Últimos dias para inscrições no Prêmio Biguá

Foto: Arquivo
A premiação ocorre no Sul do Estado

Estão abertas as inscrições do Prêmio Biguá de Sustentabilidade. O objetivo é valorizar as experiências de sucesso na proteção, recuperação e preservação do meio ambiente.

Podem participar do prêmio os moradores dos 28 municípios da área de cobertura da TV Gazeta Sul, que contemplam as bacias hidrográficas dos rios Itapemirim, Itabapoana, Beneventes, Rio Novo e lagunas costeiras.

As categorias participantes são: Educação (escolas de ensino fundamental da rede pública e privada); Produtor Rural; Prefeitura Municipal; Sociedade Civil (como ONGs, fundações comunitárias, associações, institutos e pessoas físicas).

Prêmio Biguá
Inscrições: até o dia 31 de julho
Premiação: 20 de setembro
Regulamento e ficha de inscrição: www.premiobigua.com.br
Onde entregar os trabalhos: na sede da TV Gazeta Sul, em Cachoeiro de Itapemirim, ou nos escritórios do Incaper no Sul do Estado
Mais informações: (28) 3526-4400

É urgente preservar e gerar água no Espírito Santo, apontam comitês de bacias

Ismael Inoch
Especialistas debateram no auditório da Rede Gazeta

Para debater e apresentar o cenário dos recursos hídricos, a Rede Gazeta sediou o 2º Encontro Estadual de Bacias Hidrográficas do Espírito Santo no auditório da empresa, nesta quarta-feira (05), em Vitória. Entre os convidados estavam os representantes de todos os 14 comitês de bacias do Estado.

O tema desta edição foi “Crise hídrica, gestão e cobrança pelo uso da água”, debatido pelo presidente do Conselho Administrativo da Agência de Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ-SP), Paulo Tínel, e pelo diretor-geral da Agência de Bacia do Rio Doce (AGB Doce/Ibio), Ricardo Valory. Cerca de 300 pessoas passaram pelo local do evento durante o dia.

Ismael Inoch
Encontro reuniu representantes das 14 bacias do ES

Os representantes relataram as dificuldades encontradas em cada região e a necessidade urgente de preservação dos recursos hídricos. A maioria acredita que é preciso unir esforços para melhor gestão das bacias. A ocasião também serviu para que cada comitê cobrasse dos governos e da sociedade ações concretas e imediatas de intervenção deste cenário.

Luciane VenturaDeisy Silva Corrêa, do Comitê da Bacia Hidrográfica do Litoral Centro Norte e Santa Maria da Vitória
“Não é de uma hora para outra que vamos mudar o cenário da crise dos recursos hídricos por aqui. É tudo na base de muito trabalho a ser feito e os comitês foram formados para isso”.

Leticia Lindenberg_Leticia SoaresLeticia Lindenberg – diretora de Desenvolvimento Institucional da Rede Gazeta
“Todos os nossos esforços e debates em defesa da água são pautas no trabalho dentro de nossas redações. Acreditamos que faz parte da nossa missão levar para a sociedade informações que possam contribuir com o futuro e preservação dos recursos hídricos”.

Elio de Castro_Ismael InochElio de Castro, presidente do Fórum Capixaba de Comitês de Bacias Hidrográficas
“É a hora de gente instrumentalizar os planos de cada comitê capixaba. O Encontro das Bacias serve para que possamos mapear as próximas ações e nos permitir avançar em 2018”.

José Dalton Cardoso_Ismael InochJosé Dalton Cardoso, Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Jucu
“A situação do Rio Jucu é dramática porque ele não tem reservatório de água. Não está fora de cogitação que o Rio Jucu possa secar. Se isso acontecer a Grande Vitória vai ficar sem água”.

Paulo Breda_Ismael InochPaulo Breda, do Comitê da Bacia Hidrográfica do Itapemirim
“Foi mais um encontro e precisamos questionar: estamos evoluindo? Cada região já tem seu comitê mas a crise hídrica passou? Temos que produzir água, se não quem vai sofrer é a gente, todos nós”.

Marcelo Lemos_Ismael InochO promotor de justiça Marcelo Lemos, coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente do Ministério Público Estadual (MPES)

“Quando se fala de água não existe mágica para resolver os problemas, existe a necessidade de participação. A sociedade inteira precisa estar junta nessa. Temos que defender a água não por opção mas por dever”.

Paulo Pínel_Bruna BorjaillePaulo Tínel Presidente do Conselho Administrativo da Agência de Bacias PCJ
“A cobrança não é apenas instrumento de gestão econômica, mas principalmente de gestão hídrica. Não dá para deixar tudo nas mão do governo. A medida é um a forma de controle e precisamos dar valor econômico a um bem que é finito”.

Ricardo Valory_Bruna BorjailleRicardo Valory diretor-geral da Agência de Bacia do Rio Doce (AGB Doce/Ibio)
“A Bacia do Rio Doce abastece 228 municípios. O acidente em Mariana agravou os problemas na região e afetou também a gestão hídrica. Programas e iniciativas são importantes para correção de problemas ambientais e não há outro caminho ao recurso da cobrança”.

