Funcionárias da Rede Gazeta protagonizam campanha do Dia da Mulher

O 8 de março foi cheio na Rede Gazeta, com uma atenção especial às donas desse dia, que representa há anos a luta das mulheres por respeito e espaço. Foi pensando nisso que a campanha do Dia Internacional da Mulher, publicada no perfil institucional da empresa no Instagram, contou com o protagonismo de algumas funcionárias que atuam em áreas ou funções que, ainda hoje, podem ser alvos de comentários machistas.

A ideia foi trazer frases ainda muito ditas, principalmente por homens, na tentativa de diminuir a capacidade intelectual ou física das mulheres, e confrontá-las com algumas das centenas de mulheres e os lugares que conquistaram na empresa, realizando um trabalho de excelência. Um dos exemplos utilizados é a primeira mulher editora-chefe de A Gazeta e CBN, Elaine Silva, que lidera um time de aproximadamente 70 pessoas, indo totalmente ao contrário do estereótipo criado de que “mulher não sabe comandar”. Confira abaixo o complilado dos dois vídeos publicados:

As ações internas também tiveram seu espaço: em Vitória, o dia começou com um café da manhã especial, reunindo nove funcionárias com nosso diretor-geral, Marcello Moraes. A mulherada da Regional Sul também foi recebida com aquele café reforçado para começar o dia de trabalho de uma forma diferente.

Os mimos entregues tanto em Vitória, quanto nas regionais Noroeste, Norte e Sul, além de deliciosos, serviram para ressignificar um doce que é popularmente chamado de bem-casado. Por um dia, nos corredores da empresa eles ganharam os nomes de bem-realizada, bem resolvida e bem-sucedida.

 

Dia Internacional da Mulher: funcionárias da Rede Gazeta destacam as mudanças que fazem no mundo

O Dia Internacional da Mulher marca esta terça-feira (08), lembrando das lutas diárias e desafios que elas ainda enfrentam em pleno século 21. Nesta data, a Rede Gazeta reforça a importância e o valor de suas 235 funcionárias, pessoas que fazem a diferença no dia a dia da empresa. Dessas, 53 estão em posições de gestão e liderança e influenciam diretamente os resultados do grupo.

Neste momento, a maioria da empresa está em home office, como medida de prevenção ao contágio da Covid-19 entre os funcionários. Mas o 8 de março não vai passar em branco: entrevistamos 10 funcionárias da Rede para conhecer um pouco mais delas, de suas inspirações e de suas posições no mundo.

A seguir, você confere as respostas de dez profissionais que fazem a diferença nos setores em que atuam – seja o Jornalismo, nos Negócios, Serviços Gerais ou nos setores administrativos da empresa – e entenderá, também, por que elas são mulheres que nos inspiram.

Aline Nunes

  • Aline por Aline.

“Sou apaixonada por jornalismo, viagens, carboidratos. Amo estar com a família e amigos. Não estou nem aí para os fios brancos que já chegaram”

  • Cite um exemplo de mulher inspiradora.

“Minha avó. Mulher de pouco estudo formal, mas à frente do seu tempo. Aos 107 anos, acabou de driblar a Covid. Está vacinada, claro. Entre outras coisas, me ensinou que a melhor geografia é viajar.”

  • Eu faço a diferença no mundo porque…

“Educo um menino para entender que, assim como ele, as meninas podem ser o

que quiserem na vida”

 

Any Cometti

  • Any por Any.

“A realização de um sonho que eu nem ousava sonhar”

  • Cite um exemplo de mulher inspiradora.

“Minha mãe, que me criou sozinha, com pouco estudo, e hoje tem uma filha doutoranda, é uma mulher inspiradora. Profissionalmente, quando penso na repórter que eu quero ser, penso em

Poliana Alvarenga e Gabriela Ribeti”

  • Eu faço a diferença no mundo porque…

“Não sei se faço a diferença no mundo, o mundo é muito grande! Mas se eu puder ajudar alguém, fico feliz”

 

Lara Mireny

  • Lara por Lara.

