Loja Vazia: cinco perguntas pra madrinha master Renata Rasseli

por Caroline Mauri e Stella Santos Neves

Quando você vai ao shopping e entra numa loja, em geral, sua intenção é sair de lá com as sacolas cheias, certo?! Pois bem, a partir desta terça-feira (05), pelo 9º ano consecutivo, os capixabas poderão ir ao Shopping Vitória, entrar numa loja repleta de cabides vazios para sair de lá carregando consigo muita solidariedade. O projeto “A Loja Vazia” abre as portas mais uma vez e está pronta para receber muitas doações de roupas, sapatos e acessórios, tudo destinado a sete instituições filantrópicas.

A colunista de A Gazeta, Renata Rasseli, é madrinha master do projeto

Este ano, o projeto está localizado em frente à Havaianas, no segundo piso do centro comercial,e vai funcionar até o dia 07 de agosto. Mais uma vez, a Rede Gazeta apoia o projeto e a colunista Renata Rasseli, de A Gazeta, ocupa o posto de madrinha master da iniciativa.

Para entrar no clima solidário e inspirar doações, RR respondeu a cinco perguntas sobre o assunto e garantiu sua presença na abertura da loja, a partir das 10h.

1. O que é ser madrinha master de um projeto como este?
A madrinha master tem o papel de envolver outras madrinhas e a comunidade no projeto A Loja Vazia. Nosso objetivo é arrecadar o maior número de doações de roupas, sapatos e acessórios para serem encaminhadas para o bazar das 7 entidades beneficiadas

2. O que te fez se identificar com o projeto?
Desde menina, eu sou voluntária e envolvida em projetos solidários. Quando comecei a escrever a coluna em 2010 resolvi colocar o meu espaço a serviço das entidades que fazem o bem no Estado.

3. Como a Loja Vazia faz a diferença no ES?
A Loja Vazia é, sem dúvida, o maior projeto de arrecadação de peças do Estado. O fato de a loja ficar aberta o mês inteiro num endereço privilegiado que é o SV ajuda muito na arrecadação. Sem falar que as madrinhas e padrinhos mobilizam suas redes para encher a Loja com força.

4. Como a edição de 2022 se destaca entre as anteriores?
Depois de 2 anos da pandemia, acredito que desta vez a arrecadação será maior que as demais. A turma está mais mobilizada.

5. Qual o seu recado pra quem ainda está na dúvida sobre desapegar de algumas peças para doar?
Corre lá no seu armário porque eu tenho certeza de que tem pelo menos 1 peça que você não está usando e vai fazer a diferença na vida de alguém. desapegue, doe, doar faz bem… Te espero na Loja Vazia!

Entidades beneficiadas:
05 a 09/07: Projeto Mãe-creche Shirley Alegria
10 a 14/07: Caoca
15 a 19/07: Afecc
20 a 24/07: Associação Beneficente Praia do Canto
25 a 29/07: Secri
30/07 a 03/08: Albergue Martin Lutero
04 a 07/08: Amaes

Loja Vazia:
Data: 05/07 a 07/08
Local: Shopping Vitória, no 2° piso, em frente à Havaianas
Horário de funcionamento: 10h às 22h, de segunda a sábado, e das 14h às 21h aos domingos

Estúdio Gazeta vai a SP para troca de ideias

Texto: Victor Mattedi

O que são 5 pontinhos chiquérrimos pegando um voo de Vitória para São Paulo? É a “caravana do Estúdio” em busca de novas ideias para aplicar aqui na Rede! Na segunda (27) e na terça-feira (28), a equipe do Estúdio Gazeta visitou empresas na terra da garoa para um benchmarking super rico. E, olha, montaram um time de respeito, viu: a gerente Mariana Perini; a editora Flávia Martins; Rayane Machado, coordenadora de Criação do Estúdio; Carla Sobreira, gerente de Desenvolvimento Comercial, e Caroline Meneghetti, analista de Processos do PMO.

Equipe do Estúdio Gazeta realiza benchmarking em São Paulo

Em São Paulo, as cinco gazeters passaram pelas empresas The Brunch Agency, Estadão e EPTV para uma troca de ideias sobre novos produtos, merchandising, branded content e marketing de influência. Caroline Meneghetti, analista de Processos, conta que a viagem é parte de um projeto do escritório de PMO com o Estúdio Gazeta. “A visita, no geral, foi muito rica para o trabalho dentro do Estúdio. Ter essa integração, junto com a Carla Sobreira, que é quem pensa nas estratégias e como oferecer serviços para os clientes, foi muito importante. Ela estar conosco, para pensarmos coisas diferentes para fazermos, foi essencial”, avalia.

