TV Gazeta mostra paraísos ameaçados do ES no Globo Repórter desta sexta (03)

Texto: Eduarda Moro

Equipe da TV Gazeta participa nesta sexta-feira (03) de mais um Globo Repórter. Foto: Esther Radaelli/TV Gazeta

Para celebrar a semana do meio ambiente e do 30º aniversário da Eco-92, o Globo Repórter desta sexta-feira (03) conta com a participação da TV Gazeta, que viajou por paraísos ameaçados localizados no Espírito Santo – ecossistemas que visivelmente sofrem forte influência das mudanças climáticas provocadas pelo aquecimento global. Além do ES, o Globo Repórter vai passar por Piauí e Amazonas para mostrar um Brasil diferente para a seguinte reflexão: o que estamos fazendo com nosso planeta? 

A convite do Globo Repórter, após a gravação do Caparaó que foi ao ar no último dia 20, a equipe da TV Gazeta foi escalada para uma outra jornada. Com direção de Paulo Sampaio, que veio diretamente do Rio de Janeiro para acompanhar a gravação no Estado, produção de Esther Radaelliimagens de Rafael Zambe, sonorização de Daivison Borges, o repórter Mário Bonella navegou pelo Rio Piraquê-Mirim, em Aracruz, e pela Costa das Algas, na região entre Serra e Aracruz, em abril deste ano.  

A equipe capixaba acompanhou o monitoramento realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) para avaliar o impacto das mudanças climáticas nos ecossistemas que existem no Estado, e vai desbravar os detalhes desses ambientes de perto.  

Na Costa das Algas, onde fica localizada a maior variedade de algas do Atlântico Sul, todo ser vivo existente na região tem uma tolerância térmica, normalmente não é muito alta. Quando a temperatura aumenta, as algas começam a desidratar e falta oxigênio e, no caso dos corais, eles perdem as algas simbiontes, que fazem fotossíntese, e ficam mais suscetíveis a doenças, o que provoca o embranquecimento da costa.

Outro destaque vai para o verdadeiro deserto de árvores mortas no manguezal, em Aracruz. Em 2016, a seca e o aumento de temperatura provocaram a morte de 500 hectares de mangue, correspondente a 30% da área total. Esse fenômeno provoca a liberação de mais de mil toneladas de dióxido de carbono (CO2) por hectare no ambiente, aprisionado nos solos por centenas de anos. Ou seja, além de esses ecossistemas pararem de contribuir para a biosfera como um todo, elas provocam um efeito reverso. “O manguezal foi uma das minhas maiores surpresas. Quando vi as fotos incialmente foi assustador. A nossa geração ainda vai ver muita coisa negativa em relação ao aquecimento global, e o jornalismo tem um papel fundamental para alertar isso”, destaca Esther.  

Esperança

O objetivo do programa é mostrar paraísos brasileiros que estão ameaçados, mas também falar de esperança. Como é possível mudar essa situação? 

Mário Bonella durante gravação do Globo Repórter que vai ao ar nesta sexta (03). Foto: Esther Radaelli/TV Gazeta

Mário Bonella confessou que não sabia da importância desses ecossistemas para o meio ambiente como um todo até começar a produção da reportagem, e o que mais o espantou é constatar que isso acontece no nosso Estado, e não é uma realidade distante. “Foi interessante conhecer esses ambientes, porque ver de perto o que acontece ali gera aprendizado. O que mais me chamou atenção é que os exemplos dos efeitos do aquecimento global são bem visíveis”, pontua.  

O repórter destaca ainda que as mudanças climáticas sempre existiram, mas a questão principal é a velocidade que elas estão ocorrendo atualmente. “Reconhecer o problema é o primeiro passo para resolvê-lo. Quando mostramos essas imagens, explicamos como isso impacta a população, mas também é um alerta: precisamos fazer algo agora ou vamos ter mais áreas como esses paraísos ameaçados. O nosso papel como jornalistas é mostrar caminhos para frear os efeitos devastadores”, conclui.

Repórter da CBN Vitória é homenageado no Ifes

O repórter Eduardo Dias, da rádio CBN Vitória, foi homenageado nesta terça-feira (19) após a produção de uma reportagem que mostrou os números alarmantes sobre a quantidade de crianças e adolescente que engravidam no Estado. O material inspirou a criação de um curso à distância gratuito sobre programação para essas jovens no Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes).

O objetivo do projeto é ajudar na formação profissional das mães que tiveram que abrir mão dos estudos para criar os filhos. “Fui fazer uma pauta do dia a dia sobre gravidez na adolescência e percebi que os números eram muito altos. No ano passado, meninas de 10 a 14 anos tiveram 361 filhos. Isso dá uma média de uma criança por dia sendo gerado por uma menina”, comentou Eduardo.