“É tempo de seguir em frente”

  • Cite um exemplo de mulher inspiradora.

“É difícil escolher uma só. Eu diria minha mãe e minha avó”

  • Eu faço a diferença no mundo porque…

“Acredito na importância de preservar a gentileza, a empatia e a compreensão entre as pessoas”

 

 

Geizy Gomes

  • Geizy por Geizy.

“Geizy por Geizy? Alguém que luta pelos seus objetivos, pra que cada dia valha a pena, luta pra que o filho tenha uma vida digna. Dizem que sou alegre demais, mas sou mesmo. Pra quê  tristeza?”

  • Cite um exemplo de mulher inspiradora.

“Marizete Gomes, minha mãe”

  • Eu faço a diferença no mundo porque…

“Sou negra e não aceito rótulos de que não temos oportunidade”

 

Michelle Dadalto

  • Michelle por Michelle.

“Simpática, verdadeira, objetiva e amiga. Busco sempre ser alto-astral”

  • Cite um exemplo de mulher inspiradora.

“A mulher que me inspira é a minha avó, Natalina. É um exemplo de mulher forte e batalhadora. Para ela, nunca tem tempo ruim. É alegre, divertida e ama cozinhar!”

  • Eu faço a diferença no mundo porque…

“Eu faço a diferença no mundo porque demostro gratidão e respeito, espalho sorrisos e sempre estou disponível quando necessitam da minha ajuda”

 

Luciana Pereira Gomes

  • Luciana por Luciana.

“Eu fico impressionada de ver onde você chegou e de ver a mulher que você é hoje. Quero te dar os parabéns, sei que não foi fácil”

  • Cite um exemplo de mulher inspiradora.

“Minha mãe é meu espelho e minha inspiração. Batalhadora e dona de um coração enorme. Me emociono só de falar”

Eu faço a diferença no mundo porque…

“Eu amo ser quem eu sou e poder ajudar as pessoas que estão ao meu redor”

 

Carla Sobreira

  • Carla por Carla.

“Amo viajar e conhecer novas culturas, aprendendo todos os dias com a maternidade. Me dedico a criar seres humanos legais – a Manoela e o Artur”

  • Cite um exemplo de mulher inspiradora.

“Minha mãe”

  • Eu faço a diferença no mundo porque…

“Ajudo as pessoas, e tento ensinar isso aos meus filhos também”

 

Maria da Penha Batista Soares

  • Penha por Penha.

“Uma pessoa guerreira e trabalhadora”

  • Cite um exemplo de mulher inspiradora.

“Uma mulher inspiradora é a minha mãe, que trabalhou muito para me criar e está comigo até hoje!”

  • Eu faço a diferença no mundo porque…

“Faço a diferença no mundo pela educação com as pessoas, com o respeito ao próximo e a humildade”

 

Andressa Wolkeres

  • Andressa por Andressa.

“Uma pessoa batalhadora, resiliente e esforçada. Otimista com a vida e com as pessoas”

  • Cite um exemplo de mulher inspiradora.

“Uma mulher inspiradora, para mim, é Luiza Helena Trajano. Pela sua atitude humilde, empreendedora e inovadora perante o mundo”

  • Eu faço a diferença no mundo porque…

“Eu faço a diferença no mundo porque ajudo as pessoas a lidarem melhor com os números, ou seja, ensino algo bom para alguém”

 

Lara Rosado 

  • Lara por Lara.

“Entre minhas expectativas, cobranças, medos e sonhos busco ter a cada dia um olhar mais generoso comigo mesma, respeitando as minhas próprias vontades e acreditando que posse ser quem eu quiser”

  • Cite um exemplo de mulher inspiradora.