Aladim Cerqueira_Bruna BorjailleAladim Cerqueira Secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos
“O desafio da resolução de problemas de gestão de recursos hídricos é gigantesco. O governo reconhece a importância e o papel fundamental dos comitês de bacias na gestão hídrica, que tem ganhado força nos últimos anos por meio das iniciativas”.

Encontro de Bacias
Em 2015, a Rede Gazeta promoveu o 1º Encontro de Bacias Hidrográficas marcou o lançamento da Década Estadual da Água e reuniu quase 200 pessoas, incluindo sociedade e especialistas, no auditório da empresa. Desde 2000, a Rede Gazeta organizou e participou da cobertura de uma série de expedições científicas em rios capixabas como o Santa Maria da Vitória, o Itapemirim e o Rio Doce.

Rede Gazeta assina parceria para recuperar as nascentes do Rio Doce

Publicado em 12/03/2015.
foto: Bruna Borjaille
SOS Fórum Rio Doce
Os diretores da Rede Gazeta e os idealizadores do Instituto Terra

A Rede Gazeta realizou o Fórum SOS Rio Doce e recebeu a presença de especialistas da área sócio-ambiental e autoridades políticas, nesta quarta-feira (11), no auditório da empresa, em Vitória. O encontro revelou os resultados da “Expedição Diagnóstico Científico do Rio Doce”, produzido pela TV Gazeta Norte e Noroeste, e contou com a presença dos idealizadores do Instituto Terra, Lélia Wanick Salgado e Sebastião Salgado. Na ocasião, o diretor-geral e a diretora de Desenvolvimento Institucional da Rede, Café e Leticia Lindenberg, assinaram um termo de parceria para divulgar as ações do Programa “Olhos D’água” do Instituto. O evento terminou com um debate entre os participantes mediado pela jornalista e colunista Míriam Leitão.

A proposta do Programa “Olhos D’água” é garantir a recuperação de cerca de 30 mil nascentes do Rio Doce, que corta mais de 230 municípios no Espírito Santo e em Minas Gerais. “Hoje com essa penúria de água nas grandes cidades, ele é muito importante”, afirma Lélia Wanick Salgado, presidente do Instituto Terra, que lidera o projeto. O “Olhos D’água” existe há cinco anos e já ajudou a recuperar mais de mil nascentes.

O vice-presidente do instituto, Sebastião Salgado, casado com Lélia, defendeu a formação de parcerias. “Temos que contar com todas as entidades, Governo Federal, governos estaduais e municipais”.

“O projeto é para recuperar todas as nascentes do Rio Doce. Isso vai para mais de 30 anos. É uma parceria que está aberta, ela não tem fim. São mais de 30 mil nascentes”, acrescentou a diretora da Rede, Leticia Lindenberg.

Um dos debatedores do Fórum, o professor e pesquisador do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) Abrahão Elesbon deu exemplo de rios recuperados, no planeta. “Tem o Rio Sena, na França, com mais de 800 quilômetros de extensão. A água é proveniente de Estação de Tratamento mas tem qualidade”, garantiu.

Objetivos

A principal proposta do Olhos D’água é recuperar as nascentes da Bacia do Rio Doce, que corta municípios do Espírito Santo e de Minas Gerais. Outro objetivo do programa é implantar fossa séptica em cada residência das propriedades rurais dos 230 municípios cortados pela Bacia do Rio Doce.

Fórum debaterá situação e preservação do Rio Doce

Publicado em 25/02/2015.
foto: Marsha Williams
SOS Forum Rio Doce
Sebastião Salgado e Lélia Wanick

Após a realização da “Expedição Diagnóstico Científico Rio Doce”, a Rede Gazeta e o Instituto Terra assinam um termo de parceria e realizam o Fórum SOS Rio Doce, na próxima quarta-feira (11). O debate terá a participação dos idealizadores do instituto, o fotógrafo Sebastião Salgado e a sua esposa Lélia Wanick, com a mediação da jornalista e colunista Míriam Leitão.

O encontro, limitado a convidados no auditório da Rede Gazeta, vai apresentar o resultado da expedição e o programa “Olhos D’água” de preservação das nascentes do rio, que será objeto da parceria de divulgação entre a Rede e o Instituto Terra. Entre os debatedores estão o pesquisador do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Abrahão Elesbon, junto com o engenheiro sanitarista e ambiental Henrique Lobo e o presidente do Comitê da Bacia do Rio Doce, Leonardo Deptulski, que participaram da expedição científica.

foto: Divulgação/A Gazeta
SOS Forum Rio Doce
Jornalista e colunista Míriam Leitão

Rio Doce

A Bacia hidrográfica do Vale do Rio Doce se estende entre os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e banha 230 municípios, sendo 28 no Espírito Santo e 202 em Minas Gerais. Sua extensão abrange uma área de 8.264.600 hectares (INPE, 2000), ou 82.646 km2, o que equivale à superfície de um país como Portugal. Com um total de 853 quilômetros de percurso, o Rio Doce deságua na Vila de Regência, em Linhares (ES).

