiros vem acontecendo em um ritmo abaixo do desejado, em parte, por falta de insumos e estrutura para isso. Preocupados com essa situação, voluntários, empresários e organizações têm se unido em diferentes campanhas para minimizar os impactos da pandemia e auxiliar o Sistema Único de Saúde (SUS). No Espírito Santo, dois deles se destacam: a União ES e o Unidos pela Vacina – ambos apoiados pela Rede Gazeta.

A plataforma União ES mobiliza campanhas de arrecadação de recursos para compra de insumos e cestas com alimentos e produtos de higiene para famílias em situação de vulnerabilidade social. O movimento conta com a adesão do movimento ES em Ação, da Federação das Indústrias do Espírito Sando (Findes) e da Centro Industrial do Espírito Santo (CINDES).

Desde abril de 2020, a União ES já arrecadou mais de R$ 420 mil, revertidos em mais de 7 mil cestas básicas, segundo os dados disponibilizados no site (www.uniaoes.org). Agora, o grupo também mobiliza uma nova campanha para arrecadar R$ 800 mil para a compra de itens como caixa coletora de resíduos, bobinas de gelo reutilizáveis, algodão, face shield, óculos de proteção e adesivo para curativo, entre outros itens. Pessoas físicas e empresas podem fazer doações a partir de R$ 60, mas a meta ainda parece distante: o total arrecadado nas últimas semanas foi de pouco mais de R$ 8 mil.

“Vemos muitas correntes, ‘vaquinhas’ e tudo isso é valido. Mas queremos mostrar que aqui é rápido, seguro e com diferentes possibilidades de ajudar. O que queremos é facilitar o acesso da população à vacina. Quanto mais vacinados, paramos as mortes e conseguiremos voltar a nos relacionar, fazer negócios, estudar e viver uma nova realidade”, pontua o diretor-executivo do ES em Ação, Orlando Bolsanelo Caliman.

Cidades podem ter “empresas madrinhas”
Em janeiro deste ano, respondendo a um chamado da empresária Luiza Helena Trajano, o grupo Mulheres Pelo Brasil também iniciou uma articulação que deu origem ao movimento Unidos Pela Vacina. De abrangência nacional, o grupo realizou uma pesquisa em praticamente todos os municípios brasileiros – apenas uma das 5.770 cidades brasileiras não respondeu o questionário – e descobriu quais insumos necessários para execução do PNI podem acabar ou já estão em falta nas localidades.

No Espírito Santo, por exemplo, os resultados apontaram que dos 78 municípios capixabas, 63 apresentam demandas como construção e acabamento dos postos de vacinação, serviços de telecomunicações, higiene e limpeza, vestuário e uniformes insumos hospitalares e instrumentos de medição (termômetros para pacientes e vacinas). Em todo o Estado, de acordo com dados do Unidos pela Vacina, 35% das salas de vacinação não estão em ambientes totalmente adequados, 19% dos postos não têm acesso à internet, 12% não têm um computador e menos da metade das cidades (48%) contam com locais de vacinação abertos aos sábados e domingos.

Com esses dados em mãos, chegou a hora de agir. A proposta do Unidos Pela Vacina é que empresas “amadrinhem” municípios, e forneçam os recursos necessários para resolução desses obstáculos. Companhias como a Natura e BRK Ambiental, por exemplo, chegam a amadrinhar estados inteiros, como é o caso do Pará e do Tocantins, respectivamente. No Espírito Santo, segundo a CEO do grupo Mulheres do Brasil, Marisa Cesar, seis cidades já foram amadrinhadas: Cariacica, Linhares, São Mateus, Serra, Vila Velha e Vitória.

Marisa garante que existem possibilidades de amadrinhamento adequadas para a realidade de empresas de diferentes portes: “Nós temos demandas de municípios que são os menores, que uma empresa gastaria cerca de R$ 10 mil. Obviamente, municípios maiores, tem demandas de até R$ 250 mil. São diferentes tamanhos e possibilidades”.

Além do amadrinhamento, empresas ou pessoas físicas também podem apoiar o Unidos Pela Vacina de outras formas, como a doação de itens específicos ou mesmo a disponibilização de serviços logístico ou de transporte de pessoas, por exemplo, e para isso podem acessar o site do movimento (www.unidospelavacina.org.br). A meta do grupo é oferecer condições para viabilizar a vacinação de todos os brasileiros até setembro de 2021. O movimento ressalta, ainda, que o objetivo da campanha é exclusivamente dar apoio ao governo federal através do SUS, que não tem interesses comerciais e é contrário à compra direta de vacinas para uso privado.

“O legado que o movimento Unidos Pela Vacina espera deixar é o de que somente unidos, tanto o setor privado, pessoas físicas, organizações sociais quanto o próprio governo é que nós vamos conseguir vencer o vírus e, finalmente, conseguir estancar o tanto de vidas que estamos deixando pelo caminho”, confia Marisa.

Vacina sim
Em junho de 2020, quando o governo federal passou a dificultar o acesso a dados sobre a pandemia no Brasil, um consórcio de veículos formado por G1, O Globo, Extra, O Estado de S.Paulo, Folha de S.Paulo e UOL começou a levantar esses dados diariamente nos 26 estados e do Distrito Federal. O grupo decidiu promover a campanha “Vacina Sim” para estimular a adesão dos brasileiros à vacina.