“Minha mãe: Ariadna Oliveira. Ela é minha referência de mulher”

  • Eu faço a diferença no mundo porque…

“Procuro ter mais empatia com as pessoas; busco ouvir e estou disposta a aprender sobre assuntos que não conheço para compreender diferentes causas; tenho consciência coletiva e pratico meu papel de cidadã, pensando além da realidade em que vivo; e também não aceito injustiça e nenhuma forma de preconceito numa situação em que eu esteja inserida”

Rede Gazeta promove debate sobre liderança feminina no Mês da Mulher

Pelo quarto ano consecutivo, a Rede Gazeta vai promover um debate especial em comemoração ao Mês da Mulher. Na próxima quinta-feira (11), o público poderá acompanhar mais uma Roda de Conversa, dessa vez com o tema “Mulheres Líderes”. Com a participação da empresária Cris Samorini, da engenheira civil Patricia Daher e da médica Flávia Scherre, o evento vai discutir o espaço da mulher na liderança, em diferentes setores, e o que ainda precisa ser feito para ampliar esses lugares.

Cris Samorini, Patricia Daher e Flávia Scharre são as convidadas do Roda de Conversa 2021 (Foto: Divulgação)

Cris é diretora comercial da Grafitusa e a primeira mulher a comandar a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), com mandato até 2023, e a terceira a representar o setor industrial no país. Ela já soma mais de 20 anos de carreira no setor industrial, com passagens também pela presidência do Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Espírito Santo (Siges) e da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf/ES), além da vice-presidência do Centro da Indústria Capixaba (Cindes).

Já Patricia é gerente de Infraestrutura Interna da ArcelorMittal, empresa em que atua há 17 anos. Formada em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), ela é responsável por toda a operação ferroviária interna e manutenção da frota de equipamentos e malha ferroviária, bem como a manutenção civil geral da usina, entre outros processos, somando 198 funcionários e mais de 800 terceirizados nessa gestão.

A ginecologia e obstetra Flávia é a primeira mulher do Espírito Santo a conquistar a certificação para realizar cirurgias robóticas. Formada em Medicina pelo Centro Universitário do Espírito Santo (Unesc), ela tem especialização para cirurgias ginecológicas, obstétricas, mastológicas e oncoginecológicas.

O gerente de Relações Institucionais da Rede Gazeta, Eduardo Fachetti, o evento já faz parte do calendário da empresa. “O Roda de Conversa foi o último projeto que conseguimos realizar presencialmente em 2020, e nossa expectativa era de poder repetir o formato neste ano. Entretanto, com o agravamento da pandemia, nós o transformamos para o digital para continuar cumprindo nosso propósito de debater temas urgentes dos dias atuais. Desta vez, falamos de equidade de gênero e do quanto ter mulheres líderes pode transformar a sociedade”, pontua.

O bate-papo, com mediação da jornalista e colunista de A Gazeta Renata Rasseli, será transmitido ao vivo pelo site agazeta.com.br/eventos, às 16h30 do dia 11 de março. A live é uma realização de A Gazeta, com patrocínio de ArcelorMittal, Café Cafuso e Rede Meridional.

ASSISTA
Roda de Conversa: Mulheres Líderes
– com Cris Samorini, Patricia Daher e Flávia Scherre
– dia 11 de março, às 16h30
– em agazeta.com.br/eventos

Confira as fotos da Roda de Conversa – Dia da Mulher de 2020

Confira as fotos da Roda de Conversa em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. O encontro contou com a participação da jornalista Gabriela Moreira, da figurinista Su Tonani e da jurista Elda Bussinger. O debate foi mediado pela editora de Cidades de A Gazeta, Érica Vaz.

Crédito: Adessandro Reis

TV Gazeta lança campanha em homenagem ao Dia da Mulher

‘Elas Podem!’. Este é o conceito do vídeo institucional produzido pela TV Gazeta para o Dia Internacional da Mulher. As mulheres se juntaram, lutaram por seus direitos e fizeram as mudanças acontecerem. Venceram as barreiras para terem direito ao voto, aos estudos, a jogar futebol, entre outras conquistas.

