Diversidade é a marca do BBB 16 que terá mais de 70 câmeras

Site de imprensa da Globo
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Pedro Bial (apresentador) e Rodrigo Dourado (diretor)

Uma casa repaginada, com ambientes que remetem a um galpão antigo e decoração com elementos industriais. Nesta terça-feira (19), a “fábrica” do Big Brother Brasil recebe os novos “operários”, que serão vigiados por mais de setenta câmeras, 24 horas por dia. O último a sair, daqui a três meses, leva para casa o prêmio de 1,5 milhão de reais.

Com idades entre 19 e 64 anos, origens e trajetórias bem diversas, de cantos diferentes do país, os doze escalados vão formar um dos times mais variados da história do programa. “Houve um esforço muito grande para que a seleção chegasse a uma diversidade maior de tipos. Independentemente da idade, o que vem sendo buscado são pessoas que têm uma história de vida rica, que tragam repertório, conteúdo. Acho que isso já apareceu claramente no BBB15 e vai se consolidar este ano”, afirma o apresentador Pedro Bial.

As regras da disputa foram mantidas. Como em todos os anos, haverá provas do líder, do anjo, da comida, paredões e eliminações. Mas o diretor Rodrigo Dourado não descarta a possibilidade de eliminações surpresa e outras novidades de última hora, como já aconteceu em edições anteriores. E revela que as provas foram adaptadas para que todos disputem em condições de igualdade. “Teremos provas em grupo, com etapas que exigirão esforço físico, concentração, equilíbrio, intelecto. E os próprios participantes vão decidir entre eles, na hora, quem faz o quê”, explica Dourado. “As idades terão que ser variadas num mesmo grupo – não haverá um grupo só de ‘novinhos’, nem um grupo só de ‘velhinhos’. A ideia é justamente ver como eles vão se comportar vivendo juntos numa casa”, completa o diretor.

O BBB16 traz mais duas novidades que vão arrancar muitas risadas do público: Rodrigo Sant´Anna e Dadá Coelho. Rodrigo volta com a personagem Carol Paixão, que deu o que falar na edição passada comentando o programa e ‘gongando’ os participantes. Com status de ombudsman, Carol terá agora um quadro só dela, o “Cantinho da Carol”, com direito a estúdio próprio, decorado com objetos que ela pegou “emprestado” dos cenários dos colegas do Projac.

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Carol Paixão (Rodrigo Sant´Anna)

Dadá Coelho traz ainda mais descontração no comando do quadro “De olho no Big Brother”. A humorista vai entrevistar o público na rua e caprichar no improviso nos flashes exibidos durante a programação. O ‘BBB16’ tem direção-geral de Rodrigo Dourado e apresentação de Pedro Bial. O programa vai ao ar de segunda a sábado logo após ‘A Regra do Jogo’ e aos domingos, após o ‘Fantástico’.

Participantes

Mais de 80 mil pessoas se inscreveram para o BBB16 – cerca de 20 mil inscrições a mais que no ano passado. As seletivas aconteceram em onze capitais e também através da banca virtual, via Skype e FaceTime, o que facilitou a participação de pessoas do Brasil inteiro. Renan, um dos participantes, foi escolhido pela banca virtual.

Conheça os novos brothers:

Adélia: A advogada Adélia tem 36 anos e mora em Suzano (SP). Aos 17 anos, ficou grávida, casou e não abriu mão dos estudos. Ela conta que no dia em que o ex-marido pediu que ela escolhesse entre a faculdade e a família, não pensou duas vezes: pegou o filho, a mochila e voltou para a casa da mãe. Antes de se firmar na profissão, trabalhou como manicure e foi vocalista de uma banda de pagode. Hoje, se permite extravagâncias como as várias cirurgias plásticas que já fez. Extrovertida e impulsiva, às vezes, fala sem pensar. Mas sabe reconhecer o erro e pedir desculpas. Adélia, sonha com um novo casamento e uma família de comercial de margarina.

bbb16

Alan: Uma pessoa com opinião própria e “fora da curva”. É como se define Alan, 34 anos, pesquisador e professor de filosofia. Casado e pai de dois filhos, mora em Natal e é um nerd assumido. Curte games, música, quadrinhos e cultura pop. A vida social? Não é muito de sair de casa, tampouco frequenta o mundo virtual – não tem perfil em redes sociais. Verborrágico, gosta de falar e prefere o contato direto com os outros. Despreza pessoas esnobes e muito ambiciosas, mas sabe que seu maior defeito é o egoísmo. Na casa, promete manter intacta sua maior qualidade: a lealdade. E sonha um dia ter uma banda de heavy metal.

