Unidos pela Vacina está próximo de bater meta no ES

Criado a partir da ideia de colaborar com os municípios para que todos os brasileiros estejam vacinados até setembro deste ano, o grupo Unidos pela Vacina conseguiu garantir, até esta quinta-feira (5), “empresas madrinhas” para 74% das cidades do Espírito Santo que dependiam de algum apoio logístico para acelerar a imunização.

Com isso, câmaras frigoríficas e caixas térmicas já estão sendo entregues a 48 dos 65 municípios capixabas que apresentaram demandas.

A Rede Gazeta e o grupo Realcafé se uniram à iniciativa nos últimos dias e passarão a ser “madrinhas” do Unidos pela Vacina.

De acordo com o diretor-geral da Rede Gazeta, Café Lindenberg, esse é um momento em que todos devem fazer a sua parte, ajudando a acelerar a imunização para que se volte à normalidade o mais rápido possível.

“As câmaras frigoríficas para armazenamento de vacinas e itens de saúde, assim como as caixas que permitem o deslocamento dessas doses em zonas de difícil acesso, por exemplo, serão um legado do Unidos pela Vacina no Brasil inteiro. Aqui no Espírito Santo, a articulação tem se mostrado eficiente e a vacinação está seguindo sem grandes transtornos, mas é fundamental que todos se unam para que os resultados apareçam logo”, frisou Café.

O empresário Sérgio Tristão, presidente da Realcafé, disse que a empresa tem acompanhado a evolução da pandemia e, desde o ano passado, presta apoio ao governo do estado e participa de campanhas de outras organizações, como a Central Única das Favelas (Cufa) e a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).

Para ele, participar de mais um movimento, especialmente este que propõe a imunização mais rápida da população, é gratificante.

“A Realcafé estará à disposição no que for necessário para cruzar esse mar revolto que é a pandemia. A resposta da vacina tem sido fantástica. No Espírito Santo nós chegamos a uma média de óbitos muito maior que a atual. Ainda é um número alto, em se tratando de vidas. Mas a comparação entre antes da chegada da vacina e agora mostra uma queda drástica. Para nós, é uma honra participar desse movimento que quer acelerar a vacinação e salvar mais vidas”, afirmou Tristão.

Foto: Mehmet Turgut Kirkgoz/Unsplash

Madrinhas

Além das empresas capixabas, Suzano, Droga Raia, Bob’s, BRK Saneamento e Engeform compõem o grupo das empresas madrinhas de municípios capixabas até o momento. O processo de amadrinhamento é simples, conforme explicou a coordenadora do Unidos Pela Vacina no estado, Graça Bernardes.

“Nós realizamos um levantamento nos 78 municípios capixabas e 65 deles apresentaram demanda por itens necessários para a campanha de vacinação. Foi um contato individual, com cada secretário municipal de saúde que nos permitiu ter uma descrição bem detalhada dessas necessidades. Com base nesse relatório, passamos a buscar a colaboração de empresas, que podem fazer a doação dos itens solicitados com base na sua realidade, na capacidade financeira de fazer aquela doação. A receptividade tem sido muito grande, o que nos deixa muito felizes”, frisou Graça.

É exatamente esse legado que ficará para a saúde pública que o presidente do Conselho de Adminstração da Raia Drogasil, Antonio Carlos Pipponzi destacou neste momento em que a empresa, que já amadrinha cidades de outros estados brasileiros, passa a amadrinhar também municípios capixabas.

“Ao longo de nossa história centenária, desenvolvemos um robusto trabalho junto às necessidades de saúde das comunidades em que atuamos e não seria diferente agora, neste momento tão necessário. Esperamos que, com a adesão ao movimento Unidos pela Vacina possamos apoiar os cinco municípios capixabas que apadrinhamos, no combate a pandemia e legado de saúde”, considerou Pipponzi.

Incentivo à vacina

CEO da Suzano, que amadrinhou 33 municípios capixabas, Walter Schalka disse que, além do Unidos pela Vacina, outras iniciativas da empresa fortalecem o engajamento com a causa.

“Esperamos ajudar a vacinar mais de 450 mil pessoas até setembro de 2021 pelo menos com a primeira dose”, disse ele, acrescentando que superar o coronavírus é um objetivo que depende da ação de cada indivíduo e que é preciso seguir incentivando a adesão à vacina.