Quando voltou para a redação, o repórter disse que conversou com a editora executiva da rádio CBN Vitória, Fernanda Queiroz, e sugeriu de fazer uma reportagem especial sobre o tema. A matéria foi escrita em fevereiro e divulgada em março. Na semana passada, Eduardo recebeu o convite para ser homenageado.

Segundo ele, a professora responsável pelo curso, Márcia Gonçalves de Oliveira, precisava de uma justificativa para promover a formação no Estado. Para ter embasamento no pedido, Márcia usou a reportagem de Eduardo. “Eu fiquei muito surpreso. O sentimento é de felicidade por ter contribuído de alguma forma. Quando a gente faz a matéria não imagina o quanto pode ajudar. O Ifes é uma das instituições mais importantes do Brasil e fiquei muito feliz com a criação dessa formação.”

O curso é ofertado pelo Centro de Referência em Formação e em Educação à Distância (Cefor) do Ifes. Segundo Eduardo, 21 pessoas já formaram e uma nova turma começou neste mês. 

A Gazeta na final de prêmio nacional com matéria das pedreiras e foto após lama da Samarco

O Prêmio MPT de Jornalismo divulgou a lista dos finalistas da edição nesta quarta-feira (19). O jornal A Gazeta está duas vezes entre os escolhidos com a fotografia de Ricardo Vervloet intitulada “Profissão extinta”, junto com a reportagem “Dor e morte no caminho das pedras”, feita pelo ex-repórter do impresso, o jornalista Patrik Camporez. Este é o quarto ano consecutivo que trabalhos produzidos dentro da Redação Integrada Multimídia ficam entre os selecionados pelo Ministério Público do Trabalho, organizado da premiação.

Jornal A Gazeta
Reportagem escrita pelo jornalista Patrik Camporez, que era repórter de A Gazeta

A reportagem foi publicada no início deste ano e revelou histórias de vidas marcadas por acidentes de trabalho em pedreiras do Espírito Santo. O Estado é o maior produtor brasileiro de rochas, mas também lidera em número de vítimas. A matéria fez parte de uma série especial sobre o tema publicada no jornal. A matéria também teve fotos do colega Marcelo Prest e a diagramação de Adriana Rios e Edson de Melo.

Leia a reportagem na íntegra também publicada no Gazeta Online

A imagem finalista clicada pelo fotógrafo Ricardo Vervloet foi publicada no jornal a Gazeta e trouxe a lavadeira Concelita Pereira, de 64 anos, que teve de abandonar a profissão por causa da tragédia da lama da empresa Samarco. Em frente ao leito do rio, ela sustentou a família por décadas lavando roupa naquelas águas. O trabalho do repórter fotográfico durou três dias pelos municípios afetados pela tragédia, sete meses após o episódio. A fotografia foi publicada em outubro de 2016.

 Ricardo Medeiros
Nas lentes do fotógrafo, a imagem da lavadeira Concelita Pereira, 64 anos, que teve de abandonar a profissão por causa da lama provocada pela Samarco

Nesta edição do Prêmio, foram inscritas 422 reportagens de profissionais da imprensa de todo o país. Os melhores de cada região passaram a concorrer automaticamente na etapa nacional, que teve outro júri responsável pela análise dos trabalhos. Os grandes vencedores serão revelados durante cerimônia que ocorrerá no dia 17 de agosto, na sede do Ministério Público do Trabalho, em Brasília.

O Prêmio reconhece trabalhos nas seguintes categorias: jornal impresso, revista impressa, radiojornalismo, telejornalismo, webjornalismo, fotojornalismo, universitário e repórter cinematográfico. Na etapa nacional de avaliação, também são definidos os resultados dos prêmios especiais Fraudes Trabalhistas e MPT de Jornalismo. Com o propósito de informar a sociedade sobre a importância da proteção e da defesa dos direitos do trabalhador, as reportagens inscritas envolvem temas como trabalho infantil, discriminação de gênero, cor e pessoas com deficiência e condições inadequadas e precárias de trabalho.

No ano passado

As jornalistas da Rede Gazeta Mikaella Campos, Vilmara Fernandes e Beatriz Seixas venceram cinco categorias do Prêmio MPT de Jornalismo, inclusive a premiação principal, com as reportagens especiais “A caixa-preta dos sindicatos” e “Tragédia na plataforma”.