Seis mulheres capixabas foram convidadas para participarem das gravações: Lara Toledo – Produtora cultural e Empresária; Marly Tadino – Coordenadora do Vila Nova Futebol Feminino; Thais Telles – Advogada e Jogadora do Vila Nova Futebol Feminino; Ágata de Paula – Massoterapeuta e Modelo de Roupas Plus Size; Shirley Guimarães – Produtora de Moda;  Carol Cheibub – Farmacêutica; e Priscila Gama – Estrategista de Inovação Social.

O VT está sendo reproduzido durante a programação da TV Gazeta.

Confira abaixo:

Ficha Técnica

Criação: Luciana Gama, Haelly Dragnev, Mauro Noda, Igor Estrella, Jhonatan Menegussi e Willian Loyola

Produção: Luciana Gama

Direção de Cena: Igor Estrella

Sound Design: Daivison Borges

Iluminação: Filip Brunoro

Operador de câmera, Steady Cam e Grua: Carlos Palito

Arte: Felipe Damasceno, Angelo Araújo e Anna Barreto

Edição: Haelly Dragnev

(Com informações de TV Gazeta)

Assédio às mulheres no trabalho é tema de Roda de Conversa na Rede Gazeta

Para celebrar o Dia Internacional da Mulher, a Rede Gazeta recebeu convidados para discutir o assédio no mercado de trabalho na Roda de Conversa, nesta manhã (04). O encontro teve a participação da jornalista Gabriela Moreira, da figurinista Su Tonani e da jurista Elda Bussinger, que relataram causas e debateram caminhos para denunciar a agressão.

A advogada, doutora e escritora Elda Bussinger disse que estamos em um momento apropriado para discutir o assunto. “É o momento ideal para pensar nos retrocessos, já que o presidente legitima o patriarcado e o machismo no país. Não podemos aceitar”. Para ela, precisamos discutir o acesso ao judiciário e também a falta de políticas públicas, uma vez que o Estado é machista e misógino. “Quando pensamos no direito das mulheres estamos discutindo uma cultura numa sociedade pseudo-democrática”, analisou.

Para a jurista, é fundamental pensar em qual cultura estamos inseridos. “A sociedade é conivente com homens e deslegitima as mulheres. Principalmente as mulheres negras e pobres, que continuam sendo violentadas todos os dias. Não podemos depender da justiça. E eu digo isso com muita tristeza”. Além de dar algumas dicas para as mulheres denunciarem seus assediadores, Elda também reconheceu que é difícil para a mulher tomar a atitude da denúncia. “Muitas não enfrentam seus chefes com medo de ficar sem emprego e deixar o filho sem comida nos dias seguintes. Ou nos unimos ou não teremos o apoio dos homens”.

Assédio na TV Globo

A figurinista Su Tonani contou sobre o assédio sofrido por José Mayer, quando trabalhou na TV Globo. “Era como se ele cuspisse na minha cara todos os dias, aquilo acabava comigo. Ele sempre foi assediador, fez isso com várias mulheres. Pensava muito nisso também”, revelou sobre o episódio. “Era como se eu fosse um objeto, que ele pudesse fazer qualquer coisa que quisesse”, acrescentou. A capixaba fez questão de ressaltar a importância de não pressionar a vítima, para que ela não sofra novamente. “Cada uma reage ao assédio de um jeito e tem a sua forma de lidar com ele. Não podemos pressionar, mas é preciso que saibamos que a coragem está em todas nós. Estamos juntas para humanizar o olhar de uma para outra”.

O assédio no esporte

Já a jornalista Gabriela Moreira, uma das criadoras do movimento “Deixa ela trabalhar”, contou sua experiência no universo do esporte, especialmente futebol. “Criamos um grupo para compartilhar as angústias e também os olhares de cumplicidade”. O gatilho para criação do movimento, ela contou, foi um episódio sexista durante uma entrada ao vivo de uma repórter de televisão. “O cara tentou beijá-la ao vivo. Não somos corrimão e nem objeto para sermos beijadas e alisadas. Estamos ali para trabalhar”.

Desafios da mulher negra

A mediação do debate ficou por conta da editora adjunta de Cidades, Érica Vaz, que deu um depoimento sobre o desafio de ser uma mulher negra. Há 11 anos no mercado de trabalho, Érica contou que foi a primeira mulher da família dela a fazer uma universidade pública.

