Café Lindenberg faz o balanço de 2023 e mira horizonte do novo ano

No dinâmico cenário da mídia, o ano de 2023 foi marcado por desafios e conquistas para a Rede Gazeta. O jornalismo teve que acelerar ainda mais seu ritmo para acompanhar a jornada da audiência, a inteligência artificial (IA) atingiu patamares nunca antes experimentados e o ambiente político-econômico do Brasil entrou em um novo momento. Tudo isso teve reflexos na atuação do maior grupo de comunicação do Espírito Santo.

Em entrevista, o presidente da Rede Gazeta, Café Lindenberg, reflete sobre este cenário, destacando os avanços alcançados no ambiente digital, nos produtos do grupo e aponta os principais desafios para o próximo ano, que incluem cobertura das eleições municipais, a jornada de inovação nos diferentes produtos da casa e a evolução da TV 3.0. Confira a seguir uma análise do balanço anual e as perspectivas para 2024.

 Como o presidente da Rede Gazeta vê o balanço do ano de 2023?

Fazendo uma análise retroativa, foi um ano muito melhor do que eu imaginava. Porque a gente começou num momento de transição importante na política, ainda vivendo o pós-pandemia, que foi um mundo de muitas incertezas e de muitas dificuldades. E a gente continuou com os desafios inerentes ao nosso negócio, ao ambiente que a gente opera, aos negócios do mundo de mídia, que têm se transformado com muita rapidez. Além de todos os desafios do ecossistema da mídia. Mas, a meu ver, foi um ano muito melhor do que eu imaginava lá no começo, embora não tenha sido um ano fantástico. E não foi fantástico porque algumas das nossas metas não foram batidas, mas muito por causa do ambiente externo, num país cuja taxa de juros é altíssima e dificulta investimentos.

 Quais foram os destaques do ano que passou, na sua avaliação?

De destaques, tivemos desenvolvimentos importantes por aqui, alcançamos bons desempenhos de audiência na televisão e na internet foi um ano bem desafiador em virtude big techs de redes sociais. Em termos de produto, acho que a gente foi bem. Fizemos mudanças na hora certa e alcançamos bons desempenhos de audiência.

O ano de 2023 também marcou os 95 anos de A Gazeta, marca que deu origem à Rede. Você avalia que esta marca, que já foi um jornal impresso e hoje é um site, está jovem o suficiente para já mirar o centenário?

O fato de termos, em 2019, tomado a decisão ousada de ter parado de imprimir o jornal e apostar no produto digital nos deu a vantagem de, vamos dizer assim, não nos distrair com temas que são do passado. 

No meu entendimento, o jornal impresso é um tema do passado. Alguns jornais continuam imprimindo, mas a gente sente que não é um produto que tem alguma perspectiva de ter vigor no futuro.

O nosso produto é um produto claramente líder de mercado. É um produto que mantém a reputação e mantém a influência que a gente buscava manter quando a gente terminou com o jornal impresso.

Agora… se a marca A Gazeta é jovem? Bem, eu acho que ela se rejuvenesceu. Ela deu um grande passo e deixou para trás um processo que, quem ainda não fez, cada vez vai ter mais dificuldade de fazer de maneira adequada.. E a gente fez, em 2019, de uma maneira assim muito competente.

As nossas marcas, de uma maneira geral, continuam com todas as fortalezas que as trouxeram até aqui.  E a gente hoje está lidando com concorrentes que são de tamanho, capacidade financeira, capacidade tecnológica muito diferentes da nossa. Então, eu acho que tem muito dever de casa para ser feito fora da Gazeta, pelos países, no sentido de regular as plataformas. Isso é no mundo todo, na Europa, nos Estados Unidos e aqui no Brasil.

Assim, a nossa iniciativa é de inovar, de continuar investindo no produto, de continuar investindo no jornalismo de qualidade, com todos esses valores que nos trouxeram até aqui. Então, tem um dever de casa a ser feito que extrapola muito as fronteiras aqui da Rede Gazeta, principalmente, no campo de regulação.

Já que você citou inovação, que avaliação faz da jornada que a empresa tem percorrido sobre o tema?