Já para Flávia Martins, editora do Estúdio, a viagem foi muito enriquecedora. “Foi uma troca de experiências muito rica! Pudemos enxergar mais claramente em que pontos do trabalho estamos no caminho certo, em que aspectos podemos avançar e aonde podemos chegar com nosso trabalho. Foi muito inspirador ver como a área de branded content, tão estratégica para nosso negócio, é trabalhada em veículos nacionais, o que mostra que temos muito espaço ainda para crescer”, frisa.

A analista de Processos ainda compartilha um pouquinho do que viram por lá: “Olhamos para conteúdo, para a criação, estrutura, para o que nós podíamos trazer de novo e usar aqui na Rede. Essa conversa com o mercado, como eles se comportam, como eles analisam e constroem junto com os clientes, foi boa para vermos que estamos no caminho certo, na direção certa. Nosso projeto está engajado como grandes referências estão fazendo”, completa Caroline.

A importância do benchmarking 
Benchmarking é uma estratégia muito utilizada para a melhoria de processos, projetos e ações de uma organização. Esta ferramenta é muito utilizada no meio corporativo para que erros do passado de uma empresa não se repitam em outras. A troca de ideias possibilita o aprendizado de estratégias utilizadas até mesmo em um segmento diferente de atuação.

“Empresa Segura”: Rede Gazeta participa de programa lançado pelo Corpo de Bombeiros do ES

Com o objetivo de certificar a segurança de empresas do Espírito Santo, foi lançado na manhã desta segunda-feira (27) o programa Espírito Santo Seguro, que vai capacitar empresas, escolas e hospitais para a prevenção a incêndios e outros acidentes. O evento aconteceu na sede do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES), na Enseada do Suá, em Vitória, durante o 12º Seminário Capixaba de Segurança contra Incêndio e Pânico, com a participação da Rede Gazeta, uma das primeiras empresas a aderir ao projeto “Empresa Segura”.

Para assinar o termo de adesão, estiveram presentes, como representantes da Rede Gazeta, o diretor de Administração e Recursos Humanos, Helder Luciano, e o gerente de Serviços Administrativos, José Lopes. Também firmaram o acordo, na mesma manhã, o Sindicato do Comércio de Exportação e Importação (Sindiex), o Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Estado do Espírito Santo (Sincades) e a Central de Aviamentos.

No evento de lançamento do programa, o comandante-geral, coronel Alexandre Cerqueira, deu boas-vindas aos presentes e salientou a responsabilidade social do CBMES com os mais diversos setores da sociedade capixaba, sob os pilares da honestidade, confiança e competência. “Parece que mudamos as normas e as tecnologias de combate, mas os acidentes continuam acontecendo e as vidas vão embora”, pontuou, destacando ainda, a importância do projeto, que só tem a beneficiar a sociedade.

Cerqueira explicou também que o projeto Espírito Santo Seguro é composto por 3 fundamentos: eixo prevenido, que são iniciativas voltadas para conhecimento e prevenção de acidentes; eixo seguro, composto por certificações, selos de qualidade e mudança de cultura preventiva, onde se encaixa o projeto Empresa Segura; e eixo protegido, que são ações inclusivas direcionadas a crianças e adolescentes.

O comandante do 1º Batalhão Militar, tenente-coronel Scharlyston Paiva, ressaltou em sua fala que o objetivo do programa é associar a proteção com a prevenção em casos de acidentes, buscando envolver a educação e a mudança da mentalidade das empresas e instituições do Estado. “Queremos trazer pessoas civis, sem conhecimento básico, e muni-las de informações para que elas possam avançar na prevenção de acidentes”, afirmou.

Uma das quatro primeiras organizações a aderirem ao projeto, a Rede Gazeta recebeu o Corpo de Bombeiros, no último dia 15, para conhecer o programa Espírito Santo Seguro. Para Helder Luciano, ao assinar o termo, a Rede se torna uma das pioneiras na desburocratização das medidas de segurança contra incêndio e pânico em empresas capixabas.

Prezamos pela segurança de todos e, para isso, é fundamental envolver nossos funcionários na prevenção de acidentes, estruturando sistemas de proteção de incêndios e, principalmente, capacitando-os para a atuação efetiva na resposta imediata a todo tipo de emergência”, avaliou.

Ao concluir todas as etapas previstas no projeto, a empresa conquistará o selo “Empresa Segura”, concedida pelo Corpo de Bombeiros do ES, atestando que o estabelecimento está de acordo com as normas de segurança contra incêndios e conta com pessoas treinadas dentro de suas instalações.