Ana Paula: Mineira de Belo Horizonte, Ana Paula, 34 anos, conta que é uma pessoa eclética e de extremos. Vai do jazz ao sertanejo, de Ibiza a Barretos, da “filhinha do papai” à mulher que sonha com a independência financeira. Aos 17 anos, perdeu a mãe em um acidente de carro. O pai, de 86 anos, casou outras vezes e teve seis filhos, todos de mães diferentes. Uma grande família. Formada em jornalismo, mora sozinha desde os 23 anos. Impaciente e incisiva, revela que já buscou ajuda especializada para tentar controlar o gênio forte. Costuma sair do sério com arrogância e injustiça. Elege a generosidade e o espírito de liderança como suas maiores qualidades.

Daniel: O empresário Daniel, 38 anos, começou a ganhar a vida como motorista de van. Hoje, é dono de uma empresa de ônibus escolar. Cursou economia em uma universidade pública, mas não se formou. Nascido em São Paulo, veio para o Rio de Janeiro com dois anos de idade. Solteiro, gosta de jogar futebol, futevôlei e viajar. É muito observador e se considera um cara tranquilo. Sabe expor suas opiniões e convence as pessoas sem precisar se impor. Mas é orgulhoso e acha que isso pode atrapalhar a convivência com os outros participantes da casa.

Harumi: Descendente de japoneses, italianos e franceses, a jornalista Harumi, 64 anos, é um mix cultural. Quando trabalhava em uma gravadora, se apaixonou pelo cantor Jimmy Cliff e partiu para a Jamaica, mas voltou uma semana depois. O primeiro casamento foi aos 15 anos. Teve dois filhos e está prestes a se tornar avó. Entre as décadas de 1970 e 1980, trabalhou como modelo. Não bebe nada alcoólico e adora sair para dançar e voltar para casa só de manhã. Vaidosa e expansiva, tem amigos de todas as idades. Mas diz que vai ter que controlar o lado autoritário para conquistar os Brothers e o público.

Juliana: Simpática, comunicativa e autossuficiente, a bailarina Juliana, 31 anos, não reclama da solteirice. Muito pelo contrário – vive bem sozinha, sem carências. Ou, pelo menos, é o que ela diz. Independente e com personalidade forte, só se relaciona com alguém se estiver muito apaixonada. A paulistana estudou fisioterapia, mas não teve estrutura emocional para seguir na profissão: se emocionava com os pacientes e caía no choro. Migrou para o curso de moda e trabalhou em lojas de roupa. Acabou convidada para integrar um grupo de dança e se apaixonou pela atividade. Preguiça não é com ela; já acorda agitada, “ligada em 220 volts”, garante.

Laércio: Uma “presença poderosa”. Laércio, curitibano 53 anos, garante que vai deixar sua marca no BBB16. Seu objetivo é se expor sem reservas e ser o protagonista desta edição – sem desrespeitar os companheiros de disputa, garante. Autônomo, mora com a mãe e vive dos desenhos que vende para estúdios de tatuagem. O pai e o avô eram agressivos e, por esse trauma, optou por não ter filhos. Pratica meditação, yoga e se considera uma pessoa zen e equilibrada. Mas confessa: compra brigas e não vive sem uma boa polêmica. É durão quando quer e odeia pessoas que se fazem de vítimas.

Maria Cláudia: A potiguar Maria Cláudia, 19 anos, se define como sonhadora e atrapalhada. O que não quer dizer que seja boba ou manipulável – a esperteza é uma de suas armas. Alegre e criativa, a estudante de publicidade e propaganda costuma compor músicas nas horas vagas. Nas festas de São João, viaja com um grupo para dançar quadrilha. Mas a atividade que consome a maior parte de seu tempo atualmente é a produção de vídeos para a internet em um site de compartilhamento – a jovem tem quase 60 mil inscritos em seu canal. Comunicativa, engraçada e de riso frouxo, promete encher a casa de energia.

