“Mulheres e a conquista de espaços” é tema de evento do Todas Elas na próxima quarta-feira (20)

Texto Leandro Neves

Na próxima quarta-feira, dia 20, em comemoração ao Mês da Mulher, A Gazeta e Rádio Litoral vão promover uma roda de conversa com o tema “mulheres e a conquista de espaços”. O evento será realizado na Rede Gazeta, em Vitória, a partir das 17h30, e contará com mulheres que se destacam em cargos tradicionalmente masculinos.

Para participar, basta se inscrever através deste link. A entrada é gratuita.

Além do bate-papo, o encontro terá uma apresentação superespecial da Filarmônica de Mulheres do Espírito Santo (Femes), regida pela maestra Alice Nascimento, uma das convidadas da roda.

Estarão presentes também na conversa: a gerente de Manutenção da Samarco e madrinha do programa de diversidade da empresa em equidade de gênero, Ivi Segrini Martins; a cantora e compositora Ada Koffi; a capitão da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), Karina Bortoluzzi; e a Gerente Executiva de Produto de A Gazeta, Elaine Silva, que irá mediar o bate-papo.

Serviço:

Roda de Conversa “Mulheres e a conquista de espaços” e Apresentação da Filarmônica de Mulheres do Espírito Santo (Femes). 

Dia e horário: 20 de março, a partir das 17h30

Local: auditório da Rede Gazeta. Rua Carlos Fernando Lindenberg Filho, 90, Monte Belo, Vitória (ES).

Inscrição: clique aqui

 

“Todas Elas” tem programação especial para o Mês da Mulher de Norte a Sul do ES

Texto de Bianca Lemos

Esta sexta-feira (08), Dia Internacional da Mulher, é uma data bastante simbólica para lembrar os desafios que elas ainda enfrentam no mundo atual, além de ser um marco relevante para que também se lembrem avanços da causa feminina ao longo das últimas décadas. Mas a celebração não se restringirá à data: daqui até o final de março, a Rede Gazeta, através do projeto “Todas Elas”, marcará presença de Norte a Sul do ES com uma programação especial, composta por palestras, oficinas, ações interativas, painéis, ações de valorização pessoal e outras atividades.

O “Todas Elas” foi criado em 2019 e, desde então, encampa ações de valorização, conscientização e fortalecimento de causas femininas. Em A Gazeta, a página especial reúne diferentes conteúdos voltados às mulheres. Idealizadora e embaixadora do projeto, a gerente-executiva de Produto Digital de A Gazeta, Elaine Silva, destaca a importância do tema nas empresas e a forma com que o projeto contribui para a formação de mulheres cada vez mais potentes.

“Infelizmente ainda vivemos numa sociedade em que o machismo estrutural impera. São séculos de desigualdades entre homens e mulheres. Avançamos muito nos últimos anos, e as diferenças de tratamento seja no ambiente corporativo, seja em outros, diminuíram, mas ainda continuam. Por isso, acredito muito que qualquer iniciativa, por exemplo, o projeto Todas Elas, contribui para valorização feminina. O objetivo deste programa é ser um canal de apoio não só para brigar pela redução dos problemas, como a violência, mas também para evidenciar práticas que ajudem as mulheres”, destaca Elaine.

As iniciativas promovidas neste Mês da Mulher vão ao encontro com os valores da Rede Gazeta, onde as mulheres são a maioria no quadro de funcionários – são quase 300 funcionárias, de um total de pouco mais de 520 pessoas. Abaixo, você confere quais ações serão desenvolvidas e como pode participar.

Oficinas abertas ao público

O Clube A Gazeta preparou encontros e dinâmicas para assinantes e convidados.

– Oficina – Defesa pessoal: clique aqui para se inscrever
– Oficina- Identidade Maternal: os desafios da maternidade na atualidade: clique aqui para se inscrever
– Oficina – Mulheres em destaque: clique aqui para se inscrever

Podcasts e conteúdos especiais

A Rádio Litoral deu início ao projeto “Todas Elas Encantam” com foco em dar protagonismo às cantoras na cena musical capixaba. Será no formato vídeocast, semanal, e o primeiro episódio vai ao ar nesta semana no YouTube da Litoral, com a participação da cantora Flavinha Mendonça. O objetivo deste projeto é dar protagonismo às artistas, e o espaço vai possibilitar que elas falem sobre seus desafios, inspirações e carreira profissional.