Fonte Hub abre as portas para agentes do ecossistema de inovação do ES

Conexão, comunicação e cultura: são esses os três pilares que direcionam o Fonte Hub, inaugurado na última terça (21), pela Rede Gazeta. O novo espaço de inovação capixaba, situado onde por anos funcionou a Redação de A Gazeta, chega com a proposta de desenvolver negócios de inovação aberta e ser mais um ponto de encontro entre empresas, startups, academia e outras instituições do Espírito Santo.

A inauguração aconteceu na sede da empresa, em Vitória, onde o hub está localizado, e contou com a participação de representantes de diversos agentes do ecossistema de inovação capixaba, que foram conhecer de perto os detalhes do lugar.

Dudu Lindenberg, Café Lindenberg, Francisco Carvalho, Wilson Calmon e Marcello Moraes na inauguração do Fonte Hub, que vai abrigar o programa Area 9, do Base27 (Crédito: Mônica Zorzanelli)

“Esse empreendimento é fruto de duas coisas: do DNA da Rede Gazeta como uma empresa inovadora e o acaso. A Gazeta foi fundada em 1928 e está até hoje nessa trajetória porque, em alguns momentos, soube inovar. E com essas mudanças, o espaço ficou vago e oportuno para esse novo passo. Sempre esteve muito presente na nossa mente que precisamos nos renovar para manter o grupo na liderança”, pontuou o presidente do grupo, Café Lindenberg.

Com um estúdio de gravação com chroma-key (uma área verde que possibilita a inserção de cenários virtuais), outro para transmissões de podcasts, cabines de áudio, salas de brainstorming e coworking, o Fonte é o primeiro hub do Estado a contar com esse foco na produção de conteúdo audiovisual, intimamente ligado à expertise de comunicação da Rede. Para conferir detalhes da inauguração e acompanhar o dia a dia do Fonte, clique aqui.

O momento também foi de inauguração das instalações físicas do Area 9, programa de inovação aberta do hub Base27, que será realizado no local. “O Area 9 é um projeto para conectar universidades e startups, resolvendo dores em comum. Quando esses dois mundos se encontram, temos um cenário de fomento ao empreendedorismo e à inovação no ES”, explicou Francisco Carvalho, presidente do Base27.

Confira as fotos de Mônica Zorzanelli:

Primeira mão
Ainda na manhã da terça (21), os funcionários da Rede Gazeta tiveram a oportunidade de conhecer o Fonte Hub em primeira mão, com um café da manhã, tour pelo local e bate-papo com a diretoria para entender melhor como o novo espaço pode contribuir no dia a dia da empresa.

“O hub é o que vamos fazer lá. Ele não é o espaço físico, e sim as ações e atitudes que teremos lá. É uma questão de comportamento, de como usaremos o que temos na empresa para conectar mais pessoas, gerar mais ideias”, destacou o diretor de Inovação e Novos Negócios da Rede, Dudu Lindenberg.

Sobre esse comportamento, o diretor-geral, Marcello Moraes, reforçou a importância do engajamento dos funcionários nessas mudanças. “É muito difícil mudar a cultura de uma empresa. Algumas coisas a gente não quer mudar, como o orgulho de fazer parte da Rede, mas outros pontos devem ser mudados, como a tolerância ao erro para entrar no mundo da inovação.”

Fonte chegou: Rede Gazeta inaugura seu hub de inovação para novos negócios e experimentação audiovisual

Texto: Eduardo Fachetti

A Rede Gazeta, maior grupo de comunicação do Espírito Santo, e que atua em 16 negócios de mídia no território capixaba, inaugura neste dia 21 de junho um espaço para desenvolver negócios de inovação aberta e promover maior conexão entre empresas, startups, academia e outros parceiros do ecossistema de inovação no ES: o Fonte Hub. Esse será o primeiro hub do Estado a oferecer uma estrutura voltada à produção audiovisual e experimentação de conteúdos em novos formatos, linguagens e tecnologias.

A nova estrutura vai funcionar dentro da sede da empresa, em Vitória, oferecendo aos parceiros a possibilidade de uso de dois estúdios para audiovisual, espaço para transmissões online de podcasts e entrevistas, produção de áudio, salas de brainstorming e coworking.

Fonte hub, localizado na sede da Rede Gazeta em Vitória, conta com espaços focados na produção de audiovisual e criação de conteúdo. (Crédito: Eduardo Fachetti)

O projeto ganhou fôlego no começo de 2021, quando a Rede Gazeta formulou a Diretoria de Inovação e Novos Negócios. A expectativa do grupo é que, em cinco anos, novos produtos, serviços e negócios de inovação resultem em um faturamento de R$ 10 milhões para o grupo.