A gente ainda tem uma longa jornada que tem sido endereçada pelo nosso Programas de Inovação, o Reinventa. Este ano, por exemplo, ele foi muito dirigido em cima do produto digital, A Gazeta. E dentro deste universo, o site é um dos produtos que está mais à frente quando a gente considera a mídia regional.

Vamos focar nisso porque, olhando para frente, é o que a gente vê de perspectiva para uma empresa jornalística que editava um jornal e que continua editando um jornal, só que no mundo digital.

Em 2024 a gente continua com o nosso Programa de Inovação, que está em sua terceira edição. E o foco vai ser no campo de TV. 

Há trabalhos sendo pensados pra gente olhar um pouco mais a o produto televisão. Tem uma série de discussões importantes de tecnologia, transição tecnológica, que estão já na nossa agenda desde este ano, junto com a Globo, junto com outras afiliadas, que é a TV 3.0, que é a nova geração da TV digital.

Sobre a TV 3.0, o que já é possível falar?

2024 vai ser um ano de regulamentação e de estudo de tecnologias, etc. Mas isso vai ter muito impacto lá na frente, quando o sistema for trocado para a TV 3.0. Então tem questões muito importantes que acontecerão no campo regulatório  e a gente tem que estar ligado nisso também, para que a coisa caminhe.

Para 2024, o que está como dever de casa para a Rede Gazeta, a seu ver?

É um ano de muitos desafios para nós, porque a gente tem o desafio das eleições municipais, que são muito mais complexas de cobertura jornalística que as estaduais. Afinal, são 78 eleições no Estado para serem cobertas. Isso, num ambiente que, lamentavelmente, continua muito polarizado.

Acho que essas eleições vão ser disputadas, e com uma disputa de narrativa em um ambiente de muitas fake news produzida por inteligência artificial, então, vamos ter um papel muito relevante. Então temos desafios importantes: de fazer essa cobertura de maneira adequada, de maneira isenta, levando os valores que a gente sempre pregou pra nossa cobertura jornalística.

Você acha que a IA torna a cobertura municipal mais desafiadora?

Eu acho que a polarização, somada à inteligência artificial para o uso na política, é o desafio. Todo o uso positivo que se pode ter da inteligência artificial é muito menor do que o problema de criação de fake news e de manipulação que ela oferece.

Vamos ter que planejar muito isso, usar ferramentas que nos permitam identificar a tempo esse tipo de coisa e denunciar. Tem que fazer parceria com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-ES) para agir rápido, porque essas coisas podem acabar interferindo de maneira importante no processo eleitoral em si.

A Gazeta tem valores muito sólidos, e esses valores já perduram por décadas. Há palavras que são as bases da estrutura da empresa, que são os grandes valores que a gente tem com relação à cobertura jornalística, os valores empresariais da Gazeta, nossa relação de negócio com nossos parceiros comerciais, enfim. Eu acho que a gente tem que sempre reafirmar esses valores. Eles são um diferencial importante para nós. Vamos continuar colocando eles na posição de gestão, na posição de destaque que eles sempre tiveram.

Quais são, na sua visão, as principais palavras-chave ou direcionamentos que você enxerga para os times da Rede Gazeta em 2024?

A palavra-chave mais importante para mim é inovação. Porque quando começamos o Programa de Inovação, a gente tinha uma dimensão pequena disso. Mas, tinha uma ambição: mudar a cultura. Agora, já caminhando para o terceiro ano do programa, a gente já tem essa base cultural relativamente montada para isso virar uma agenda geral na empresa.

Em um ambiente de mudanças tão profundas em todos os aspectos do negócio, a empresa também tem que acompanhar e está inserida nisso. O que trouxe a Gazeta para o ano 95, vai levar para o ano 100 e adiante é a empresa continuar sendo pioneira e inovadora. Mas inovar agora é mais difícil do que foi inovar nas décadas anteriores.

 Então, eu acho que a primeira palavra-chave é inovação… e a segunda e a terceira, também.