“Continuamos atentos e incentivando a todas as pessoas para quem não deixem de tomar a vacina, nas datas possíveis e respeitando o número de doses indicadas. Superar o coronavírus é um objetivo que depende da ação de cada um de nós”, enfatizou Schalka.

No processo de amadrinhamento, a empresa pode doar valores que variam de R$ 8,1 mil a R$ 12,4 mil, de acordo com o número de moradores. Ao todo, para que as cidades capixabas ainda não cobertas sejam beneficiadas, o custo total previsto é de R$ 154 mil.

Unidos Pela Vacina: apenas oito municípios do ES foram amadrinhados

Desde o início do desenvolvimento da vacina em busca de soluções para viabilizar a distribuição rápida do imunizante, o Unidos Pela Vacina, iniciativa da empresária Luiza Helena Trajano e que conta com apoio da Rede Gazeta, se encontra em dificuldade de conseguir empresas para “amadrinhar” as cidades do ES. Enquanto a média nacional de “amadrinhamento” está em cerca de 50%, apenas oito dos 78 municípios capixabas contam com empresas que se responsabilizaram em suprir necessidades para alavancar a vacinação. Dessas oito, apenas uma “madrinha” já entregou os suprimentos necessários.

“Estamos correndo bastante porque já estamos em julho. Temos entrado em contato com as secretarias de saúde dos municípios, identificado o que precisam e, agora, procuramos as empresas para fazer essa ponte. O que sempre enfatizamos é que nenhuma ajuda é pequena demais e que esse é um momento da sociedade civil se engajar nessa luta. Nada vai ajudar mais do que a vacinação. Então todos que podem contribuir de alguma forma será bem-vindo”, destaca a coordenadora do Unidos Pela Vacina no Espírito Santo, Graça Bernardes.

A estratégia de amadrinhamento é umas das propostas do movimento para facilitar as condições dos municípios de agilizar a vacinação, que até o momento só conta com 10% da população do país totalmente imunizada. Para a inciativa, o Unidos Pela Vacina realizou um levantamento com os 5.570 municípios brasileiros e identificou as necessidades de insumos para a execução do Plano Nacional de Imunização (PNI) nessas localidades.

“Entre as principais demandas estão itens como caixas térmicas, câmaras frias e freezers. As caixas, por exemplo, são muito utilizadas para transportar as doses de vacina para zonas rurais, e vão se desgastando com o uso. Outra demanda bem expressiva é a de computadores para os locais de vacinação. Essa falta atrasa o lançamento de dados, e esse é um equipamento que muitas empresas têm a capacidade de doar”, pontua Graça.

É importante destacar que o Unidos Pela Vacina não arrecada fundos para doação em valores aos municípios e nem direciona as empresas apoiadoras para esse tipo de iniciativa. A diretriz do movimento estabelece que as doações sejam feitas em forma de insumos e equipamentos já adquiridos pelas empresas apoiadoras com base no levantamento das necessidades das cidades amadrinhadas. Para saber mais formas de como ajudar, seja empresa ou pessoa física, acesse www.unidospelavacina.org.br ou entre em contato pelo email [email protected].

Confira a nova campanha do movimento Unidos Pela Vacina com a cantora Ivete Sangalo:

Rede apoia iniciativa para arrecadar 5 mil cestas básicas em junho

A pandemia de Covid-19 trouxe reflexos econômicos e sociais gravíssimos para a sociedade, sendo a insegurança alimentar (incerteza se a pessoa conseguirá se alimentar naquele dia) e a fome (falta total de alimento) alguns dos retratos mais duros dos tempos atuais, somados às milhares de mortes no país. Diante do quadro crítico, pessoas, organizações e empresas têm mobilizado esforços para atender a população mais afetada. No Espírito Santo, desde março do ano passado, o grupo UniãoES arrecada doações para compra e distribuição de cestas básicas para famílias em situação de vulnerabilidade. Com o apoio da Rede Gazeta, o movimento quer arrecadar e distribuir, neste mês de junho, 5 mil cestas básicas.

A ideia é simples: uma plataforma onde interessados podem contribuir com valores referentes ao preço das cestas (R$ 68 é o valor mínimo), e uma rede de apoiadores que se responsabilizam por todo o processo logístico que envolve adquirir e distribuir os alimentos. Para entrar nesta corrente do bem, a partir desta quarta-feira (02), acesse o site www.uniaoes.org.