“Um hub é um local de conexão, um eixo. A ideia é expandirmos o conceito de comunicação no qual estamos inseridos como empresa de mídia para uma outra camada de agregação de parceiros, de públicos, além de novos negócios, formatos e inovação. O Fonte vai cumprir mais de um papel para a Rede Gazeta. Além do coworking, temos laboratórios de audiovisual que vão atrair pessoas para escrever essa nova página da história da empresa.”, defende o presidente do grupo, Café Lindenberg.

Renovação dos negócios
Café pontua que a Rede Gazeta pretende se consolidar como um agente relevante no ecossistema capixaba de inovação, mas sem se distanciar do core business do grupo: “O Fonte consolida e torna visível nossa estratégia de nos tornar, também no contexto da inovação aberta, uma referência, colocando a nossa expertise em produção de conteúdo a serviço de novos modelos de negócios”.

O diretor de Inovação e Novos Negócios, Dudu Lindenberg, acrescenta que as iniciativas da Rede Gazeta dentro do ecossistema de inovação – estreitando laços com startups, aceleradoras, outras empresas e o universo acadêmico – permitirão a renovação sustentável do negócio principal do grupo e a criação constante de novos negócios, de forma ágil e conectada a novos públicos.

“Historicamente, nossa empresa sempre esteve na vanguarda dos movimentos de mídia. Enxergamos com certa antecedência a hora certa de aposentar o jornal impresso, mesmo que isso significasse (em 2019) pôr fim ao produto que deu origem a todo o grupo. Mas estamos hoje em um capítulo da história em que não basta se antecipar onde o terreno já é conhecido; precisamos inovar, assumir riscos e buscar novas áreas de atuação junto com quem conhece novos mercados e outras frentes de atuação que dialoguem com a nossa experiência. O hub é o que vamos fazer lá. Ele não é o espaço físico, e sim as ações e atitudes que teremos lá”, afirma Dudu Lindenberg.

Sobre esse comportamento, o diretor-geral do grupo, Marcello Moraes, reforça a importância do engajamento dos funcionários a estarem abertos às mudanças. “É muito difícil mudar a cultura de uma empresa. Algumas coisas a gente não quer mudar, como o orgulho de fazer parte da Rede, mas outros pontos devem ser mudados, como a tolerância ao erro para entrar no mundo da inovação”, destaca ele.

Letícia Lima, gerente de Inovação da Rede Gazeta; Marcello Moraes, diretor-geral; Café Lindenberg, presidente do grupo; Felipe Cardozo, intraempreendedor; e Dudu Lindenberg, diretor de Inovação e Novos Negócios; apresentando o Fonte para o time da Rede Gazeta (Crédito: Lucas Valadão)

Inovação aberta
Já no nascimento, o Fonte Hub garantiu uma parceria de peso. O hub Base27, que completa neste mês de junho dois anos de atuação no mercado capixaba e já reúne um grupo de mais de 40 mantenedores, entre eles a Rede Gazeta,  vai desenvolver dentro do novo espaço seu programa de inovação aberta Area 9, que também conta com o patrocínio do grupo. Esse programa visa impulsionar o empreendedorismo, a criatividade e a tecnologia no Estado, aproximando startups e investidores. Após um programa-piloto com 13 participantes em 2021, o Area 9 começa a operar dentro do hub da Rede Gazeta com cinco empresas diferentes.

“O Area 9 foi pensado com o principal objetivo de fomentar o empreendedorismo inovador e contribuir para um ecossistema cada vez mais conectado e forte. Desde o início pensamos num programa que pudesse ser colaborativo e que trabalhasse em parceria com os diversos modelos que já existem e que funcionam tão bem. Queremos reunir as boas iniciativas que apoiam startups e profissionais de tecnologia e economia criativa”, destaca a diretora de Inovação do Base27 e responsável pelo programa, Michele Janovik.

Outra parceria já firmada pela Rede Gazeta, no escopo do Fonte Hub, é o programa “Radar de Talentos”, do Centro Universitário Espírito-Santense (Faesa). Cinco estudantes universitários, dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda, vão participar do programa de qualificação com foco em inovação e produção audiovisual, além de experimentação de tecnologias.

Os alunos desenvolverão atividades dentro do Fonte a partir do dia 22 de junho,com mentoria de profissionais e módulos práticos para produção audiovisual. No fim do projeto, um dos participantes vai se tornar estagiário da Rede Gazeta.

O que leva uma empresa tradicional a apostar em inovação?

Das leis da física às orientações médicas, “ficar parado” não costuma ser sinônimo de saúde ou avanço. O mesmo vale para empresas e negócios, onde acompanhar as transformações tecnológicas, tendências de comportamento e adaptar-se a elas deixa de ser um diferencial para se tornar uma necessidade. Nesse sentido, têm se tornado cada vez mais comum o surgimento de hubs – termo que define espaços de conexão em rede, aproximando empreendedores, empresas e startups em busca de novas soluções.