Café Lindenberg abre o Pedra Azul Summit reforçando o compromisso com o jornalismo profissional

Texto: Eduardo Fachetti

O papel do jornalismo profissional como farol de uma sociedade em ebulição e como condutor dos debates relevantes para o futuro do Brasil e do Espírito Santo. Esta foi a tônica da abertura do Pedra Azul Summit 2022, encontro de líderes promovido pela Rede Gazeta há 17 anos. O presidente do grupo, Café Lindenberg, destacou a importância de reunir os principais expoentes da política e da economia capixabas para um fim de semana de discussão coletiva de agendas.

“Passadas as eleições, a nossa ansiedade muda de foco, agora levando em conta os próximos 4 anos, com mudança na Presidência da República e Congresso em grande parte renovado. Diante disso, quais serão os novos rumos do país? Como se comportará a economia? Que impacto as mudanças terão em nossos setores, em nossas empresas? Buscamos proporcionar a todos um ambiente propício à troca de ideias e à construção coletiva de um Estado que dá certo há 20 anos”, destacou Café, no discurso de abertura do encontro.

O presidente da Rede Gazeta, Café Lindenberg, faz a abertura do Pedra Azul Summit 2022 (Foto: Fernando Madeira)

Nos últimos dois anos, o encontro de líderes aconteceu na Capital do Estado – com o nome de Vitória Summit. Agora, de volta a Pedra Azul, espaço que abrigou esse fórum por 14 anos, o encontro tem seu pontapé inicial com palestra dos governadores reeleitos Renato Casagrande (ES) e Romeu Zema (MG), sobre as perspectivas políticas e econômicas e interesses comuns aos dois Estados.

Convergência e propósito
Café, em sua fala de abertura, também mencionou a importância de se olhar o panorama político de forma ampla, buscando convergência de ideias. “Creio que aprendemos a lidar com a alternância da política convivendo bem com a manutenção e continuidade das boas políticas públicas, e acho que esse evento faz a sua parte nesses 17 anos que se realiza com sucesso”, pontuou o presidente da Rede Gazeta.

Café acrescentou: “Neste ambiente árido, em que todos nós em maior ou menor grau fomos impactados pela disseminação de mentiras e distorções, o jornalismo profissional se consolidou – ainda mais – como referência para a sociedade. Digo com convicção, e até certo orgulho, que a Rede Gazeta cumpriu bem o seu papel, proporcionando um debate amplo, plural e equilibrado”.

O Pedra Azul Summit é uma realização da Rede Gazeta, Grupo Águia Branca e Unimed Vitória. O patrocínio do evento é da ArcelorMittal e do Sicoob-ES.

Café Lindenberg assume Conselho de Administração da ANJ

O presidente da Rede Gazeta Café Lindenberg é o novo presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional de Jornais (ANJ). Ele vai ocupar o cargo durante o biênio 2022-2024. A mudança foi divulgada na última quarta-feira (17), durante encontro dos associados da entidade, em Brasília. Na Assembleia Geral, realizada na mesma data, o jornalista Marcelo Rech assumiu a presidência executiva da ANJ.


A nova configuração dos conselhos de Administração, Fiscal e da Diretoria da entidade foi definida por eleição entre os associados. Rech vai acumular a presidência executiva e a presidência da diretoria, enquanto Café será o presidente do Conselho de Administração pelos próximos 2 anos.

O presidente da Rede Gazeta agradeceu a confiança dos demais associados da ANJ e reforçou o compromisso com o Jornalismo. “O compromisso com a notícia e a busca pela verdade devem estar sempre no horizonte dos jornais brasileiros. Em tempos em que a informação está na mão de muitos, o Jornalismo profissional precisa ser um farol”, defende.

A nova diretoria da ANJ é composta por Marcelo Rech como presidente e pelos vice-presidentes eleitos: Álvaro Teixeira da Costa (Correio Braziliense/DF), Ana Amélia Cunha Pereira Filizola (Gazeta do Povo/PR), Antonio Carlos Peixoto de Magalhães Junior (Correio/BA), Carlos Fernando Monteiro Lindenberg Neto (A Gazeta/ES), Francisco Mesquita Neto (O Estado de S.Paulo/SP), Jaime Câmara Júnior (O Popular/GO), João Roberto Marinho (O Globo/RJ), Luciana de Alcântara Dummar (O Povo/CE), Maria Judith de Brito (Folha de S.Paulo/SP), Mário Alberto de Paula Gusmão (Jornal NH/RS), Nelson Pacheco Sirotsky (Zero Hora/RS) e Sylvino de Godoy Neto (Correio Popular/SP).