Já equipe de Entretenimento de A Gazeta está divulgando matérias sobre cursos e eventos voltados para mulheres. E ainda, a colunista social, Renata Rasseli, está realizando uma série de postagens em colaboração com o perfil de HZ no Instagram, com mote “De mulher para mulher”, compartilhando dicas e conselhos para as novas gerações. Confira a primeira coluna aqui

Presença nas regionais

Neste sábado (9), pela manhã, em Linhares, será realizada a 10ª edição da Corrida da Mulher. As inscrições estão esgotadas, no entanto terá também ações voltadas para a saúde e bem-estar. Em Colatina, no próximo dia 22, a Rádio Litoral realizará ação de ativação com o público com distribuição de brindes, música ao vivo dentre outras atividades. Já em Cachoeiro de Itapemirim, ocorrerá este mês a roda de conversa “Encontro todas Elas”.

CONFIRA ABAIXO A PROGRAMAÇÃO COMPLETA:

VITÓRIA:

Clube A Gazeta:

Oficina – Defesa pessoal: clique aqui para se inscrever
Oficina- Identidade Maternal: os desafios da maternidade na atualidade: clique aqui para se inscrever
Oficina – Mulheres em destaque: clique aqui para se inscrever

LINHARES

Sábado (09/03) – 10ª edição da Corrida da Mulher (Inscrições esgotadas)
Atividades que serão desenvolvidas: distribuição de frutas, água, aferição de pressão, distribuição de sorvete, picolé e açaí.
www.campeaotime.com.br

COLATINA

22/03, 10h – Ação de ativação com a Rádio Litoral
Atividades desenvolvidas: distribuição de brindes, espaços instagramáveis, música ao vivo e ações de bem-estar.

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

27/03 – Roda de conversa Encontro Todas Elas
Atividades desenvolvidas: Roda de Conversa com participação de Elaine Silva, gerente-executiva de produto digital de A Gazeta.

 

Todas Elas abre programação da Mostra CineMarias nesta quinta (01)

Com muito cinema e audiovisual, shows e workshops, começou nesta quinta (01) a 1ª Mostra CineMarias – Corpo é Território, realizada no Cine Metrópoles , na Ufes, com programações até o próximo sábado (03). E para iniciar com o pé direito, a abertura ficou por conta do Todas Elas, de A Gazeta, com o bate-papo sobre Comunicação e Empreendedorismo Periférico, às 10h.

O painel Comunicação e Empreendedorismo periférico abriu a programação do CineMarias, na Ufes

A editora-chefe de A Gazeta e CBN Vitória, Elaine Silva, participou da conversa junto com as empreendedoras Josy Santos (Semente Negócios), Mayara Queiroz (Raiz Mística), KésiaMoura (Sankofa Comunica) e Manuela Amaral (Guerreira Fitness), além da gerente de Comunicação e Relações Institucionais da ArcelorMittal Tubarão, Jennifer Coronel.

“O projeto Todas Elas entrou em sua quarta fase, desta vez com o tema empreendedorismo. Já discutimos violência, mostramos casos de mulheres inspiradoras, falamos sobre a importância da educação e agora chegou a hora de trazer a força do empreendedorismo para o centro da discussão da valorização feminina”, explica Elaine.

O evento conta também com a exibição de 12 curtas-metragens brasileiros, que irão compor as duas mostras competitivas, nacional e capixaba, e uma palestra da ONU Mulheres, na sexta (02), que apresenta a pesquisa Todxs, realizada pela Aliança Sem Estereótipos, uma plataforma de ideias e ações que visa a erradicar estereótipos de gênero em conteúdos publicitários. No âmbito musical, os shows de Assucena, Preta Roots e Morenna agitam o público. Confira a programação completa aqui.

“Minha geração se inspirava em exemplos masculinos. Hoje eu sou referência”

Um bate papo realista sobre o protagonismo feminino. Esse foi o espírito da Roda de Conversa realizada pela Rede Gazeta, pelo quarto ano consecutivo, como parte do calendário do Mês da Mulher. A live, conduzida pela colunista de A Gazeta Renata Rasseli, reuniu a empresária e presidente da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), Cristhine Samorini, a engenheira civil Patricia Daher e a médica Flávia Scherre para discutir o tema “Mulheres Líderes”. A transmissão ao vivo foi feita em A Gazeta e continua disponível para quem quiser assistir, na íntegra.

Cris Samorini, Patricia Daher e Flávia Scherre participaram do bate-papo sobre liderança feminina, conduzido por Renata Rasseli (Foto: Reprodução/A Gazeta)

O evento começou com a participação da vice-governadora do Estado, Jacqueline Moraes, que é a primeira mulher a ocupar esse cargo na história do Espírito Santo. Ela, que nos últimos dois anos esteve presencialmente no auditório da Rede Gazeta, enviou uma mensagem em vídeo em que destacou como as lideranças femininas precisam reunir esforços para ampliar a representatividade de mulheres em cargos relevantes e estratégicos, tanto no setor privado quanto público. “Desperdiçamos a valiosa visão feminina nos momentos de decisão, e a visão mais humana das mulheres no empreendedorismo”, afirmou.