Diagnóstico Científico do Rio Doce

A TV Gazeta Norte e a Noroeste realizaram a série de reportagens “Expedição Diagnóstico Científico Rio Doce” no final do ano passado. Durante o trabalho, 67 pessoas, entre especialistas, professores do Ifes, policiais militares ambientais, Corpo de Bombeiros, pescadores e equipes de reportagem da emissora, levantaram informações que ajudaram na elaboração de um diagnóstico a respeito da atual situação do rio.

 

foto: Késia Moura
SOS Forum Rio Doce
Equipe da Expedição Diagnóstico Científico Rio Doce

A expedição começou na divisa do Espírito Santo com Minas Gerais, na cidade mineira de Aimorés, onde o grupo se reuniu na sede do Instituto Terra, conhecido como um refúgio de recuperação e preservação da Mata Atlântica. Ao todo, a expedição percorreu 160 quilômetros, até a foz do Rio Doce, no mar de Regência em Linhares. No caminho, os pesquisadores coletaram e analisaram as condições de poluição, vazão e profundidade da água.

Os especialistas também fizeram um levantamento completo do solo, da flora e da fauna às margens do Rio Doce. A equipe de reportagem esteve, inclusive, no município mineiro de Governador Valadares, maior cidade localizada às margens do Doce, onde o esgoto é lançado em tratamento dentro do rio. O diagnóstico encontrado no Espírito Santo poderá ser usado como um parâmetro para a preservação do rio também em Minas Gerais, afinal, os problemas são praticamente os mesmos nos dois Estados. Depois da Expedição, o jornal A Gazeta também publicou um Caderno Especial com as informações do projeto. A expedição foi realizada em outubro do ano passado.

Sobre o Programa Olhos D’Água

Desenvolvido pelo Instituto Terra desde 2010, o “Olhos D`Água” envolve sete municípios banhados pela bacia hidrográfica localizada entre os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e foi escolhido pela ONU-Água, em 2011, como uma das 70 melhores práticas para a recuperação e conservação dos recursos hídricos em nosso planeta. O programa se divide em projetos menores, com parceiros, patrocinadores e locais de atuação diferentes. Além disso, todos os projetos envolvem a mobilização das comunidades e dos pequenos proprietários rurais, do poder público municipal e do Comitê da Bacia.

O programa “Olhos D`Água” exige a conscientização de pequenos produtores rurais (a maioria das nascentes se encontra dentro dessas pequenas propriedades), além da elaboração de projeto técnico de uso e ocupação do solo e da distribuição de insumos para proteção e recuperação dos mananciais. Após a conclusão dessas primeiras etapas, o Instituto Terra também realiza, por um período de três anos, o monitoramento da vazão e qualidade da água das nascentes protegidas.

O Instituto Terra é uma organização civil sem fins lucrativos fundada em abril de 1998, que atua na região do Vale do Rio Doce, entre os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Suas principais ações envolvem a restauração ecossistêmica, produção de mudas de Mata Atlântica, extensão ambiental, educação ambiental e pesquisa científica aplicada.

Convidados do Fórum SOS Rio Doce:

Míriam Leitão

Jornalista, colunista do jornal O Globo, comentarista da TV Globo, Globonews e CBN, escritora e autora do best-seller Saga Brasileira.

Sebastião Salgado

Fotógrafo e economista formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com pós-graduação na Universidade de São Paulo e na Universidade de Paris. Ele é cofundador e vice-presidente do Instituto Terra.

Lélia Wanick Salgado

Diretora artística de fotografia e arquiteta formada pela École Nationale Supériure des Beaux-Arts, Paris, além de licenciada e mestre em Urbanismo pela Université Paris VIII. Ela é esposa de Sebastião Salgado e também cofundadora e presidente do Instituto Terra.

Abrahão Elesbon

Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes), campus Colatina. Ele também é engenheiro Civil formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), mestre em Engenharia Ambiental, doutor em Engenharia Agrícola, pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria do Doce. Sua área de atuação é o Gerenciamento Integrado de Recursos Hídricos.

Leonardo Deptulski

Formado em Engenharia Industrial Mecânica e bacharel em Ciências Contábeis, ele é presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, presidente do Condoeste, presidente do Consórcio Intermunicipal de Saneamento Básico do Espírito Santo (CISABES), presidente do Cointer e vice-presidente da Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo (Amunes). Leonardo Deptulski também é prefeito de Colatina.

Henrique Lobo Gonçalves

Engenheiro agrônomo, sanitário e ambiental, formado pela Universidade Federal de Viçosa e Universidade Católica de Minas Gerais. Atua como relações institucionais da Estrada de Ferro Vitória a Minas – Vale, é também membro do Comitê do Rio Doce e Comitê do Rio Santa Maria da Vitória. Foi membro do Conselho da Biosfera da Mata Atlântica e do Conselho do Fundo Nacional de Meio Ambiente, além de ter participação técnica no Projeto França – Brasil do Rio Doce.

Serviço:

Fórum SOS Rio Doce
Data: 11/03 (quarta-feira) – Horário: a partir das 17h.
Local: Auditório da Rede Gazeta, em Vitória.
Entrada: o encontro é para convidados.