O conteúdo das peças é direcionado à aumentar a confiança na imunização, além de reforçar a necessidade de cuidados mesmo para aqueles que já foram vacinados. Artistas, jornalistas e apresentadores convidam o público a levantar a manga da camisa, mostrar o braço e dizer sim à vacina, “Vacina Sim”. Através do portal G1 ES e da TV Gazeta, a Rede Gazeta se une ao consórcio de veículos de imprensa para essa campanha.

“O nosso propósito, como rede de comunicação, é ajudar a promover um Estado mais forte e dinâmico para todos. A pandemia tem sido um grande problema não só para os capixabas, porque sob o aspecto econômico e social, só conseguiremos avançar quando vencermos esse capítulo triste da história. A vacinação é o único caminho para que cheguemos lá. Por isso, apoiar essas iniciativas é uma forma de contribuirmos para acelerar essa retomada da vida normal”, afirma o diretor-geral da Rede Gazeta, Café Lindenberg.

Veja como fazer a sua parte

União ESwww.uniaoes.org
Objetivo: Arrecadar recursos para a doação de cestas com alimentos e itens de higiene e compra de kits vacina com insumos hospitalares para os municípios capixabas

Unidos Pela Vacina – www.unidospelavacina.org.br
Objetivo: Fornecer insumos necessários para execução do PNI para os municípios brasileiros através de empresas, pessoas físicas ou outras organizações a partir de doações de itens e serviços ou ‘amadrinamento’ de cidades ou estados.

‘Vacina Sim’: cuidados de prevenção devem ser mantidos mesmo após a vacinação

Um ano após o início da pandemia que parou o mundo, muitos brasileiros já se acostumaram com os cuidados necessários, como usar máscara, álcool em gel e manter o distanciamento. Mas é importante que, mesmo após receber a segunda dose da vacina contra a Covid-19, esses cuidados sejam mantidos. É com essa ideia que TV Globo, G1, GloboNews, O Glogo, Extra, Estadão, Folha de S. Paulo e UOL, lançaram nessa segunda (19) a terceira fase da campanha ‘Vacina Sim’, que tem o apoio da Rede Gazeta.

Este novo momento inclui também outros players e marcas que integram os grupos dos veículos do consórcio de imprensa, como as afiliadas, para que a informação seja ainda mais amplificada. Ao todo, mais de 70 marcas vão reverberar a mensagem em todo o Brasil.

“Esta fase da campanha ‘Vacina Sim’ reforça o propósito da criação do consórcio de veículos de imprensa, que é o combate à desinformação. Seguimos cumprindo essa missão, agora mostrando a necessidade de manter as medidas necessárias, enquanto a vacinação ainda está em curso”, afirma Ricardo Villela, diretor de Jornalismo da Globo.

“É importante reiterarmos essa mensagem de continuar com os cuidados recomendados, chancelada pelo consórcio de imprensa, que todos os dias leva informação confiável e de qualidade à população. A campanha, que sempre teve o objetivo de informar, amplia essa proposta chamando novos atores da sociedade para unir forças contra a desinformação, incentivando o autocuidado e o cuidado ao próximo”, destaca Manuel Falcão, diretor de Marca e Comunicação da Globo.

Em toda a campanha serão sinalizadas as mensagens de cuidados e proteção, mesmo para quem já recebeu a segunda dose da vacina. Além das peças para a TV, com duração de 30 segundos, estão previstas também comunicações em mídias digitais e ativações nas redes sociais.

Para o diretor-geral da Rede Gazeta, Café Lindenberg, o movimento vem ao encontro da postura da empresa desde a chegada do coronavírus no Brasil. “Desde o início da pandemia, defendemos que a melhor arma contra a Covid-19 é a informação, checada e apurada com credibilidade, o que faz parte do DNA dos nossos veículos. Agora, com a vacinação já disponível, ou seja, temos uma solução, é preciso conscientizar ainda mais a população para não perder tempo e superar essa triste situação o quanto antes. Apoiar esse movimento é parte do nosso compromisso”.

“O papel do jornalismo diante dessa crise é duplo: combater a ignorância de pessoas inocentes de um lado, e em outra frente combater a má fé. Só assim vamos cumprir com a nossa missão”, completa o diretor de Jornalismo da Rede Gazeta, Abdo Chequer.

“Sem vacinas o mundo seria pior, muitas doenças mortais ainda estariam assolando a Terra. Quem está vivo hoje tomou vacinas. Não se pode retirar isto do futuro dos que hoje vivem. Vacina salva. E campanhas como a ‘Vacina Sim’ nos ajudam a lembrar tudo isso”, afirma o médico-sanitarista Gonzalo Vecina, colunista do Estadão e fundador da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Existem pessoas que negam a importância das vacinas. Creem que fazem mal ou que, ao impedir que a doença ocorra, tiram a oportunidade de desenvolver respostas imunológicas. Mas o que as vacinas fazem é justamente nos proteger de enfermidades que podem ser fatais. Elas ajudam a desenvolver nossa capacidade imunológica de defesa. Temos que combater os poucos negacionistas que insistem em sua cantilena lúgubre. Informação é a vacina contra a ignorância destas pessoas”, conclui Vecina.

A favor da vida e contra a desinformação
A campanha ‘Vacina Sim’ teve início em janeiro de 2021 com a proposta de conscientizar a população sobre a importância da vacina. Em sua primeira fase, o consórcio de veículos de imprensa propôs uma mobilização no momento em que a vacina chegava ao Brasil. A segunda etapa da campanha contou com a participação de jornalistas, colunistas, atores e apresentadores da TV Globo, G1, GloboNews, O Globo, Extra, Estadão, Folha de S. Paulo e UOL.