Café Lindenberg abre o TecnoAgro 2022: “A boa imagem do ES está atraindo investimentos”

O maior evento do setor agro no Espírito Santo abriu as portas na manhã desta quinta-feira (09), em Linhares, Norte do Estado. O TecnoAgro 2022 reúne expositores, produtores rurais, investidores e lojistas para discutir as oportunidades de avanço para os negócios do campo com foco na revolução tecnológica de práticas e processos, antecipando tendências de mercado para unir tecnologia e produção rural.

O presidente da Rede Gazeta, Café Lindenberg, abriu o evento por volta das 08h50. O grupo promove o TecnoAgro após um hiato de três anos e, de acordo com Café, ao reunir mais de 50 palestrantes em dois dias de atividades, o evento reforça o compromisso do grupo com o setor agro – algo acompanhado desde o início da circulação de A Gazeta, há quase 94 anos.

Café Lindenberg, presidente da Rede Gazeta, abre o TecnoAgro 2022. Crédito: Fernando Madeira/A Gazeta

 

“Acompanhamos a erradicação dos cafezais, as crises nas lavouras, a chegada da agroindústria e, mais recentemente, a modernização das técnicas de produção. Para se ter uma dimensão mais exata da força que o agronegócio tem, de acordo com dados do governo do Estado, 30% do PIB capixaba vem do setor, que reúne as atividades econômicas mais importantes para 80% dos municípios daqui. Um evento como o TecnoAgro, portanto, é a reafirmação do compromisso com todos vocês que compõem o agro capixaba: produtores rurais, empresários, investidores e gestores públicos”, destacou o presidente da Rede Gazeta.

Segundo Café, o Estado vive um bom momento para a atração de negócios: “A força do setor se mostra em toda cadeia produtiva que envolve comércio e logística, e também nas grandes plantas agroindustriais, que empregam milhares de capixabas e criam riqueza. Tudo isso, aliado à boa imagem que o Estado desfruta no contexto nacional, vem atraindo novas indústrias e investimentos”.

Para acompanhar a programação ao vivo do TecnoAgro 2022, clique aqui.

Vitória rebatiza rua em homenagem ao jornalista Cariê Lindenberg

A partir desta quinta-feira (09) o nome do jornalista, escritor e empresário Cariê Lindenberg passa a ser mais que uma memória na história do Espírito Santo. A Prefeitura de Vitória irá homenageá-lo dando a uma rua de 250 metros, no bairro Monte Belo, o nome de Carlos Fernando Lindenberg Filho. Não por acaso, é o endereço onde, desde 1983, funciona a Rede Gazeta, fundada por Cariê.

Ao lado de Café LIndenberg, presidente da Rede Gazeta, o prefeito de Vitória Lorenzo assina decreto para criação da rua Carlos Lindenberg Filho, o Cariê. Foto: Carlos Alberto Silva

Carlos Fernando Lindenberg Filho comandou a Rede Gazeta entre 1965 e 2001. Apaixonado pelo jornalismo e por contar boas histórias, ele ajudou a transformar um único veículo de mídia – o jornal impresso A Gazeta – em um grupo que, atualmente, tem 16 negócios voltados à comunicação. Com a inauguração da sede da Rede Gazeta no bairro, há quase 40 anos, ajudou a promover o desenvolvimento da região – àquela época, as dimensões da Rede Gazeta eram comparadas a “uma mini-cidade dentro de Vitória”.

Sucessor de Cariê à frente da Rede Gazeta, o filho dele e presidente do grupo, Café Lindenberg, agradeceu a homenagem: “Tem pouco mais de um ano que papai nos deixou. É uma homenagem que nos emociona. Para nós, que trabalhamos na Rede Gazeta, que convivemos com ele no dia a dia e que seguimos os ideais que ele plantou e deixou aqui – a maneira adequada de fazer jornalismo, independência editorial, o modo certo de ser empresário –, para nós ele é muito presente. Esta homenagem marca também para a comunidade todo o legado que ele nos deixou”.