O  grupo tem uma meta ousada: em 20 dias arrecadar R$ 350 mil em doações que serão revertidas em ao menos 5 mil cestas básicas. “Nós, que estamos na ponta, nas entregas das cestas, escutamos de muitas pessoas que aquela comida é a primeira refeição da semana, não a comida do dia, porque ao longo dos dias anteriores elas se alimentaram de farinha, água ou café. Isso é muito, muito triste. Mas, é a realidade e a gente vai tentar trabalhar para ajudar a parcela da sociedade que precisa da forma como nós conseguimos”, relata o empresário Rogério Salume, coordenador do UniãoES.

Salume estima que, se a meta for alcançada, cerca de 25 mil pessoas possam ser beneficiadas, considerando uma média de cinco indivíduos por família. As entregas de alimentos são feitas pelo UniãoES em todo o Estado. O grupo conta com o apoio de associações beneficentes, líderes comunitários, igrejas e outras entidades para fazer o levantamento das famílias que serão beneficiadas.

Mais de 70 organizações apoiam as iniciativas do UniãoES. A Rede Gazeta integra o grupo e apoia todas as campanhas desde a sua formação. “A insegurança alimentar e a falta de comida na mesa são motivo de enorme preocupação no contexto em que estamos. A pandemia já tem trazido efeitos nefastos para todas as áreas do país, com perdas sociais, financeiras e humanas. O momento exige união de esforços e um olhar generoso para com aqueles que estão mais vulneráveis”, pontua o diretor-geral da empresa, Café Lindenberg.

Histórico
Nos últimos meses, o UniãoES já viabilizou a distribuição de mais de 7 mil cestas básicas, que somam quase R$ 421 mil doados a partir do site. “As pessoas precisam se alimentar. O indivíduo com fome perde o seu equilíbrio emocional, e isso provoca reflexos dentro do núcleo familiar, na comunidade, no bairro, na cidade… gera um impacto social muito grande. Com a ajuda das pessoas e das empresas, nós vamos conseguir ajudar quem precisa. Não é uma obrigação, é um ato de boa vontade e nós estamos aqui abertos para ser a ponte entre quem doa e quem recebe esses alimentos”, pontua o empresário Rogério Salume.

Há dois meses, o hub de inovação Base27 promoveu uma campanha de arrecadação e doação de alimentos. Agora, se juntou ao UniãoES para um novo ciclo de arrecadações. “A pandemia nos levou a pensar que juntos, como organização, como o Base 27 que reúne várias empresas, a gente tem muito mais força que um trabalho individual. Foi isso que nos levou a esses esforços. E está sendo muito interessante, porque as empresas participam, os colaboradores das empresas também, e quando tem a chance de fazer distribuição, eles percebem uma realidade diferente daquela que eles estão acostumados. Isso reforça muito essa identidade do colaborador com a organização, com a empresa. É uma relação de ganho para todos os lados”, considera do presidente do Base27, Francisco Carvalho.

Um estudo da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) revelou que 55,2% dos brasileiros estão em situação de insegurança alimentar – ou seja, não têm certeza de que vão conseguir se alimentar de forma adequada, em quantidade ou qualidade, nas próximas refeições. O quadro de fome, ou seja, a certeza de que não há o que comer, já atinge 19 milhões de pessoas no Brasil.

COMO DOAR:
Site: www.uniaoes.org
Valor mínimo: R$ 68,00 (referente a uma cesta básica)
Formas de pagamento: Boleto, cartão de crédito, depósito ou PicPay.

Projeto #SeCuida, do Estúdio Gazeta, aborda conteúdos de saúde e bem-estar

Nunca lavamos tanto as mãos. Um ato simples de higiene que ganhou uma importância enorme desde que um novo vírus mortal apareceu e assolou o planeta, mais de um ano atrás. O novo coronavírus chegou por aqui para mostrar como nossa vida é frágil e que nossa saúde precisa estar em dia. E aprendemos na marra que os cuidados vão muito além de abrir a torneira da pia.