Cris Samorini, que concilia o mandato na Findes até 2023 com a direção comercial da empresa da família, a Grafitusa, defendeu que a discussão sobre a competência das mulheres em relação aos homens é um ponto superado, e que os esforços agora são para que elas, de fato, ocupem esses espaços de comando. “Quando eu vejo outras lideranças femininas se aproximando, isso sinaliza que é possível para todos. Sobre essa questão de ter equidade, nós já temos grandes empresas puxando esse tema. Mas nós temos que entender que para ocupar esses espaços, alguém tem que dar o primeiro passo”, encoraja.

Primeira mulher a conquistar a certificação para realizar cirurgias robóticas no Estado, a ginecologista e obstetra Flávia Scherre compartilhou experiências negativas que teve que enfrentar quando entrou na profissão.  “No início, me perguntavam: ‘você quer ser mulher ou quer ser cirurgiã?’ Mas vejo que isso tem mudado entre as novas gerações e cada vez mais mulheres se tornam cirurgiãs. A minha geração se inspirava em exemplos masculinos. Hoje eu sou uma referência para outras mulheres”, declarou. Ela ainda deixou uma mensagem para outras jovens que enfrentam barreiras de gênero na profissão. “Estejam onde vocês queiram estar. Estude, se capacite e mostre que você é capaz de estar onde conquistou.”

A gerente de Infraestrutura Interna da ArcelorMittal, a engenheira civil Patricia Daher, tem o desafio de comandar uma área em que 90% dos cargos são ocupados por homens. Ela citou que empresas, como a em que ela trabalha, já perceberam a necessidade de ampliar a presença feminina em todas as funções. Mas destacou que essas mulheres que querem entrar no mercado precisam se capacitar e desenvolver inteligência emocional para ocupar esses espaços quando eles surgirem, e que também é preciso respeitar aquelas que não tem essa mesma perspectiva pessoal ou profissional. “Nem todas querem entrar na para a indústria, serem líder. Temos que respeitar as decisões de quem decidir seguir esses caminhos”.

A roda de conversa é uma realização de A Gazeta e tem o patrocínio de ArcelorMittal, Café Cafuso, Rede Meridional e Escola São Domingos.

A Gazeta cria canal para mulheres denunciarem assédio e violência

Todos os dias, muitas mulheres sofrem com assédios sexual e moral de chefes ou colegas. Existem ainda aquelas que são agredidas por maridos, namorados, pais, parentes, amigos, vizinhos e até desconhecidos. Denuncie aqui casos de violência doméstica, assédios sexual e moral.

Por medo, vergonha ou por simplesmente não saberem como denunciar, as vítimas de violência acabam não procurando as autoridades para revelar as agressões que sofrem na rua, no trabalho, na escola ou mesmo em casa.

Ferramenta do projeto Todas Elas, de A Gazeta, vai permitir essas mulheres contarem suas histórias. A proposta é mapear, com base nas denúncias, os tipos de violência mais comuns no dia a dia do público feminino, mostrando onde eles ocorrem, quem comete e como acontece.

Vítimas e pessoas próximas poderão usar o formulário para formar esse banco de dados que vai permitir contabilizar os casos. O nome e a história das pessoas que denunciarem serão reveladas apenas com autorização. As informações também serão visualizadas apenas pelas editoras de Cidades e de Economia.

As mulheres poderão denunciar crimes de assédio sexual e moral no ambiente corporativo, de importunação sexual, de violência doméstica, discriminação de gênero no trabalho e tentativa de feminicídio. Parentes das vítimas também poderão contar a história de mulheres agredidas e mortas apenas pelo fato de serem mulheres.

A proposta, contudo, não tem a intenção de substituir os canais oficiais, como polícia, Ministério Público e a Justiça. Porém, como muitos acabam não chegando às autoridades, a ideia é documentar esses crimes a partir da colaboração. As histórias de vítimas que autorizarem a publicação passarão por um criterioso trabalho de apuração antes de serem usadas em reportagens.

Apesar de o foco ser a violência contra a mulher, homens vítimas de agressão e assédio poderão também responder ao formulário.

O PROJETO TODAS ELAS

O Todas Elas foi lançado no início de janeiro deste ano por A Gazeta. O projeto envolve a produção de uma série de conteúdos para falar do universo feminino. Serão produzidas reportagens, podcasts, vídeos e além de eventos para discutir o papel da mulher. Também foi criado um contador de feminicídio, que mostra o número de crimes de ódio que levaram a morte dessas mulheres já confirmados no Estado.