Cariê Lindenberg, fundador da Rede Gazeta. Foto: Bernardo Coutinho – GZ

O batismo da Rua Carlos Fernando Lindenberg Filho altera um trecho da Rua Chafic Murad, que compreende a extensão entre a Rua Hélio Marconi e a Avenida Jair Etienne Dessaune, em Bento Ferreira. Ao sancionar a lei que fez a alteração, o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini, disse que “vamos eternizar um nome. Todos nós sempre vamos nos lembrar de Cariê e as gerações futuras terão esse símbolo eternizado na história”.

Por coincidência, devido ao período em que o projeto foi aprovado pela Câmara Municipal de Vitória, a homenagem se consolida na data seguinte ao Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, comemorado nessa terça (07). “Estamos em uma semana simbólica. Valorizar os bons exemplos, as figuras que contribuíram para que o Estado avançasse a outro patamar de informação e jornalismo sério. O papel de Cariê foi de lutar pelo nosso Estado, para que vencêssemos dificuldades. É nosso reconhecimento singelo, mas de muito carinho e muito agradecimento a todos da Rede Gazeta”, concluiu Pazolini.

A sanção da lei foi assinada na tarde desta quarta-feira (08), na sede da Rede Gazeta, e o novo nome passa a valer nesta quinta (09), com a publicação no Diário Oficial do Espírito Santo (DO/ES).

Unidos pela Vacina cumpre 100% da demanda nos municípios do ES

O movimento Unidos pela Vacina entra na reta final tendo arrecadado doações para os 65 dos 78 municípios do Espírito Santo. Era esse o total de cidades que, no começo do ano, já havia sinalizado precisar de algum tipo de equipamento ou investimento para acelerar a imunização dos capixabas. São diversas empresas que amadrinharam as cidades para que os moradores tivessem condições de se vacinarem contra a Covid-19 até o final de setembro. Nesta quarta-feira (22),  a idealizadora do movimento, Luiza Helena Trajano, fará um balanço nacional das ações promovidas pela campanha.

No Espírito Santo, o Unidos pela Vacina é apoiado pela Rede Gazeta e pelo Movimento ES em Ação. O diretor-geral da Rede, Café Lindenberg, destaca que a vacinação é a única forma segura e eficiente de a pandemia ser superada. Ao longo dos últimos meses, Café ajudou a rede de apoiadores do Unidos pela Vacina a ganhar força e capilaridade para que todas as cidades com demandas fossem atendidas. “A Rede é uma apoiadora do Unidos pela Vacina e entusiasta da campanha Vacina Sim, que reúne o consórcio de veículos de jornalismo, porque acredita na ciência e na proteção coletiva. Fazer com que os imunizantes cheguem mais rápido a todo canto do Estado reforça nosso compromisso com as comunidades”, frisou.

Ao todo, no país, mais de 4 mil cidades receberam doações de materiais de mais de 350 empresas e inúmeras pessoas físicas, que colaboraram para que a imunização avançasse de forma mais segura e abrangente. No Estado, foram arrecadados mais de R$ 1,2 milhão em equipamentos, entre eles 90 câmaras frias e freezers para armazenamento e refrigeração das vacinas, mais 450 caixas térmicas, além de outros itens que são usados no processo de imunização. Todo esse material ajuda para que as doses cheguem aos braços dos capixabas.

Vacina contra a Covid-19. Crédito: Ricardo Medeiros/A Gazeta

Atuação das madrinhas

No Estado, entraram com tudo na campanha Suzano, Raia Drogasil, Bob’s, Engeform, Aliança, Atento, Sicoob, Grupo Águia Branca, Grupo Tristão, BRK e Rede Gazeta. As empresas viram “madrinhas” dos municípios, ajudando com o que as prefeituras solicitam para a logística e armazenamento dos imunizantes.