Neste caminho, a Rede Gazeta inaugura, no próximo dia 21, o seu próprio hub: o Fonte. O espaço terá, como um de seus diferenciais, a vocação audiovisual que guia o grupo, que em setembro próximo celebra 94 anos de fundação. O desafio dessa trilha de inovação pode ser ainda maior para empresas com mais tempo e história de funcionamento, aquelas que não são “nativas digitais”, como é o caso da Rede Gazeta. Mas para o diretor de Inovação e Novos Negócios do grupo, Eduardo Lindenberg, um ponto primordial a ser considerado é o período oportuno em que os esforços nesse sentido devem ser feitos.

“Obviamente envolve inovação, mas especialmente inovação no momento certo. Estamos bastante confiantes de que está na hora de uma terceira ou quarta onda de uma virada de inovação na Rede Gazeta, pra garantir mais 90 anos, mais 100 anos de existência. Está claro no clima da empresa hoje de que mesmo tendo muitas iniciativas – ainda que envolvam pequenos erros, mas que trazem aprendizados –, ainda corremos um risco muito menor do que não fazer nada. Sem dúvida a inação é o maior risco que podemos correr e é muito mais barato aprender errando do que ficar parado esperando o mercado se movimentar”, destaca ele.

Da esquerda para a direita: Dudu Lindenberg, diretor de Inovação e Novos Negócios da Rede Gazeta; Felipe Cardozo, intraempreendedor; e Leticia Lima, gerente de Inovação. (Crédito: Caroline Mauri)

Por outro lado, com os anos de funcionamento, empresas tradicionais também podem ter acumulado mais experiência em se transformar e se ajustar ao mercado, como o de comunicação, que no último século encarou as chegadas de rádio, televisão e internet. Há menos de três anos, por exemplo, a Rede Gazeta aposentou o jornal impresso, que foi justamente o que deu origem a todos os negócios. Agora, se prepara para usar a expertise que tem na área no seu novo hub de inovação.

“A Rede Gazeta sempre foi uma empresa inovadora em seu mercado, mas esse processo era mais centralizado, top-down, compatível com aquele momento. Hoje já somos mais ágeis, porém estamos numa jornada de transformação estruturando nosso modelo de inovação, buscando uma atuação colaborativa, formando grupos multidisciplinares para testar novas metodologias e explorar territórios de oportunidade. Buscamos ter uma atuação cada vez mais ativa no ecossistema, com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento do Estado. O Fonte vem como um dos instrumentos para isso”, explica a gerente de Inovação da Rede Gazeta, Letícia Lima.

As iniciativas fazem parte do Programa Reinventa, o programa de inovação da empresa, resultado de mais de um ano de esforços com a consultoria da Inventta. Uma das frentes aliás, que está atualmente nas mãos do intraempreendedor da Rede Gazeta, Felipe Cardozo, é focada na expansão da atuação em novos negócios, até mesmo além do já conhecido mercado de comunicação. Mas uma coisa ele já adianta: tais mudanças não atingem a essência da empresa.

“A Rede Gazeta só passou dos 93 anos por conseguir se adaptar, buscar novas tecnologias e, de várias formas, inovar. Mas o mais importante é que sempre fez isso tendo como base seu propósito. O desafio agora é trazer novos componentes de processos e mentalidade empreendedora para nos manter à frente de um movimento cada vez mais rápido, porém não é apenas sobre buscar novos produtos ou serviços mais lucrativos. É sim sobre renovar de forma sustentável os negócios da empresa, mas sempre a serviço do nosso propósito: de apoiar o desenvolvimento do Espírito Santo e do cidadão capixaba”, conclui Felipe.

TecnoAgro 2022 fecha a programação com debate sobre mercado de capitais e presença feminina no campo

Debatendo os impactos causados pela crise mundial no agronegócio, desencadeada pela pandemia de Covid-19 e agravada pela guerra na Ucrânia, o TecnoAgro 2022 abriu o segundo dia de programação, nesta sexta-feira (10), em Linhares. Cofundador da plataforma AAA Inovação, Arthur Igreja conduziu a palestra inicial do dia e conversou com o público sobre a produção de cacau e pimenta-do-reino. A programação, assim como no primeiro dia, foi extensa, com palco principal e três auditórios simultâneos.

Entre outros assuntos, com capacitação para o campo capixaba, o TecnoAgro também debateu o mercado de capitais no agronegócio com o colunista de Economia de A Gazeta, Abdo Filho, que recebeu o diretor presidente do Bandes, Munir Abud, e o CEO do Suno Asset, Vitor Lopes Duarte. Ainda no palco principal, um painel importante sobre a presença feminina no campo e na pesca envolveu os presentes com relatos de Alessandra Maria da Silva, médica veterinária, extensionista do Incaper e coordenadora do projeto “Mulheres no Cacau”; Aline Malta, gerente da Fazenda Três Marias; e Patrícia Ferraz do Nascimento, coordenadora de projetos na Secretaria de Estado da Agricultura, onde coordena o projeto “Elas no campo e na pesca”.