O programa envolve toda a redação, sendo coordenado pelas editorias de Cidades e Economia. A intenção é revelar que a violência contra mulher tem um viés social e também econômico. Outro objetivo é apresentar histórias de mulheres que estão vencendo as barreiras ainda existentes na sociedade para empreender, progredir na carreira e mudar a cultura da desvalorização feminina.

(Com informações de A Gazeta)

Rede Gazeta lança campanha pelo fim da violência contra as mulheres

Informações de Maíra Mendonça

Diante dos casos de agressão contra as mulheres, a Rede Gazeta realizou, na última sexta (09), o seminário “Pelo Fim da Violência Contra Mulher”. O evento, que reuniu especialistas no tema, marcou o início de uma campanha de prevenção e enfrentamento, que envolverá todos os veículos de comunicação do grupo, além de parcerias com o Ministério Público e o Tribunal de Justiça.

Abrindo o seminário, a vice-reitora da Ufes, Ethel Maciel, traçou um panorama histórico da cultura machista, que dá origem à violência de gênero. Ela destaca que, para superar o problema, é preciso garantir autonomia das mulheres, a começar pela educação sexual. “A maioria das violências começa no quarto. Por isso, é preciso fornecer educação sexual a meninos e meninas, garantir o acesso a contraceptivos e que a mulher tenha direito sobre o seu corpo.”

Já o professor do mestrado em Segurança Pública da UVV, Pablo Lira, destacou que, embora hoje a taxa de homicídios de mulheres no Estado tenha sido reduzida para 6,9 a cada cem mil mulheres (em 2009, eram 12), o caminho a ser percorrido é longo e passa, principalmente, pela integração de políticas. “Um passo importante no futuro é a criação de sistemas que integrem as informações dos diversos atores. Por outro lado, a legislação favorece muitos recursos e a prescrição de crimes, enquanto a Justiça é lenta. É preciso mudar isso”, afirma.

Durante o seminário, que também contou com a participação de autoridades, como a subsecretária Estadual de Políticas para Mulheres, Helena Pacheco Moraes, e a promotora de justiça, Claudia Garcia, a juíza e Coordenadora Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar, Hermínia Silveira Azoury, reforçou que o judiciário tem intensificado os trabalhos para dar agilidade aos processos. “Temos cumprido um importante papel social”.

O Debate

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Pesquisa inédita mostra falta de apoio dos municípios

Entregue com exclusividade ao jornal A GAZETA , um levantamento realizado pelo Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher (Nevid), do Ministério Público Estadual, aponta que a falta de espaços qualificados para o atendimento das vítimas é hoje o maior gargalo dos municípios, em especial no interior do Estado.

Segundo a coordenadora do Nevid, Claudia Garcia, o estudo é baseado em informações fornecidas por 75 cidades. Em sua fala, Claudia destacou que apenas os centros especializados de atendimento a mulheres em situação de violência de Vitória, Vila Velha e Serra prestam auxílio específico de qualidade. Por outro lado, ela aponta que em todos os locais já existem equipes mínimas de acolhimento, com assistentes sociais e psicólogos. “ A partir desse estudo, poderemos cobrar ações dos gestores municipais”, reforçou.

Entre os resultados, o raio-x aponta que, dos 75 municípios, 46 declararam não possuir uma estrutura de integração entre os serviços, o que pode indicar uma fragilidade da rede de atendimento. Do mesmo modo, 22 cidades informaram que não estão organizadas em rede para ofertar os atendimentos e quase metade delas (48,6%) afirma não ter feito nenhuma capacitação de seus profissionais.

“Há uma precariedade estrutural de acolhimento à mulher em alguns municípios. Às vezes, as denúncias chegam apenas às delegacias e não são encaminhadas a outros serviços”, reconheceu o secretário de Estado de Segurança Pública, André Garcia, que também esteve presente no seminário. No entanto, Garcia afirma que as secretarias de Saúde e de Assistência Social têm atuado na reversão do quadro, conscientizando e fornecendo apoio técnico e institucional às regiões.

Imagens: Vitor Jubini

Assistência

Conforme apontam as conclusões do estudo, em grande parte das cidades, o atendimento às vítimas de violência ocorre no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e no Centro de Referência de Assistência Social (Cras). Mais de 45% dos municípios afirma utilizar os recursos da Assistência Social para atendimento das vítimas.