O Sicoob ES é um dos participantes da campanha no Espírito Santo. O sistema de cooperativas amadrinhou cinco municípios capixabas: Água Doce do Norte, Alfredo Chaves, Apiacá, Bom Jesus do Norte e Mucurici. Cada prefeitura recebeu uma câmara fria de conservação para vacinas e três caixas térmicas, um investimento de R$ 50 mil. “Acreditamos nesta parceria e no sucesso da iniciativa e esperamos que contribua de forma efetiva para a vitória no combate ao Covid-19”, afirmou Bento Venturim, diretor-presidente do Sicoob ES.

O presidente do Grupo Águia Branca, outro que doou recursos para as cidades capixabas, Renan Chieppe, acredita que a única saída da pandemia é a união de forças para acelerar a vacinação contra a Covid-19 e salvar vidas. “Este é o propósito do Unidos pela Vacina e é uma honra participar da campanha. A resposta da vacinação está sendo muito boa e não podíamos ficar de fora desse movimento tão nobre”, ponderou.

São Domingos do Norte foi o escolhido para receber o apoio da Engeform. A empresa entregou uma câmara fria, seis câmaras de conservação e notebook para equipar as cidades para a vacinação dos moradores. “Equipando o time de saúde, a população terá mais condições de ser imunizada. Isso é algo extremamente representativo para nós, afinal saúde e segurança são valores da nossa empresa”, afirma Eduardo Araújo, diretor de Negócios da Engeform.

Também participante da iniciativa, a Atento amadrinhou cinco cidades no Estado: Águia Branca, Mantenópolis, Muqui, Presidente Kennedy e Ponto Belo. Cada um irá receber uma câmara fria e três caixas térmicas. Ana Marcia Lopes, vice-presidente de Recursos Humanos da Atento, destacou que o propósito da empresa foi de proporcionar qualidade e segurança na imunização. “Estamos muito satisfeitos em fazer parte deste grupo e se somar a outras empresas que estejam colaborando para que a população possa se vacinar o mais rápido possível, com qualidade e com segurança”, disse.

A head de Recursos Humanos da Maersk, controladora do grupo Aliança, Luciana Pavam Ezequiel, reconhece a importância da empresa do setor logístico em oferecer soluções de ponta-a-ponta. “Esta ação alinhou-se perfeitamente com o proposito da Aliança em contribuir com o desenvolvimento do país, reforçando o nosso compromisso com a sociedade brasileira”, avaliou.

A Rede Gazeta, por sua vez, doou três caixas térmicas e uma câmara refrigeradora para Governador Lindenberg, Noroeste do Estado, que tem o nome em homenagem ao ex-governador do Estado, Carlos Lindenberg (1899-1991), avô do diretor-geral e futuro presidente da Rede Gazeta, Café Lindenberg. Todo o material foi recebido, no final de agosto, pelo prefeito Leonardo Finco e pelo secretário municipal de Saúde, Joneci Inácio de Oliveira.

Marcello Moraes e Café Lindenberg falam sobre transição de comando na Rede Gazeta

Sob gestão da família Lindenberg desde 1949, a Rede Gazeta anunciou, nesta quarta-feira (15), a conclusão de seu plano de transição de comando, que passa a valer no próximo dia 1º de outubro. O diretor de Negócios do grupo, Marcello Moraes, assumirá o cargo de diretor-geral, enquanto Café Lindenberg passará a ocupar a cadeira de presidente da rede de comunicação, que completou 93 anos no último sábado (11).

Essa transição, conforme frisam Café e Marcello, vem sendo construída há cerca de dois anos e busca consolidar a Rede Gazeta como referência em comunicação regional, com sólidos investimentos em inovação, tecnologia e entrega de conteúdo diferenciado.

À frente da empresa desde 2000, Café destaca que não deixará o expediente na sede do grupo, em Vitória, e que, como presidente, planeja se dedicar mais ao posicionamento institucional e à condução editorial, sobretudo em tempos de tantos desafios para empresas de mídia em todo o mundo. Confira as entrevistas a seguir:

CAFÉ LINDENBERG

Após 20 anos na direção-geral da Rede Gazeta, como foi a decisão de passar o bastão?

Foi uma decisão muito ponderada. Este momento foi preparado e amadurecido ao longo dos últimos cinco anos. O falecimento de papai (o empresário Cariê Lindenberg), em abril, abriu o posto de comando no Conselho de Administração do grupo e me trouxe a reflexão de que havia chegado a hora de assumir novas responsabilidades e concluir a transição.