“Eu frequento espaços que minhas tias e minhas primas não frequentam. As mulheres da minha família foram submetidas de forma muito diferente ao assédio. Eu vivo em ambientes de brancos, onde o assédio sexual e o moral são mais sutis. Já elas foram ou são empregadas domésticas, e é muito mais difícil você provar o assédio que acontece dentro de uma casa do que dentro de uma empresa”, pontuou Érica.

Ainda de acordo com ela, as mulheres negras e pobres estão, em sua maioria, em trabalhos mais precários e informais sem contar com uma rede de apoio. “Meu lugar de fala é um pouco mais privilegiado. O assédio moral se manifestava com relação a minha aparência. Hoje fico muito feliz quando vejo uma profissional negra com cabelo crespo levando suas características naturais sem ser reprimida. Quando eu comecei isso não era possível, e estou falando de 11 anos atrás. Como a estética da mulher negra incomoda, essa é uma forma de assédio moral muito bruto. Por isso ficamos felizes quando vemos uma Maju Coutinho na TV”, observou.

Assédio é crime

De acordo com a anfitriã e editora da Revista.ag, Mariana Perini, levantar a discussão sobre assédio na semana em que o mundo celebra o Dia da Mulher é uma forma de ajudar as capixabas a não se calarem.

“Assédio é crime previsto no Código Penal Brasileiro desde 2001, com pena de detenção de um a dois anos para quem praticar o ato. Expor trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes, constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho se caracteriza como crime o qual, muitas vezes, a sociedade se faz de cega”, declarou.

Para a secretária estadual de Direitos Humanos, Nara Borgo, é extremamente importante discutir sobre o assédio sexual ou moral porque as mulheres enfrentam essas situações diariamente. “Quanto mais a gente fala disso, mais a gente encoraja e orienta as mulheres como elas podem se portar, pedir auxílio e denunciar. Esse é um papel que fazemos na secretaria, o de levar informações e ter mecanismos de proteção dessas mulheres.”

A vice-governadora do Estado, Jaqueline Moraes, também destacou a importância de discutir sobre esse tema em homenagem ao Dia da Mulher. “Uma das partes do evento que mais me marcou foi que as empresas podem trabalhar de forma protetiva e educadora. Além disso, é muito importante ter uma rede de fortalecimento das mulheres. Essas mulheres precisam ser ouvidas, acolhidas e abraçadas quando esse problema acontece.”

Assim como as outras edições dos Encontros do Saber promovidos pela Revista.ag, nesta quarta-feira (4) também foram arrecadados alimentos não perecíveis para serem doados. Desta vez, a Fundação Clínica Carmem Lucia, que atua na Grande Terra Vermelha, em Vila Velha, foi a instituição beneficiada. Ao todo, 1.600 famílias são cadastradas na instituição que faz atendimentos de saúde, além de projetos para gestantes, crianças e adolescentes.

(Texto: Guilherme Silva e Lara Rosado)

Revista.ag promove Roda de Conversa para o Dia da Mulher

O Dia da Mulher está chegando e, para marcar esta data tão importante, a Revista.ag está promovendo mais uma Roda de Conversa nesta quarta-feira (04). Desta vez, com o tema “Um basta ao assédio no mercado de trabalho”, o evento vai discutir a liberdade da mulher no ambiente profissional.

Quem vai falar sobre o assunto é a repórter do SporTV e do Globo Esporte e cocriadora do movimento “Deixa ela trabalhar”, Gabriela Moreira, e a figurinista e propulsora do movimento “Mexeu com uma, mexeu com todas”, Su Tonani, com a participação da advogada, doutora e escritora Elda Bussiger. Durante a conversa, elas vão jogar luz sobre preconceitos velados que as mulheres sofrem no trabalho e os diversos tipos de assédio que enfrentam em suas trajetórias.