O percentual é quase o mesmo em relação ao número de cidades (44%) que declaram que as Políticas para as Mulheres são de competência da pasta de Assistência. Outros 14,7% afirmam que esta também é uma responsabilidade da área da Saúde. Para o Nevid, isso indica que os serviços são prestados “sem equipamento público específico, com equipe especializada”, nos moldes dos centros de referência no acolhimento.

Vítima

arlete-vitimTenho 70 anos e estou no meu primeiro mandato como vereadora, em Vila Velha. Na Câmara, sou presidente da Comissão de Defesa e Promoção dos Direitos das Mulheres e, junto com a prefeitura, consegui colocar o Cramvive (Centro de Referência em Atendimento à Mulher em Situação de Violência Doméstica de Vila Velha) em um prédio próprio. Eu sempre quis ajudar as mulheres porque já fui vítima da violência doméstica por anos. Eu não denunciava porque tinha medo de perder meus filhos. Naquela época, as mulheres não tinham estudo, não podiam trabalhar, era o marido quem escolhia as roupas. Mas hoje eu digo para que nenhuma delas fique calada e denunciem na primeira agressão. Senão, elas vão sofrer mais.

Vitória terá dois novos locais de acolhimento

Dentro de seis meses , uma nova estrutura de acolhimento para mulheres vítimas de violência sexual começará a funcionar. Trata-se da Casa Lilás, espaço que será construído no Departamento Médico Legal (DML) de Vitória.
“Vamos começar as obras imediatamente. A ideia é criar um espaço humanizado, com brinquedoteca para os filhos e toda uma estrutura que permita que elas sejam bem acolhidas e não sejam revitimizadas”, explica o secretário de Segurança Pública, André Garcia.

A medida, segundo Garcia, é fruto do esforço do governo estadual para ampliar a rede de acolhimento de mulheres vítimas da violência. Também começa a funcionar na segunda-feira o Centro de Atendimento em Direitos Humanos, no Centro de Vitória.

Casos de violência contra as mulheres

 

Rede Gazeta realiza seminário pelo fim da violência contra as mulheres

Os casos de agressão contra as mulheres são notícias recorrentes nos veículos de imprensa. Com o propósito de contribuir para a mudança deste cenário, a Rede Gazeta realiza o seminário “Pelo fim da violência contra as mulheres”, na próxima sexta-feira (09), na sede do grupo de comunicação em Vitória. O encontro é aberto ao público e com inscrições gratuitas. A programação inclui debate entre representantes do poder público e especialistas no assunto.

Ismael Inoch
Encontro será no auditório da Rede Gazeta

A realização do encontro encerra a 10ª Semana Nacional da Justiça pela Paz em Casa, uma iniciativa do Supremo Tribunal Federal que tem como objetivo mobilizar a sociedade brasileira contra a violência doméstica e familiar. A mobilização teve início em 2015 e vai acontecer no Espírito Santo pela quarta vez, com o apoio do Tribunal de Justiça do Espírito Santo e do Ministério Público Estadual.

O crescimento expressivo da quantidade de mulheres vítimas de violência aciona um alerta para a urgente necessidade de ações sociais que modifiquem essa realidade. “A nossa intenção é informar, prevenir e estimular a ruptura de ciclos que impulsionam a ascensão desses números. Dar luz a esse tema é o primeiro passo e reafirma o nosso compromisso com a sociedade capixaba” destaca a diretora de Transformação da Rede Gazeta, Leticia Lindenberg.

Claudia Garcia, Ethel Maciel e Hermínia Silveira Azoury estão entre as palestrantes
Claudia Garcia, Ethel Maciel e Hermínia Silveira Azoury estão entre as palestrantes

As inscrições para o seminário podem ser feitas no site hm-www.redegazeta.com.br/seminariomulher . O evento acontece no auditório da empresa de comunicação e tem vagas limitadas. Durante o ano de 2018, a Rede Gazeta vai realizar uma série de ações com objetivo de alertar, orientar e estimular que mulheres vítimas de violência procurem ajuda.

Pelo fim da violência

A partir desta semana, a Rede Gazeta apresenta uma campanha publicitária, matérias jornalísticas, rodas de conversa, seminários e outras iniciativas com a proposta de oferecer informação e serviços que mudem o rumo dessa história.

“A violência contra as mulheres não acontece de um dia para o outro, o que temos visto é que há uma história que normalmente começa por um relacionamento abusivo. Por vergonha, medo ou até desconhecimento elas não denunciam e ficam ainda mais vulneráveis. É preciso parar e mudar tudo isso”, conclui a gerente de Relações Institucionais da Rede Gazeta, Desiery Marchini.