Uma pesquisa da consultoria Oliver Wyman mostra que em torno de 44% dos brasileiros estabeleceram novas prioridades de vida durante a pandemia. O medo de adoecer fez muita gente virar atleta de um dia para o outro. Outros tantos passaram a comer melhor, param de fumar e estão bebendo menos. Muitos foram cozinhar, costurar, pintar, ler, meditar para espantar outros males. Ou marcaram uma consulta depois de um tempão longe do médico.

O projeto #SeCuida, produzido pelo Estúdio Gazeta, vai abordar ao longo do ano diversos conteúdos sobre saúde e bem-estar, focando nas mudanças no estilo de vida das pessoas impulsionadas pela ameaça do coronavírus.

O autocuidado não é mais só uma palavra do dicionário. Passou a ser incorporado ao dia a dia. E a classe médica teve que rever muitos conceitos e recomendações para lidar com os efeitos colaterais da Covid (e são muitos). No #SeCuida, especialistas em saúde vão explicar como podemos nos comportar de agora em diante se queremos vencer os desafios durante e no pós-pandemia. Fique com a gente e veja como se cuidar mais!

Para saber mais sobre o projeto e ficar por dentro dos conteúdos, é só acessar a página do #SeCuida em A Gazeta.

 

Campanha de apoio aos empreendedores e artistas capixabas está de volta

A Rede Gazeta está relançando a campanha “Apoie Capixabas”, para dar visibilidade a empreendedores e artistas de micro e pequeno porte neste momento de agravamento da pandemia. “Que legal!, E como posso ajudar?” Você pode ajudar promovendo um micro ou pequeno negócio nas suas redes sociais, e adicionando o selo da iniciativa, disponível nos gifs dos stories do Instagram buscando pelo termo “apoie capixaba”.

A campanha foi lançada em março de 2020, no início da pandemia de Covid-19. Agora, com as novas variantes e o fechamento do comércio, a campanha retorna como uma contribuição à economia capixaba.

“Este é um momento em que muitos empreendedores estão com dificuldade de se manter, sobretudo os autônomos, e também os artistas. Essa é uma forma que enxergamos de ajudar a dar mais visibilidade e compartilhar o trabalho dessas pessoas nas plataformas, desde que as indicações estejam sempre acompanhadas do selo em gif ‘apoie’”, explica o gerente de Relações Institucionais, Eduardo Fachetti.

 

Empresas podem ajudar prefeituras a comprar agulhas e seringas

por Vilmara Fernandes para A Gazeta

Agulhas, seringas e luvas estão entre alguns dos insumos que são as maiores necessidades dos municípios do Espírito Santo para alavancar a vacinação contra a Covid-19. A lista contempla ainda outros itens, como caixa térmica, câmara fria de conservação dos imunizantes, jaleco e até computador e internet.

O levantamento está sendo realizado em todo o país, pelo Movimento Unidos pela Vacina, encabeçado por Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza. O ES em Ação e a Rede Gazeta são embaixadores do projeto, que mobiliza empresários e entidades em uma ação conjunta para acelerar a imunização da população brasileira contra o coronavírus até setembro deste ano.

Até a última sexta-feira (12), 70 das 78 cidades capixabas já tinham respondido a pesquisa, informando as suas demandas que poderiam ser transformadas em gargalos que impedissem a imunização mais rápida. Faltam apenas as informações de Apiacá, Água Doce do Norte, Brejetuba, Conceição do Castelo, Marilândia, Montanha, Ponto Belo e São Roque do Canaã. No Brasil, mais de 3 mil cidades já responderam a pesquisa.

Marisa César, CEO do grupo Mulheres do Brasil, que também está vinculado ao Movimento Unidos pela Vacina, explica que há cidades que enfrentam dificuldades até para alimentar as informações diárias da vacinação, por falta de computador e internet.

“Entendemos que as demandas estão na ponta e se faz necessário este momento de escuta para a mensurar os itens que podem faltar no processo de vacinação. Já sabemos, por exemplo, que para algumas vacinas será necessário uma câmara fria que suporte temperaturas negativas muito maiores”, explica Marisa.

Dentre as demandas apontadas pelas cidades capixabas estão:

  • Seringas
  • Agulhas
  • Luvas
  • Câmaras frias de armazenamento, que suportam temperaturas mais baixas
  • Caixa térmica para transporte das vacinas
  • Internet
  • Computador
  • Álcool em gel

Objetivos do movimento
O movimento, que é apartidário, visa imunizar todos os brasileiros contra a Covid-19 até setembro deste ano, em uma ação conjunta de empresas e entidades para apoiar o Sistema Único de Saúde (SUS).