A apresentação será da colunista Renata Rasseli e a mediação fica por conta da jornalista Érica Vaz. Os interessados em participar podem se inscrever pelo leia.ag/rodadeconversa e doar um quilo de alimento não perecível no dia do evento.

Regional Norte prepara Corrida da Mulher em Linhares

As Regionais Norte e Noroeste estão se preparando para homenagear as mulheres para o próximo dia 8, Dia da Mulher. A TV Gazeta Norte e a Litoral Norte vão promover a Corrida Noturna da Mulher neste sábado (7) para celebrar este dia tão importante.

A corrida já acontece pela sétima edição e vai rodar pelo bairro Três Barras, em Linhares, completando um percurso de 6 quilômetros. A ação é aberta para todo o público, podendo participar homens e mulheres.

A corrida terá início às 19h30 e, para participar, é necessário se inscrever até esta quinta-feira (5) clicando aqui. Os primeiros 10 colocados nas categorias feminino e masculino receberão um troféu.

Confira detalhes da Roda de Conversa em homenagem ao Dia da Mulher

Unindo forças. É dessa forma que feministas acreditam que o mundo pode ser um lugar melhor para as mulheres que lutam diariamente contra o assédio e diferentes tipos de violência. O assunto foi tema da Roda de Conversa promovida ontem pela Rede Gazeta, em parceria com a Casa do Saber Ri, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Os coletivos Think Olga, Não é Não! e Das Pretas marcaram presença no debate.

Entre as participantes do evento estava a atriz, ativista e embaixadora da paz, Maria Paula. Segundo ela, o momento histórico atual é propício para que as mulheres sejam protagonistas. “Muitas mulheres lutaram para estarmos aqui. Agora chegou a nossa vez. O machismo eu já julgo como algo que está no passado.”

Já a jornalista Juliana de Faria, do coletivo Think Olga, compartilhou o primeiro assédio que sofreu na vida, quando tinha apenas 11 anos. “Dois homens me assediaram na rua e eu comecei a chorar. Uma vizinha me viu e perguntou o que tinha acontecido. Eu contei tudo e ela me respondeu ‘deixa de besteira, você vai sentir falta desse tipo de atenção quando for mais velha’”. A militante contou que, naquela época, se calou porque entendeu que seu próprio corpo era público.

Anos depois, cansada de ver cenas de assédio sendo repetidas e até mesmo classificadas como “manifestações naturais de masculinidade”, Juliana decidiu dar um basta: “Percebi que estava na hora de eu mesma falar sobre o assédio. Surgiu então nossa campanha ‘Chega de fiu-fiu’ porque nós, mulheres, não vivenciamos os espaços públicos da mesma forma que os homens. Nós somos podadas.”

Fundadora do movimento Não é Não! que ganhou as ruas do carnaval em diferentes cidades do Brasil por meio das tatuagens temporárias, a estilista Aisha Jacob contou que o coletivo também dá palestras em escolas do Rio de Janeiro para falar sobre o feminismo. “Esse ano foi o primeiro carnaval que teve a lei do não. Finalmente entenderam o que estamos falando. A mensagem que eu deixo para as mulheres é: denunciem e façam boletins de ocorrência. Precisamos dos dados para mudar nossa realidade.”

Os alimentos arrecadados na entrada do evento foram doados ao Movimento de Mulheres de Cariacica, que desempenha um trabalho de suporte na cidade.

“Somos um grupo de mulheres que doam seu tempo e seus ofícios para ajudar no atendimento daquelas que foram vítimas de violência. Damos até suporte jurídico. Temos nossa página no Facebook onde recebemos a maior parte das denúncias e damos o encaminhamento necessário”, ressaltou a idealizadora da iniciativa, Vilmara Claudino.

Para a diretora de Transformação da Rede Gazeta, Letícia Lindenberg, a discussão sobre os direitos da mulher é fundamental para a construção de uma sociedade mais justa. “O repúdio à violência contra a mulher é um compromisso da Rede Gazeta com esta e com as próximas gerações. Acreditamos e colocamos nossos veículos de comunicação como porta-vozes desta causa que não tem gênero, cor nem classe social.”