Debatedores:
Mediadora: Fernanda Queiroz – Jornalista e apresentadora da CBN Vitória
Claudia Garcia – Promotora de Justiça e Coordenadora do Núcleo de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher (Nevid)
Ethel Maciel – Vice-Reitora e professora da Ufes (Laboratório de Pesquisa sobre Violência Contra a Mulher no Espírito Santo – Lapvim/ES)
Helena Pacheco Moraes – Subsecretária Estadual de Políticas para Mulheres
Hermínia Silveira Azoury – Juíza de Direito e Coordenadora Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Comvides)
Pablo Lira – Professor do Mestrado de Segurança Pública

Diálogos Rede Gazeta revela números alarmantes dos casos de violência e assassinatos de mulheres no ES

DSC_0839A cada dois minutos, cinco mulheres são vítimas de algum tipo de violência no Brasil. O dado foi apresentado no seminário “Diálogos pela paz em casa: contra a violência doméstica”, realizado nesta sexta-feira (25), no auditório da Rede Gazeta, em Vitória. O evento teve apoio do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) e encerrou a programação da 8ª Semana Nacional da Justiça pela Paz em Casa que aconteceu em todo o país.

A cidade de Vitória é a capital onde mais se mata mulheres no Brasil e o objetivo do encontro foi debater formas para reduzir a violência contra a mulher, crianças e adolescentes.

“É um tema que lamentamos muito em divulgar, mas não podemos nos calar diante de tanta violência. Nosso papel enquanto mídia é ampliar este debate e por meio do jornalismo, publicidade e campanhas. Desta forma, ajudamos vítimas reféns desta violência na busca de transformar esta triste realidade”, reforça a diretora de Transformação da Rede Gazeta, Leticia Lindenberg.

O Estado registra números alarmantes: são 71 assassinatos de mulheres nos sete primeiros meses de 2017. Para debater medidas e coibir a situação, dois painéis apresentaram iniciativas para recuperação de vítimas e agressores. O presidente do TJES, o desembargador Annibal Rezende apresentou uma pesquisa que registra que 522 mulheres foram violentadas a cada hora no país. “Mais da metade das mulheres agredidas sofreram caladas e não denunciaram. Temos que mudar esta realidade que tanto nos entristece e nos envergonha frente à sociedade mundial”, destacou Annibal. O supervisor das Varas de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, o desembargador Fernando Zardini ressaltou a importância da realização do evento que ajuda a traçar estratégias, desenvolver ações educativas e preventivas para a mudar a realidade de tantas vítimas.

DSC_0897A coordenadora estadual de enfrentamento à violência doméstica, juíza Herminia Azoury, destacou que o tema representa um impacto de 10% no PIB nacional. Ela enxerga nas políticas públicas de prevenção uma forma de humanizar a lei e o atendimento às vítimas de violência. “A violência não escolhe classe social e nem idade. A cada dois minutos, cinco mulheres sofrem com abusos. Só nesta semana, tivemos três prisões decretadas. É preciso fazer a lei e construir uma sociedade em que não haja reprodução de tanta violência”, destacou.

Entre os desafios está para validação de medidas está a fiscalização de medidas protetivas e o desenvolvimento de projetos educativos. A promotora de Justiça Claudia Santos Garcia e a delegada Arminda Rodrigues também falaram sobre a importância do suporte às vítimas e o papel das autoridades no encorajamento às mulheres.

No Brasil existem poucos serviços disponíveis voltados para homens autores de agressão. Para ajudar na reflexão e responsabilização destes atos, a psicóloga da Polícia Civil, Marcella Demoner, falou da importância do projeto “Homem que é homem”, que ajuda na reflexão e responsabilização dos crimes cometidos. O objetivo do projeto é prevenir e reduzir a violência intrafamiliar.

O evento também contou com depoimentos de vítimas e a participação de autoridades, grupos de ajuda, estudantes e organizações de prevenção e combate à violência contra a mulher, além de outros convidados.

DSC_0960 “As mulheres nos dias de hoje representam o período da escravidão: muitos acham que elas existem para servir ao homem. 92% dos empregados domésticos são do sexo feminino e é necessário trabalhar a potencialização dessas mulheres. É preciso colocar em júri o machismo e o patriarcalismo e mudar esta realidade” Rosely Pires, fundadora do projeto Fordan – enfrentamento e problematização das violências.

DSC_0965“Estava invisível, desaparecida, não tinha reação para nada. Eu não me enxergava como vítima e achava que era natural. Mas fiz valer a lei: exigi o divórcio e denunciei. Por meio do meu trabalho e da minha arte eu me dei voz. Fiz do meu sofrimento um trabalho social: expressei tudo o que vivi em arte. Já não tenho mais medo e ajudo outras mulheres a enxergar este problema”, Rosemary Casoli, Artista plástica e vítima de violência doméstica por 21 anos.