No Estado, são embaixadores do projeto a Rede Gazeta, o Movimento ES em Ação, o Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor (Sincades), o Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística (Transcares) e as Federações das Indústrias (Findes) e do Comércio de Bens e Serviços (Fecomércio-ES).

Esses parceiros pretendem colaborar na imunização dos capixabas através de apoio na logística e divulgação da vacinação, além de fazer a ponte entre secretarias de saúde e empresas para ajudar no suprimento de demandas como fornecimento de insumos, bens e serviços para a campanha de vacinação contra a Covid-19.

Uma plataforma de parcerias da iniciativa permite fazer a ponte entre as demandas das secretarias de saúde municipais e os recursos que qualquer empresa parceira pode oferecer. O empresário, ou outro responsável, deve fazer um cadastro da empresa em unidospelavacina.miisy.com/. É por lá que os voluntários vão poder identificar as necessidades por estado, cidade ou item e, assim, oferecer os recursos ao seu alcance.

Marisa destaca que o movimento não recebe ou opera as doações. “É uma plataforma de parceiros. As doações de produtos ou serviços são feitas diretamente pelas empresas e organizações para as secretarias de saúde. Eles podem ainda amadrinhar uma cidade, onde podem atender a determinada secretaria, vendo as necessidades da localidade”, assinala.

No Brasil, pelo menos 36 cidades já foram adotadas por empresas, que vão ajudá-las a suprir as necessidades por produtos e serviços para garantir que não haja problemas na imunização da população, além de projetos pilotos sendo desenvolvidos no Rio de Janeiro (RJ) e Nova Lima (MG). Nenhuma delas é do Espírito Santo.

Articulação para garantir avaliação das cidades
Há uma semana, o ES em Ação articulou sua rede para ajudar ao grupo de trabalho do Unidos pela Vacina a obter a resposta dos prefeitos à pesquisa necessária para identificar quais recursos precisam para acelerar a vacinação em cada cidade.

Segundo Fabio Brasileiro, diretor presidente do ES em Ação, esta fase de diagnóstico é importante para entender o que cada município tem de demanda e de fragilidade para tentar suprir pela iniciativa privada.

“Fizemos articulações com algumas cidades e a Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes) para que as cidades respondessem a pesquisa, para saber o que o SUS entrega, quais as deficiências e dificuldades de cada cidade para que possam receber o apoio necessário à imunização”, explica.

A contribuição do movimento empresarial é permitir que se compreendam os desafios e problemas de cada local (falta de materiais e recursos humanos ou escassez de doses, por exemplo) para, a partir daí, direcionar os esforços.

“Pandemia mostrou que informação salva vidas”. Confira como foi o lançamento do Curso de Residência 2020

Texto de Ana Laura Nahas

Nos próximos anos, quando a História do jornalismo contemporâneo for contada, a pandemia certamente terá lugar central. Afinal, nenhum fato mudou tanto a rotina das Redações quanto a escalada mundial do coronavírus. Ao olhar para a transformação imposta pela Covid-19, os repórteres Nilson Klava e Murilo Salviano são unânimes em dizer: a pandemia mostrou o quanto informação é vital.

Os dois conversaram com o público, nesta quarta-feira (26), sobre “Como a pandemia impactou o dia a dia do jornalismo”, para marcar a abertura das inscrições do 23º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta. O programa de treinamento será realizado entre os dias 21 de setembro e 4 de dezembro, em uma etapa a distância e outra presencial. As inscrições para o processo seletivo terminam em 8 de setembro.

Nilson Klava e Murilo Salviano conversaram sobre os impactos da pandemia na rotina do jornalismo (Foto: Reprodução/A Gazeta)

“Numa pandemia, a informação salva vidas. As pessoas estão em casa acompanhando o que acontece no mundo pelo jornalismo profissional. É um momento super desafiador. Ao mesmo tempo em que tem essa angústia que a pandemia representa, tem o compromisso do jornalismo com a informação”, avalia Klava, 24 anos, repórter de política da Globo News em Brasília.