Munik: Ela é baladeira, mas às terças-feiras troca as festas pela missa. Munik, 19 anos, mora com os pais e dois irmãos em Goiânia. A mãe é merendeira de escola e o pai é moto-taxista. Para ajudar em casa, já trabalhou em salões de beleza, como secretária e promovendo eventos. Pretende entrar na faculdade de jornalismo assim que terminar o ensino médio. Bem-humorada, não gosta de entrar em polêmicas, mas sabe o momento certo de expressar suas opiniões. Na casa, pretende fugir das “panelinhas” e de “gente duas caras”, como diz. O mais difícil, reconhece, vai ser controlar o nervosismo nos momentos de tensão.

Renan: Natural de Amparo, Renan, 29 anos, mora atualmente na capital paulista. Antes de se mudar, trabalhou na floricultura da mãe. Já em São Paulo, foi vendedor em shopping center até começar a trabalhar em eventos. Hoje, se orgulha por ter comprado carro, moto e se manter com a renda do trabalho como modelo. Bagunceiro, divide o apartamento com um amigo, adora sair, curte música eletrônica e rap, pratica musculação, corrida, boxe e não foge de uma briga. Admite que é explosivo e não leva desaforo para casa. Fica incomodado com pessoas arrogantes e preconceituosas. Mas se considera um cara do bem.

Ronan: O estudante de filosofia Ronan, 27 anos, não tem medo de trabalho. Já foi servente de pedreiro, cortador de cana, entregador de panfleto. Os pais morreram quando ele tinha quatro anos. Ronan concluiu o ensino médio com sacrifício. Seu maior orgulho é ter conseguido ingressar na faculdade como bolsista integral. Carismático e expansivo, admite que sai do sério com pessoas conservadoras e preconceituosas. Mas diz também que sempre tenta reagir com educação. O paulistano, que atualmente vive em Curitiba, tem uma característica que promete fazer sucesso entre os Brothers: ele adora cozinhar, principalmente comida típica mineira.

Tamiel: Os pais do goiano Tamiel, 41 anos, eram hippies e chegaram a ir ao Woodstock. Com apenas 18 anos, ele se casou. Teve o primeiro filho aos 19. Divorciou-se, casou de novo em 2006, teve mais um filho e separou. Hoje, mora sozinho na capital federal e namora há três anos. Engenheiro agrônomo, Tamiel é professor de Ecologia Vegetal na Universidade de Brasília. Não gosta de estereótipos e conta que não se dá com “gente machista, homofóbica e radical”. Na casa, diz que vai tentar ser menos metódico, defeito apontado por alguns amigos. E garante: tem perseverança para seguir seus ideais e flexibilidade para voltar atrás quando erra.

Carol Paixão na TV e na web
A cobertura digital terá um ponto de convergência com a da TV que atende pelo nome de Carol Paixão. A personagem, vivida por Rodrigo Sant’Anna, famosa por invadir os bastidores do Projac, vai participar ativamente da cobertura. Na TV, a morena comenta a semana e faz um termômetro do que se passa nas redes sociais. Já na internet, ela conversa com o eliminado ao vivo no Bate-papo BBB.

Novas redes sociais
Em dias de eliminação, as redes sociais oficiais do programa também estarão a mil. Conteúdo exclusivo do eliminado e das torcidas serão ofertados nos perfis do BBB e do Gshow no Facebook, Instagram, Twitter e Snapchat.

Para brincar de dublagem
O aplicativo oficial do “BBB 16” para smartphones e tablets também vai dispor de novos recursos. Os fãs vão poder se divertir dublando os vídeos com as conversas e discussões dos brothers. Na função Radar BBB, será possível encontrar os fãs do programa mais próximos que também têm o aplicativo instalado, e bater um papo. O aplicativo permanece como um canal para votar nos paredões da casa, além de oferecer destaques para o conteúdo mais quente do dia, consumo de vídeos, desafios de vídeo, quizzes, enquetes e acesso rápido às redes sociais do reality.
Entrevista com Rodrigo Dourado e Pedro Bial:

Em termos gerais, as regras do jogo mudam?
Dourado: A regra básica do jogo se mantém: prova do líder, prova do anjo, prova da comida, votação no domingo, eliminação na terça. Isso a gente procura sempre manter.

Mas podemos ver eliminações surpresa, como nas edições anteriores?
Dourado: Sempre é possível.