Até aqui não existia a posição de presidente do grupo. Quais serão suas atribuições a partir de 1º de outubro?

Eu não pretendo me afastar do negócio, mas dedicar-me, com mais tempo livre, a pensar o futuro da Rede Gazeta e pesquisar muito sobre caminhos de crescimento para o grupo. Espero poder contribuir ainda mais com as reflexões e a agenda do Conselho de Administração que também presidirei. O Marcello, que assume a direção-geral em meu lugar, conhece muito bem a Rede e o negócio de mídia, e estou bastante confortável em deixar nas suas mãos a condução da empresa. Quero continuar contribuindo em questões estratégicas e na também condução da linha editorial do grupo, que seguirá pelo caminho seguro que foi trilhado por meu pai durante a sua jornada à frente da Rede.

Em 2019 a empresa promoveu um significativo movimento, interrompendo a circulação diária de jornal impresso. Depois, veio a pandemia e A Gazeta tornou-se uma marca 100% digital. Como você enxerga o futuro da empresa e, especificamente, do jornalismo?

Vejo que nosso papel como empresa jornalística continua sendo crucial para a sociedade capixaba, e continuará sendo o propósito e a inspiração de nossa existência como empreendimento. A mediação e a curadoria que o jornalismo profissional executa, por excelência, é insubstituível como ferramenta civilizatória. Estamos construindo novas plataformas e novos modelos de negócio que servirão de base para essa nova fase do jornalismo que está emergindo desse momento de intensa transformação.

Seu pai, Cariê Lindenberg, falecido em abril, é muito lembrado como um empresário que tocou a Rede Gazeta com um quê de poesia, camaradagem e olhar próximo dos funcionários, independentemente da posição deles. O que dessa filosofia permanece na empresa de 2021 em diante?

Suas ideias seguem presentes em nossas crenças e valores, e influenciam a maneira com que conduzimos os negócios. Temos um excelente ambiente interno, que inspira os que estão juntos conosco nessa jornada. Somos idealistas e sonhadores, mas sabemos, também por ensinamentos dele, que as coisas têm que se adaptar a novos tempos, sem perder sua essência. A parte da poesia, que é eterna, continua a cargo dele, nos inspirando a cada dia.

 

Café Lindenberg (à direita) assume a presidência da Rede Gazeta; Marcello Moraes é o novo diretor-geral do grupo (Fotos: Vitor Jubini/Divulgação Rede Gazeta)

MARCELLO MORAES

Após 5 anos na Rede Gazeta, você chega à posição de diretor-geral. O que muda a partir daqui? Qual marca você acha que trará para o comando da empresa e para as relações dela com o Espírito Santo?

As coisas já vêm mudando há muito tempo na Rede Gazeta e vão continuar assim. Temos hoje uma empresa mais ágil, mais conectada, mais integrada e com um enorme apetite para inovar. Recursos não nos faltam. Temos uma equipe capacitada, infraestrutura de suporte, marcas conhecidas e reconhecidas pelos nossos clientes, além de um propósito claro e conhecido pelos parceiros. Assumir a direção-geral seria um privilégio para qualquer profissional e não será diferente comigo, mas pretendo manter firme nosso propósito e valores, buscando crescimento sustentável a longo prazo e uma conexão cada vez mais forte com os capixabas.

Nos últimos anos você comandou a área de Negócios, uma superdiretoria que abrangia áreas cruciais para o grupo, como comercial, projetos e inovação. Em que grau essa experiência lhe cacifou para a direção-geral?

Desde 2016 que a Rede vem trabalhando na integração de suas áreas. Começamos com os veículos e depois com as áreas de negócios, suporte e operações. Essa diretoria ficou então responsável pela gestão de toda a operação da empresa. A grande vantagem pra mim foi poder conhecer com mais profundidade os processos, as dinâmicas e os indicadores de resultados de praticamente todas as áreas da Gazeta.

O que os capixabas podem esperar da Rede Gazeta neste novo ciclo?