DSC_0953“Mulheres demoram muito para tomar coragem e denunciar, as vezes demoram muitos anos. Nosso objetivo é trabalhar a inserção e ver a vida de muitas mulheres transformada. A violência doméstica afeta diretamente o relacionamento familiar e principalmente o desenvolvimento de crianças. É preciso agir. A mudança demora, mas chega”, Neucilene Ferreira, voluntária no projeto RAABE.

Rede Gazeta homenageia mulheres em campanha especial

A cada dia o número de mulheres no mercado de trabalho aumenta, porém o preconceito de gênero às vezes ainda interfere na hora de conseguir um emprego. Atualmente, mais e mais mulheres estão determinadas a mostrar que promover a igualdade é respeitar as diferenças. Pensando na situação, a Rede Gazeta lança uma campanha de valorização da mulher, na qual é colocada à prova a visão da sociedade diante do preconceito vivido diariamente por estas guerreiras.

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, a TV Gazeta exibe um vídeo que mostra três personagens reais ocupando cargos normalmente considerados masculinos e conta como foi a trajetória delas até ali. O propósito é demonstrar o empoderamento da mulher, quando querer é poder, segundo Luciana Gama, coordenadora de Promoção da TV. Já nos jornais A Gazeta e Na! e nas redes sociais, serão publicados anúncios com as personagens individualmente até domingo (12).

As mulheres trabalham na Grande Vitória nas funções de tenente do Corpo de Bombeiros, de maquinista e de pilota de helicóptero. “A campanha pretende valorizar a ascensão das mulheres no mercado e a capacidade de alcançar todos os postos que elas almejam atuar. A conquista é um motivo de orgulho para todas nós”, conta a gerente de Relações Institucionais da Rede Gazeta, Luciane Ventura.

Gabriela Andrade, um das faces da campanha, é tenente do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo e afirma que o esforço vale a pena. “Acredito que a minha vitória serve de exemplo de que todas nós somos capazes de conseguir romper e superar a diferença de gênero se tivermos foco e objetivo. Basta querer e se esforçar para isso”, declarou.

Em 2016, a Rede apresentou uma campanha que revelava a pouco reconhecimento recebido pelas mulheres no dia a dia, sobre o papel da mulher nos ambientes profissional, educacional e familiar. Neste ano, os três anúncios de jornal também foram produzidos pela agência de publicidade A4 com o mote “O preconceito só acaba quando você muda o seu ponto de vista”.

Confira:

 

 

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Educação é ponto crucial para o combate à violência contra a mulher

Guilherme Marchetti
Especialistas debatem medidas para a diminuição de casos de violência contra a mulher

A cada um dia de uma jornada semanal, uma mulher perde o trabalho por ter sido vítima de violência doméstica ou sexual. A consequência, além de física e emocional para a vítima, é um prejuízo de 11,2% no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. A informação foi apresentada nesta quarta-feira (15) na segunda edição do Diálogos “A Culpa não é delas”, que debateu medidas para combater à violência contra a mulher.

Mais de 100 pessoas, entre autoridades, representantes de movimentos femininos e estudantes, estiveram no auditório Rede Gazeta para se informar sobre o que está sendo discutido para a diminuição dos casos de abusos e qual o papel da sociedade para ajudar no combate a crimes contra a mulher. O encontro foi mediado pelo macroeditor de Cidades da Redação Multimídia, Geraldo Nascimento, e transmitido ao vivo pelo portal Gazeta Online.

Entre os debatedores, participaram o secretário de Segurança Pública do Governo do Estado, André Garcia, a juíza Hermínia Azoury, a delegada da Delegacia Especializada da Mulher de Vitória, Arminda Rodrigues, a especialista em Ciências Criminais, Carmen Hein e a psicóloga e terapeuta de família Adriana Müller.

Em unanimidade, todos pontuaram a educação e a revisão das políticas públicas de segurança e saúde como pontos cruciais para a mudança de comportamento e adoção de medidas para a redução de casos de violência. Para eles, uma cultura machista e uma sociedade intolerante contribuem para os altos índices de casos e vítimas.

“É um crime invisível. É necessário que o tema seja trabalhado dentro de casa, em escolas, em igrejas, empresas e universidades. Matérias e campanhas em veículos de comunicação contribuem muito para o encorajamento da vítima em denunciar agressões. É importante que o assunto seja trabalhado sempre para que as denúncias ocorram”, reforça a juíza Hermínia Azoury.