TecnoAgro 2022 reuniu empresários e produtores rurais em Linhares. Crédito: Fernando Madeira/A Gazeta

A editora-chefe de A Gazeta mediou a conversa e acredita que há cada vez mais espaço para que mulheres construam suas trajetórias em todos os lugares, incluindo no campo. “A gente quer contar histórias. A gente não quer só falar de feminicídio e violência. É preciso levar histórias de mulheres para outras mulheres. É inadmissível em pleno 2022 alguém achar que mulher não pode dirigir, que não tem direitos”, pontua.

O governador Renato Casagrande esteve presente no evento. Além de parabenizar a iniciativa de ampliar o debate sobre o agronegócio capixaba, falou sobre as políticas públicas para o setor no ES. “Estamos fazendo fortes investimentos no setor rural. Calçamento, entrega de máquinas, investimento em rodovias. Estamos fazendo investimentos para animar quem vive da agricultura. A Rede Gazeta faz importante contribuição para o agro do Espírito Santo ao realizar um evento deste porte, aproximando produtores, estudiosos, empresários da área de inovação. Aquela imagem de que a vida no campo é simples é algo que ficou no passado”, afirmou Casagrande.

Expositores avaliam

Erthelvio Nunes, diretor de pós-graduação da Faesa, elogiou a realização do TecnoAgro 2022. “O primeiro dia superou as expectativas, com a participação de pessoas muito qualificadas, as empresas que aqui estão também trazem uma série de soluções para o agronegócio. A organização acertou em cheio com essa proposta, que com certeza entra pra história da agronomia capixaba. E nós da Faesa estamos muito satisfeitos em fazer parte”, avalia.

Já o gerente de vendas da Viafor, Daniel Sassaroli, considerou o evento importante para movimentar a economia capixaba. “Esse evento tem sido muito gratificante, com uma estrutura muito boa, que a gente já conhece dos eventos da Rede Gazeta. E a movimentação, o aumento de negócios, isso é muito bom pro nosso Estado e pra nossa cidade”.

Show e happy hour

Assim como no primeiro dia, o TecnoAgro atraiu, além de empresários e produtores rurais do Espírito Santo e de outras localidades do país, o público linharense que se prontificou a curtir a programação cultural que cravou o sucesso do evento. A dupla cachoeirense Mateus Matos e Murilo agitou o encerramento do maior evento do agronegócio capixaba, dando o tom sertanejo ao Conceição Hall, em Linhares.

Para conferir os destaques da programação do TecnoAgro 2022, acesse a página especial do evento em A Gazeta.


“Relações humanas nunca serão substituídas pela tecnologia”, diz vice-presidente de agtech

Texto: Eduardo Fachetti

Como a inovação está transformando as relações na cadeia do agro? A provocação, que poderia ser só uma pergunta simples, tomou conta do palco principal do TecnoAgro 2022, em Linhares, no final da tarde desta quinta-feira (09). Com participação do presidente da Orbia.ag, Ivan Moreno e do vice-presidente da Raízen (considerada pela Forbes uma das empresas mais inovadoras do Brasil), Fábio Mota, o painel discutiu desafios e mudanças que a tecnologia está produzindo no segmento. Em consonância, os dois palestrantes foram incisivos: as relações humanas não perderão espaço ante aos processos de inovação.

TecnoAgro 2022 reuniu empresários e produtores rurais em Linhares. Crédito: Fernando Madeira/A Gazeta

“As relações humanas nunca serão substituídas pela tecnologia. Elas serão melhoradas. Grande parte das pessoas ligadas ao agro brasileiro vêm de uma tradição de família, de algum elo preexistente. Mas quanto mais diversidade, quanto mais pessoas diferentes a gente conseguir envolver nessas conversas e relações, mais a gente vai ter clareza do tamanho das oportunidades”, defendeu Mota.

Moreno, por sua vez, destacou o que, em sua visão, é essencial em todo diálogo que envolve inovação no campo: empatia. Para o presidente da Orbia.ag, não há como lidar com tecnologia de forma linear, ou seja, investidores, agtechs (startups do agronegócio) e empresas precisam reconhecer que há particularidades no trato com as pessoas. Por isso, segundo ele, é imprescindível um olhar diferenciado para os produtores rurais.