Ativista alerta: “A sentença é preta e o direito é branco”

Em uma sociedade machista e patriarcal, ser mulher já é difícil. Mas ser mulher e negra é ainda mais desafiador. A presidente da organização capixaba Das Pretas, Priscila Gama, é enfática: “As mulheres negras são invisíveis, suas dores são invisíveis. As negras falam sobre suas vidas e não são vistas, mas as brancas que falam das negras são ouvidas.”

De acordo com Priscila, o Das Pretas surgiu diante de dados alarmantes de negras assassinadas apenas por serem do sexo feminino em Vitória. “Os índices no geral até diminuíram, mas a diferença entre o feminicídio preto é de 71%. Ainda há casos de mulheres negras que não se reconhecem como negras. Dessa forma, o número pode ser ainda maior”, comentou.

Há cinco anos no cenário capixaba, o Das Pretas precisou criar uma metodologia de autofinanciamento porque nenhuma empresa privada se tornou parceira institucional do grupo até o momento. “Estamos falando de um espaço que a sentença é preta e o direito é branco”, destacou Priscila. Ao todo, as ações do movimento já atingiram cerca de duas mil mulheres.

Para lidar com a realidade de preconceito contra a mulher e com o racismo, Priscila disse que o instituto usa o termo “ubuntu” que, segundo ela, significa “nós por nós”. “Essa expressão não fala de você por mim, nem de eu por você. É como a história da sororidade. Significa respeitar o outro e as escolhas do outro. Por um tempo a gente passou a respeitar só quem pensa como nós. Avançamos muito nesse sentido.”

Violência

Priscila compartilhou que teve o corpo assediado a vida inteira. “Sou filha de um homem preto com uma mulher branca. Dizem que eu sou morena, me colocam nesse lugar para me fazer entender que eu não sou tão preta assim”, comentou, acrescentando que hoje, aos 37 anos, se sente digna e plena.

Além dos assédios praticados pelos homens, Priscila alertou ainda que mulheres brancas também assediam as negras. “Elas nos tocam. Isso nos agride, nos fere. Nosso corpo precisa ser respeitado.”

Depois de levantar a discussão sobre os desafios da mulher negra, Priscila faz um único pedido: “Nos enxerguem. Compartilhem a luta conosco. O feminismo não é só de vocês.”

Mulheres da área rural terão atendimento especializado

A Secretaria Estadual de Direitos Humanos vai dar início, neste mês, a uma série de atendimentos focados em mulheres que vivem em áreas rurais, quilombolas e em áreas de risco – além das que se inserem na comunidade LGBT. A proposta é, de acordo com a secretaria da pasta, Nara Borgo, levar atendimento especializado.

“Nós já vivemos muitos anos na invisibilidade, principalmente, esses grupos, que nem nos livros de história aparecem. Dessa forma, o objetivo é levar informação para que todas as mulheres saiam mais estimuladas e cientes dos seus direitos”, explica Nara.

Além disso, 5 municípios do interior (Pancas, Laranja da Terra, Guarapari, Anchieta e Aracruz) irão receber a Unidade Móvel de Atendimento à Mulher com atendimentos de psicólogos, defensores públicos, assistentes sociais e profissionais da área de saúde. Assim como, terão orientação e assistência sobre o combate à violência.

Orientação

“Delegacia não é um local só para penalizar, mas também é um porto seguro para as mulheres que precisam de orientação”. Essa é fala da delegada Ana Carolina Marques, que está a frente da Delegacia de Atendimento á Mulher, em Viana, onde tramitam, por mês, uma média de 20 a 25 inquéritos. Segundo ela, em 90% dos casos as mulheres relutam em terminar o relacionamento e precisam de orientação sobre como proceder diante de ameaças.

“Precisamos respeitar o direito da mulher de querer ficar junto com seu parceiro. Porém, vejo a importância de atender essas mulheres, olho no olho, para informar a necessidade de denunciar qualquer tipo de ameaça ou violência”, frisou a delegada.