Reportagem de A Gazeta é finalista em “Oscar” do jornalismo de dados

Edson Chagas
Série de reportagens revelou fraudes em sindicatos milionários

A série de reportagens “A caixa-preta dos sindicatos”, publicada em A Gazeta entre os dia 1º e 5 de maio de 2016, é finalista do Data Journalism Awards 2017, a maior premiação de trabalhos de jornalismo de dados do mundo, segundo publicação da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

A matéria é de autoria das repórteres Mikaella Campos e Vilmara Fernandes, que se debruçaram sobre o tema durante cinco meses e chegaram até a criar um robô para conseguir analisar os dados sobre cerca de 300 sindicatos e associações de trabalhadores do Espírito Santo. Confira a série clicando aqui.

A reportagem concorre na categoria “Small newsrooms”, ou “pequenas redações”, em tradução livre. O resultado será divulgado no dia 22 de junho em cerimônia no Hofburg Imperial Palace, em Viena, na Áustria.

“Foi a matéria mais complexa que Vilmara e eu já fizemos. Principalmente porque os dados existiam, mas não eram disponibilizados de uma forma transparante. Tivemos que recorrer à Lei de Acesso à Informação para conseguir a lista de sindicatos. Somente com os CNPJS e os nomes oficiais das organizações era possível raspar o conteúdo disponibilizado no site do governo. No entanto, a obtenção desse material foi bem difícil. Entramos com vários recursos, até que o caso chegou ao ministro do Trabalho da época, que autorizou a entrega da lista de sindicatos”, explicou Mikaella.

A reportagem identificou uma série de fraudes e sindicatos milionários que se beneficiavam da contribuição de trabalhadores, com gestores que chegavam a ficar até 30 anos a frente das instituições.

“Durante os dias em que íamos publicando as matérias, vinha uma enxurrada de denúncias, com pessoas nos procurando na Rede Gazeta, por telefone ou por e-mail. Algumas dessas denúncias já foram publicadas, outras ainda estamos investigando até hoje”, conta.

Mikaella e Vilmara concorrem com outros quatro veículos em sua categoria. O The Marshall Project e o Tampa Bay Times, dos EUA; o Balkan Investigative Reporting Network, da Macedônia; e o OuesMediaLab, da França. Entre os finalistas da “Investigação do Ano” estão o The New York Times (EUA), La Nación (Argentina) e o Der Spiegel (Alemanha).

Além de A GAZETA, outros dois veículos brasileiros concorrem à premiação, como a Folha de S. Paulo, na categoria aplicativos, e a Abraji, no segmento website.

“A caixa-preta dos sindicatos” também venceu o Prêmio Findes de Jornalismo, principal premiação do jornalismo no Espírito Santo, e o Prêmio Especial MPT de Jornalismo.

Em Movimento lança série de reportagens sobre nudez

Foto: Divulgação/ TV Gazeta ES
Série NUDES traz três reportagens sobre como a nudez em diferentes vertentes

Todo mundo nasce nu. A nudez, no entanto, apesar de natural a todos os seres vivos, pode ter inúmeros significados. Você, por exemplo, tem vergonha de tirar a roupa? A resposta para essa simples pergunta depende de vários contextos: sua história de vida, religião, a localidade em que vive e o grupo ao qual pertence. O nu é, também, cultural.

No sábado (04), o Em Movimento dá início à série ‘NUDES’, um panorama sobre as diferentes formas com que a nossa sociedade lida com a nudez. Em três reportagens, vamos abordar o tema no contexto histórico, nas artes, como estilo de vida e, é claro, no nosso cotidiano.

Do carnaval, passando pela famosa expressão ‘manda nudes’, até chegar ao naturismo: deixe a timidez de lado e acompanhe a série NUDES no Em Movimento, logo após o ESTV 1ª edição, na TV Gazeta.

TV Gazeta lança número de WhatsApp para telespectadores

Reprodução
O número é (27) 998.200.111

Os telespectadores da TV Gazeta agora contam com mais uma ferramenta de colaboração para participarem da programação da emissora. A equipe de produção disponibilizou um número de telefone para receber dicas, sugestões de reportagem, vídeos, fotos e aúdios através do aplicativo WhatsApp.

Por lá, é possível enviar flagrantes, como de acidentes e crimes, e também ajudar em grandes coberturas como no caso de chuvas ou enchentes, manifestações populares e outras ocasiões. O telefone do WhatsApp da TV Gazeta é (27) 998.200.111.

O WhatsApp Messenger é um aplicativo multiplataforma que permite trocar mensagens pelo celular sem pagar por SMS. Ele está disponível para iPhone, BlackBerry, Android, Windows Phone e Nokia. Como o app usa o mesmo plano de dados de internet que é usado para navegação, não há custos para enviar mensagens.