O debate também trouxe à tona a questão a uniformização do atendimento da mulher agredida e a importância da denúncia imediata. De acordo com a delegada Arminda Rodrigues, os detalhes do relato feito pelas vítimas podem ser cruciais para a condenação. “Muitas vezes, por medo ou vergonha, a vítima procura a delegacia muito depois da agressão ou abuso sofrido. Isso dificulta o detalhamento do relato. Os detalhes apresentados nas denúncias são importantes para a materialidade do crime”, orienta a delegada.

Os participantes interagiram com perguntas aos debatedores. Aquelas que não foram respondidas no evento por falta de tempo, serão respondidas pelos especialistas posteriormente no portal Gazeta Online.

Jornalistas comentaram bastidores da reportagem especial

Guilherme Marchetti
As jornalistas Mayra Bandeira e Katilaine chagas falaram dos bastidores da reportagem especial “Violência Sexual: Crime Invisível”

Autoras da reportagem especial “Violência Sexual: Crime Invisível”, publicada em A Gazeta e no portal Gazeta Online, as jornalistas Katilaine Chagas e Mayra Bandeira, compartilharam a experiência na apuração do especial. De acordo com as repórteres, o que mais as impactou foi ouvir os relatos das vítimas que foram fontes da matéria. “Pensávamos que a principal dificuldade era conseguir mulheres para falar dos abusos sofridos. Quando vimos, eram pessoas que tinham uma ligação próxima, como amigas ou primas de amigas. Doía em nós ouvir o que aquelas mulheres contavam. É um tema que devemos debater sempre para diminuir casos e combater tamanha violência”, disse a repórter Katilaine Chagas.

Já Maíra reforçou a importância da vítima procurar os serviços de saúde no período de até 72h após o abuso para evitar a contração de doenças ou gravidez indesejável, em casos de crimes sexuais. “É importante lembrar que este tema é também um caso de saúde pública”, reforçou. O macroeditor de cidades, Geraldo Nascimento ressaltou que o papel da Rede Gazeta, por meio do jornalismo é colocar o assunto em debate, divulgar dados e cobrar medidas para o combate a violência que faz várias vítimas. A reportagem especial “Violência Sexual: Crime Invisível” está disponível no endereço http://especiais.gazetaonline.com.br/violenciasexual/. A transmissão também está no portal livre para acesso.

DSCN8708“A violência acontece todos os dias. Precisamos discutir sobre respeito, direitos e igualdade de gêneros dentro de casa e nas escolas. Devemos cobrar dos Estados o plano de educação que discute a diferença entre gêneros. Devemos garantir o direito de acesso à informação, cobrar o controle de campanhas sexistas, e a longo prazo discutir políticas públicas. Eu acredito na juventude para mudar a realidade de um país machista, homofóbico e racista” – Carmen Hein Doutora em Ciências Criminais

DSCN8674“A voz do machismo deve ser calada. O agressor está empoderado, falta autocontrole. A vítima tem medo, se sente culpada e a sociedade reforça este sentimento de culpa condenando o comportamento da mulher. Muitas vezes, vítimas não sabem quem as vai ouvir e se silenciam. A sociedade precisa se mostrar contra quem reprime e cala mulheres e trabalhar a convivência harmônica de respeito a todos por meio de programa, projetos e campanhas educativas. A sociedade precisa ter vergonha do machismo e torna-lo obsoleto” – Psicóloga e terapeuta familiar Adriana Müller

DSCN8743“Violência doméstica ou sexual não escolhe classe social. É necessário humanizar as delegacias da mulher para atender melhor às vítimas e ampliar parcerias para a criação de políticas públicas e criação de medidas preventivas. É imprescindível o trabalho de consciência nas escolas para mostrar às crianças o papel da mulher e o respeito que elas devem ter. Capacitação profissional para preparar mulheres para o mercado de trabalho é importante para o empoderamento feminino” –  Juíza Hermínia Azoury

DSCN8666“É necessário ampliar o amparo às vítimas e melhor equipar as delegacias com espaços adequados para atender os casos. Muitas vezes, vítima e agressor chegam juntos e dividem o com troca de ameaças e precisamos intervir para que não aconteça algo mais grave. A Lei Maria da Penha e as formas de punição ao criminoso precisam ser amplamente divulgadas. Não podemos deixar esses crimes impunes” – Delegada Arminda Rodrigues

DSCN8796“É preciso refletir o que está acontecendo. A sociedade é muito intolerante e nossa cultura ainda é muito influenciada por valores religiosos. Por essa razão algumas pautas não são discutidas. A educação começa dentro de casa e não pode ser terceirizada. Não basta apenas tratar uma mulher vítima de violência. Deve-se tratar o homem também, porque senão o ciclo de violência não cessa. O sistema deve reconhecer e punir quem agride” – Secretário de Segurança Pública  André Garcia