“É extremamente necessáriopromover as mudanças que vêm da inovação de forma empática. Num processo de comercialização digital, por exemplo, seja quando uma empresa está em estágio avançado de conhecimento, ou até ao propor uma simples solução para o produtor fazer uma cotaçãoo de venda via WhatsApp. É preciso ter uma mentalidade inclusiva; não é todo mundo que tem o mesmo nível de informação em tecnologia. É preciso criar oportunidades e conhecimento para todos”, pontuou Moreno.

AgroVen

A conversa entre Fábio Mota e Ivan Moreno foi mediada pelo presidente nacional da AgroVen, Sílvio Passos. A AgroVen é um clube de investidores-anjo para startups do agronegócio que, a partir desta quinta-feira (09) terá um grupo local no Espírito Santo, composto por investidores (empresários, produtores rurais, representantes de grandes indústrias ou varejistas) convidados a se relacionar com startups em busca de soluções inovadoras para desafios ligados aos negócios do campo.

O AgroVen foi fundado em Uberlândia (MG) em 2019, e a Rede Gazeta está viabilizando a vinda do clube de investidores para o Espírito Santo. Os participantes  precisam, em comum, ter interesse em investir em agtechs. No AgroVen, eles terão ajuda para fazer suas escolhas de investimentos e torná-los mais efetivos, contando com a análise das melhores empresas para receberem aportes, além de uma metodologia de acompanhamento do desempenho nas startups.

O AgroVen é responsável por mapear e auxiliar na avaliação de empreendedores e suas empresas nascentes, inovadoras e com alto potencial de crescimento e impacto. Os investidores podem ajudar na jornada de crescimento das agtchs, seja ajudando a testar e desenvolver melhor seu produto, seja apresentando potenciais clientes e fornecedores que podem acelerar ainda mais seu crescimento, por isso o slogan “Smart Money for Agtechs”, ou seja, dinheiro com inteligência.

O diferencial do clube de investidores, de acordo com Passos, vai além do aporte financeiro feito às startups. “Uma vez que investimos na empresa, criamos uma ampla estrutura interna, que inclui conexões dentro da cadeia produtiva do agronegócio. Através do clube, o produtor rural poderá encontrar startups que desenvolvam soluções para as demandas da sua propriedade e, assim, ampliar o investimento nessas tecnologias”, explicou.

TecnoAgro desembarca em Linhares com capacitação, tecnologia e show sertanejo

Texto: Lucas Valadão

O primeiro dia do maior evento do agronegócio capixaba, o TecnoAgro2022, apresentou novos caminhos e possibilidades para alavancar para o segmento, com foco na tecnologia e na inovação. Entre os cerca de 20 painéis realizados nesta quinta-feira (09), divididos entre palco principal e três auditórios, a programação serviu capacitação aos empreendedores e produtores rurais do Espírito Santo.

Acostumada a dar o bom dia aos capixabas aos domingos, a apresentadora do Jornal do Campo, Cláudia Gregório, foi quem recebeu o público no Conceição Hall, em Linhares. Logo depois, Café Lindenberg, presidente da Rede Gazeta, abriu oficialmente a programação, citando as mudanças pelas quais o agronegócio passou nos últimos tempos: “Acompanhamos a erradicação dos cafezais, as crises nas lavouras, a chegada da agroindústria e, mais recentemente, a modernização das técnicas de produção. Um evento como o TecnoAgro, portanto, é a reafirmação do compromisso com todos que compõem o agro capixaba”.

Cláudia Gregório, apresentadora do Jornal do Campo, deu bom dia aos presentes no TecnoAgro. Crédito: Fernando Madeira/A Gazeta

O agroinfluencer e empresário Raphael Houyaek, da Fazenda Esperança Alegrete (RS), foi o responsável por iniciar os trabalhos do dia. Com uma história de superação no agronegócio, Houyaek compartilhou um pouco da trajetória dele, exaltando a importância do trabalhador rural. “Nosso propósito é fazer o agro mais forte através de pessoas mais fortes. Mais importante do que qualquer acumulação de diplomas é entender, desde cedo, que ingressar no mercado de trabalho nos dias de hoje exige muito mais que formação técnica. Tem gente especialista em pasto e bois. Precisamos de gente especialista em gente”.

Com uma programação simultânea em 4 espaços, o evento trata dos mais diversos assuntos relacionados ao agronegócio, do uso de drones para pulverização de pesticidas na lavoura às técnicas inovadoras de produção de camarão marinho. Para o secretário de Agricultura do Espírito Santo, Mário Louzada, o TecnoAgro é uma realização relevante para o setor. “São muitas palestras interessantíssimas. Há muita coisa nova, muita coisa tecnológica para o agronegócio. É um evento que promete”, avalia o titular da Seag.