Vocês buscaram um elenco variado, com histórias de vida impactantes e experiências para trocar. A grande aposta é na diversidade?
Bial: Você pode ter um elenco feito de ótimos indivíduos e a química não acontecer. O que duvido nesse caso porque acho que a química vai rolar. Mas é imprevisível como o grupo vai se comportar. Isso já aconteceu várias vezes: um que a gente achava que ia explodir, se retrai; outro que parecia tímido, cresce. A gente só sabe mesmo no desenrolar do jogo.
Dourado: E os protagonistas conduzem o tom da casa. Aquele que se sobressair, que conseguir influenciar, ser uma espécie de satélite para as outras pessoas, acaba mudando a história. Essas pessoas guiam o jogo.
Bial: E é assim a vida da gente, né? Na vida “real”, a gente é feito dos encontros que a gente tem, com quem a gente se relacionou, cada pessoa, cada contato que a gente tem, nos muda, nos transforma. É assim para todo mundo.

Mas a escolha do elenco é grande parte de uma história que vocês pretendem contar…
Bial: Primeiro, tem todas as idades, tem gente de 64, 53, duas meninas de 19… Eu acho divertido acompanhar o BBB desde o início porque existiram mudanças nesses últimos anos que estão ficando cada vez mais visíveis na moral, no comportamento, no espírito do tempo moral, que muda mesmo. Então essa coisa da idade é relativa também. Se você falasse numa pessoa de 60 anos no BBB há 10 anos, seria a vovozinha, o vovô. As pessoas que estão aí, hoje com 60 anos, 50 e poucos, não têm nada de vovozinha ou vovozinho. Aliás, como são as mulheres e homens hoje em dia. Mulheres de 60 anos estão aí, bombando, gatonas. Então, acho que a gente vai refletindo essas transformações morais da sociedade. Além disso, vários assuntos que eram tabus passaram à normalidade. Acompanhamos as mudanças e o elenco também.
Dourado: E é impossível tentar imaginar ou prever uma história. O BBB é uma dramaturgia às avessas. Você tem indivíduos e, de acordo com a química que vai acontecer ali dentro, eles vão desenhar essa história e a gente vai contar para vocês. A gente corre atrás do script.

Como vocês definem os critérios de seleção?
Dourado: Esse ano a novidade na seleção foi a banca virtual. A gente tem as inscrições no site e, além das seletivas, que são as 11 capitais que a gente viajou na nossa caravana BBB, a banca virtual trouxe a possibilidade de ampliar a seleção com conversas por Skype e FaceTime com pessoas do Brasil inteiro, democratizando um pouco mais esse processo. O Renan, por exemplo, veio pela banca virtual.

Vocês estão no programa desde a primeira edição. Dourado trabalhou em várias áreas até chegar à direção-geral no ano passado e Bial, sempre na apresentação. Como vocês mergulham na atração?
Bial: Eu tenho que mergulhar, a única fórmula é imersão total. Eu só faço isso durante 3 meses. É difícil, para mim, ler, engatar num livro. A minha literatura vira o BBB. Me envolvo até a raiz dos cabelos. E é muito estimulante intelectualmente, fico com a cabeça ágil, desperta um monte de ideias, de lembranças, mexe com memórias, é um caldeirão pop. E o pop tem essa característica de aproximar, linguagens diferentes vão colidindo e criando novas ideias.
Dourado: É muito humano, são pessoas, é muito visceral você ver a evolução dessas pessoas, a involução dessas pessoas, o que acontece, como elas se transformam aqui dentro. É muito rico.

Bial, em que momento o programa entra na sua vida?
Bial: Esse ano, tive essa primeira experiência em uma banca de seleção, na chamada ‘cadeira elétrica’. Enquanto a equipe fazia a entrevista num salão do hotel, eu estava num quarto ao lado assistindo no monitor, ouvindo tudo e falando com o Dourado pelo ponto, fazendo perguntas. Então participei mais ativamente da última peneira. E eu adorei, achei muito legal. Eles não sabiam.
Mas também acho bom chegar meio no susto, imediatamente antes de começar, para ter um frescor de espectador, conhecendo, se surpreendendo. Não quero conhecer muito, não é bom para o meu trabalho conhecer muito quem eles são lá fora, mas sim o que eles vão ser aqui dentro, que ficção deles mesmo eles vão produzir para a gente assistir.