Base27 e Rede Gazeta promovem debate sobre autismo no trabalho e na educação

O mês de abril já começa com uma bandeira superimportante: neste domingo (02), celebra-se o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, com o objetivo de informar e combater a discriminação sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Pensando nisso, o hub Base27, com o apoio da Rede Gazeta, vai realizar o evento “A inovação sob novos espectros: autismo no mercado de trabalho e na educação” na próxima quarta-feira (05), no auditório do grupo de comunicação, em Vitória. As inscrições são gratuitas e abertas ao público, basta preencher o formulário aqui.

Segundo dados do Sistema de Informações Ambulatoriais (SIA), divulgados pelo Ministério da Saúde em 2022, foram realizados mais de 9 milhões de atendimentos em ambulatórios de pessoas com autismo, sendo que 4,1 milhões eram do público infantil. Dessa forma, podemos dimensionar quantas pessoas podem – e devem – ter acesso ao mercado e à educação.

Pensando em um diálogo plural, foram convidados nomes do mercado com diversas formações e, consequentemente, ângulos sobre o assunto: Juliana Gama, fundadora da John John Desenvolvimento Infantil; Eduardo Gomes, vice-presidente do Sinepe-ES e membro do Colégio de Assessores Pedagógicos da Fenep; Paula Delmaestro, gestora de inovação da AgIfes – Ifes; Alessandra Zanotti, psicóloga, sócia e líder de Cultura e Pessoas da Baker Tilly ES; e Mylena Lima, pós-doutora em Psicologia e CEO da ML Consultoria e Tecnologia Comportamental.

Para Juliana Ferrari, diretora de Educação do Base27, o assunto é fundamental para os empregadores e também para a sociedade. “Espero que esse seja apenas o início de um debate tão relevante e necessário, que vai muito além da inclusão. Precisamos entender que conviver com a diferença nos permite compreender melhor o mundo em que vivemos e como vivemos. Saber conviver é urgente em todos os sentidos e em todos os lugares!”, destaca.

Eduardo Fachetti, gerente de Comunicação Institucional da Rede Gazeta, reforça o papel da empresa de ajudar nessa conscientização. “Para a Rede Gazeta, estimular uma discussão como essa e receber dentro da nossa casa especialistas em um tema tão pouco abordado, é uma forma concreta de contribuir com a reflexão e a tomada de consciência. Precisamos de mais oportunidades como essa e acredito que a sociedade sai ganhando com um fórum como este”, comenta.

Rede Gazeta apoia iniciativa de inclusão e acessibilidade

Com informações de Geraldo Campos Jr. para o Gazeta Online

Neste fim de semana, entre os dias 30 de novembro e 03 de dezembro, aconteceu a Reconecta, uma Conferência e Exposição (ConfEx) Estadual de Inclusão e Acessibilidade realizada pelo Ministério Público do Trabalho no Espírito Santo (MPT-ES) com o apoio da Rede Gazeta. O evento foi organizado de forma inclusiva, no Shopping Boulevard, em Vila Velha, contando com intérprete de libras para acompanhar os visitantes e traduzir a programação.

Foram mais de 40 horas de programação, com o objetivo de buscar soluções e políticas de integração, inclusão e acessibilidade para pessoas com algum tipo de deficiência. Só no Espírito Santo, são quase um milhão de pessoas nesta situação,  sendo que 330 mil com problemas severos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Diante deste cenário, o MPT-ES idealizou um Cadastro Unificado de Dados das Pessoas com Deficiência, que começou a cadastrar deficientes desde seu lançamento na Reconecta, no dia 30. O objetivo é ter mais inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho, uma das maiores dificuldades dessa parcela da população, segundo informou o procurador-chefe do MPT-ES, Valério Soares Heringuer, em entrevista a rádio CBN Vitória.

“São inúmeros problemas para a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. A falta de Oportunidades de emprego, os salários baixos, e até a função que é ofertada, porque as pessoas com deficiência têm características e formações que as permitiriam funções bem mais qualificadas do que os postos que são oferecidos”, explicou Heringuer.

O evento recebeu entre o público pessoas com deficiência, instituições públicas e privadas, pesquisadores, gestores públicos, estudantes, autoridades, centros de pesquisa, entre outros, debatendo temas como cultura, saúde, trabalho e cidadania. Isso tudo para favorecer a mobilização e articulação de pessoas com limitações entre os diferentes setores da sociedade.