Distanciamento e inovação
De estagiário a setorista do Congresso Nacional, Nilson Klava – chamado carinhosamente de Nilsinho pelos colegas na TV – se viu obrigado a manter distância física da notícia e das fontes desde a chegada da pandemia. Sem poder observar os bastidores, as conversas extraoficiais e a movimentação dos políticos, teve de contar apenas com o relacionamento que havia estabelecido e com a confiança das fontes.

A live marcou o pontapé inicial para o 23º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta (Foto: Caroline Mauri)

O desafio, ele diz, é passar o clima sem o clima. “Estar ao vivo não é só ao vivo pelo nome. É ao vivo também pelo vigor que você coloca na sua entrada”, avalia.

A comunicação não verbal que ajuda a contar uma boa história também fez falta a Salviano, 30 anos, repórter especial do Fantástico. Mas o jornalista transformou a limitação em oportunidade para experimentar outros jeitos de fazer uma reportagem. Foi dele a primeira matéria produzida integralmente por videoconferência, “Como manter a saúde mental durante o Isolamento”, para a revista dominical da Globo.

Em março, quando a pandemia foi oficialmente declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Salviano estava nos Estados Unidos, fazendo um curso na Universidade de Columbia, em Nova York. Isolado no exterior e com a pauta sobre saúde mental nas mãos, entrevistou, por videoconferência, uma cientista da Universidade de Harvard. “Meses atrás, se eu fosse fazer uma reportagem com ela, teria que mandar uma equipe para Nova York. A equipe teria que chegar na casa dela, passar meia hora montando equipamento. Agora o que a pessoa faz: pega o celular e, em 5 minutos, consegue se conectar comigo. Nesse ponto, a mudança ajudou”, compara.

Fake news X jornalismo
Salviano destaca ainda duas mudanças no jornalismo da pandemia. Uma delas é que a multiplicação das fake news acabou reforçando a relevância do jornalismo profissional. “Na pandemia, as pessoas perceberam como fake news podem matar. Entrevistei familiares de vítimas do coronavírus que me contaram como fake news influenciaram na morte de parentes. Por exemplo, um pai de família que decidiu não usar máscara porque leu no WhatsApp que não precisava e acabou morrendo”, conta.

Os convidados falaram de fake news, distanciamento e deixaram um recado aos futurros residentes (Foto: Caroline Mauri)

O outra é que muita gente que antes apenas assistia passou também a produzir imagens e informações. E é neste contexto que os 10 residentes escolhidos no processo seletivo do Curso de Residência farão sua imersão no jornalismo.

Este ano, o Curso de Residência será dividido em duas fases. A primeira, on-line, começa em 21 de setembro e vai até 16 de outubro. Na segunda, a partir de 19 de outubro e até 4 de dezembro, os alunos vão vivenciar, presencialmente, o dia a dia de apuração e da produção de notícias em A Gazeta, TV Gazeta e na CBN Vitória.

Recado aos futuros residentes
Para os futuros residentes, Salviano e Klava têm um recado importante. “Acredito muito na formação. Você conquista seu espaço aos poucos, a cada passo. E o que foi crucial para mim foi ter resiliência, acreditar que eu poderia desenvolver o jornalismo que sempre sonhei. A gente não recebi sim o tempo todo, a gente não começou assim do jeito que está hoje”, afirma o repórter especial do Fantástico.

O colega da GloboNews concorda: resiliência, paciência e preparação pavimentam o caminho de um bom jornalista. “A oportunidade vai aparecer, mas você tem que estar preparado para agarrá-la. Essencialmente neste início é importante identificar aquilo que toca o seu coração, dedicar tempo para identificar dentro de você aquilo que você ama, que faz o seu coração bater mais forte, que te traz brilho nos olhos. Se você for verdadeiro, você vai estar vivo ao vivo. Esse vai ser o seu diferencial”, sugere.

As inscrições para o processo seletivo do Curso de Residência podem ser feitas em redegazeta.com.br/residencia. Confira a seguir o cronograma completo da edição 2020:

  • Inscrições para o curso: 24/08 a 08/09
  • Prova de conhecimentos gerais on-line: 10/09
  • Prova de redação jornalística on-line: 11/09
  • Entrevistas individuais: 15 a 18/09
  • Anúncio dos 10 residentes selecionados: 18/09 à tarde
  • Aulas e oficinas de produção (fase a distância): 21/09 a 16/10
  • Imersão presencial na Rede Gazeta: 19/10 a 04/12