Os talentos da Rede Gazeta também marcaram presença. O Bom Dia Espírito Santo foi apresentado direto do local do evento, com os jornalistas Mário Bonella e Fabíola de Paula inclusive dando uma voltinha pela feira de expositores e produtores do campo. Nos painéis, além de Cláudia Gregório, a apresentação ficou por conta de Laila Magesk (A Gazeta), Lara Rosado e Gabriela Molina (Estúdio Gazeta). Uma cobertura completa foi realizada, com transmissão ao vivo do palco principal e dos auditórios na página do evento, em A Gazeta.

Feira de expositores

Com grande movimentação do público ao longo do dia, quem escolheu expor produtos e serviços no TecnoAgro aprovou a experiência do primeiro dia. Vinicius Allazio, da VP Solar, considera o evento uma vitrine para os empresários e produtores rurais. “No TecnoAgro conseguimos atingir o nosso público. São diversas marcas presentes aqui e ligadas a agricultura. Trouxemos para cá qualidade, com um painel solar considerado o melhor do mundo. É o mesmo módulo usado pelos canadenses, americanos europeus e japoneses”, confirma.

Outras marcas marcaram presença, oferecendo condições especiais de crédito, capacitação e produtos, além dos produtos provenientes da agricultura familiar – teve queijos, embutidos, mel, frutas orgânicas e cachaça da terra.

Feira de expositores teve delícias da agricultura familiar. Crédito: Fernando Madeira/A Gazeta

No fim da tarde, o painel “Como a inovação está transformando as relações na cadeia do agro” trouxe para a conversa o presidente da AgroVen, Sílvio Passos, o presidente da Orbia.ag, Ivan Moreno, e o vice-presidente da Raízen (considerada pela Forbes uma das empresas mais inovadoras do Brasil), Fábio Mota. Os três, em consenso, defenderam que nenhuma tecnologia irá substituir a presença humana no agronegócio e que investimentos necessitam, antes de mais nada, de um olhar empático para efetivamente produzirem inovação no segmento.

Com muita animação, o encerramento do primeiro dia do TecnoAgro 2022 teve tudo a ver com a proposta: o cantor sertanejo linharense Filipe Fantin animou a noite com vários sucessos, em um momento de relaxamento dos convidados, que ainda puderam provar chopps artesanais e cachaças premiadas internacionalmente, e que são produzidas também no município do Norte do ES.

Nesta sexta-feira (10), a programação continua das 8h às 22h. As inscrições podem ser feitas clicando aqui ou no credenciamento na entrada do evento. Os painéis também podem ser acompanhados sem sair de casa, com transmissão ao vivo pelo site de A Gazeta.

Café Lindenberg abre o TecnoAgro 2022: “A boa imagem do ES está atraindo investimentos”

O maior evento do setor agro no Espírito Santo abriu as portas na manhã desta quinta-feira (09), em Linhares, Norte do Estado. O TecnoAgro 2022 reúne expositores, produtores rurais, investidores e lojistas para discutir as oportunidades de avanço para os negócios do campo com foco na revolução tecnológica de práticas e processos, antecipando tendências de mercado para unir tecnologia e produção rural.

O presidente da Rede Gazeta, Café Lindenberg, abriu o evento por volta das 08h50. O grupo promove o TecnoAgro após um hiato de três anos e, de acordo com Café, ao reunir mais de 50 palestrantes em dois dias de atividades, o evento reforça o compromisso do grupo com o setor agro – algo acompanhado desde o início da circulação de A Gazeta, há quase 94 anos.

Café Lindenberg, presidente da Rede Gazeta, abre o TecnoAgro 2022. Crédito: Fernando Madeira/A Gazeta

 

“Acompanhamos a erradicação dos cafezais, as crises nas lavouras, a chegada da agroindústria e, mais recentemente, a modernização das técnicas de produção. Para se ter uma dimensão mais exata da força que o agronegócio tem, de acordo com dados do governo do Estado, 30% do PIB capixaba vem do setor, que reúne as atividades econômicas mais importantes para 80% dos municípios daqui. Um evento como o TecnoAgro, portanto, é a reafirmação do compromisso com todos vocês que compõem o agro capixaba: produtores rurais, empresários, investidores e gestores públicos”, destacou o presidente da Rede Gazeta.

Segundo Café, o Estado vive um bom momento para a atração de negócios: “A força do setor se mostra em toda cadeia produtiva que envolve comércio e logística, e também nas grandes plantas agroindustriais, que empregam milhares de capixabas e criam riqueza. Tudo isso, aliado à boa imagem que o Estado desfruta no contexto nacional, vem atraindo novas indústrias e investimentos”.

Para acompanhar a programação ao vivo do TecnoAgro 2022, clique aqui.