Uma empresa inquieta, inovadora, criativa, com foco no cliente e no consumidor de informações, e ao mesmo tempo firme no seu propósito de contribuir para o desenvolvimento do nosso Estado e dos capixabas, oferecendo serviços úteis, relevantes e confiáveis de informação, cultura e entretenimento.

Embora seja engenheiro por formação, você tem um extenso currículo ligado à comunicação e empresas de mídia (Infoglobo, Valor Econômico, ). Como vê o papel dos grupos de mídia neste momento e, mais que isso, como preparar-se para o futuro?

Tem uma frase de um ex-chefe meu, muito apropriada pro momento: “Não se faz mais futuro como antigamente”. Antes, apostávamos no futuro e hoje precisamos descobri-lo. Isso muda tudo em termos de gestão. Não existem mais ciclos de 5 anos. Trabalhamos agora com ciclos muito mais curtos de estratégia, e as mudanças estão acontecendo em todos os setores. Veja o que aconteceu na indústria fonográfica, no setor hoteleiro, financeiro, na educação, táxis, cinema, enfim… as novas tecnologias estão todas aí: IOT, machine learning, realidade virtual, impressão 3D, inteligência artificial e muitas outras.

Cabe-nos aproveitá-las da melhor maneira seguindo cada vez mais a teoria de Darwin. A importância da adaptação é absoluta. As chances estão todas ao lado de quem é capaz de se adaptar. Os grupos de mídia têm sido muito afetados não só pela pulverização da publicidade e do conteúdo, mas também pela mudança nos hábitos de consumo. Precisamos conhecer cada vez mais nossos clientes e usuários levando propostas de valor. Para isso a adaptação é fundamental, e sobre isso eu tenho certeza que a Rede Gazeta larga com certa vantagem, porque já reconhece suas necessidades e o horizonte aonde quer chegar.

Veja como será a nova estrutura organizacional da Rede Gazeta:

Rede Gazeta anuncia novo diretor-geral, e Café Lindenberg assumirá a presidência do grupo

A Rede Gazeta divulgou, nesta quarta-feira (15), mudanças no comando da empresa. A partir do dia 1º de outubro, Marcello Moraes passa a responder pelo cargo de diretor-geral, e Café Lindenberg assume a presidência do grupo. Café assumirá também a presidência do Conselho de Administração da Rede Gazeta, antes ocupada por seu pai, Cariê Lindenberg, que faleceu em abril deste ano.

 

Café Lindenberg passa a assumir a presidência da Rede Gazeta (Foto: Vitor Jubini/Divulgação Rede Gazeta)

 

A nova estrutura de comando traz, também, a incorporação da área de Tecnologia à nova Diretoria de Tecnologia e Operações, sob gestão de Gabriel Moura. Após 35 anos dedicados à Rede Gazeta, Paulo Canno seguirá apoiando a Rede como consultor de tecnologia.

A sucessão começou a ser planejada há cerca de dois anos. Nas próximas semanas, Marcello e Café se reunirão com os gestores da Rede Gazeta para apresentar a nova estrutura de comando e reforçar o propósito e valores do grupo, que permanecem inalterados.

 

Marcello Moraes assume como diretor-geral da Rede Gazeta (Vitor Jubini/Divulgação Rede Gazeta)

 

Marcello Moraes está no grupo desde 2016 e comandava, até então, a Diretoria de Negócios, que compreendia as áreas de mercado, programação, operação, inovação e novos negócios. Antes, foi CEO da Infoglobo e membro efetivo do Conselho de Administração do jornal Valor Econômico S/A, do Instituto Verificador de Circulação (IVC) e da International Newsmedia Association (Inma).

Compromisso mantido

A Rede Gazeta é comandada pela família Lindenberg desde 1949. De acordo com Café, o movimento é natural e não altera o compromisso da família com a Rede. “Agora como presidente, vou permanecer no comando editorial e institucional do grupo, e manterei os olhos mais voltados para o futuro da empresa”.

Segundo o novo presidente da Rede Gazeta, as diretrizes editoriais e a rotina do grupo não serão afetados. “Nesse momento de intensas transformações, estamos nos posicionando cada vez mais como uma empresa inovadora e ágil. Marcello já conhece bem o grupo e o mercado onde atuamos, por isso estou seguro de que ele tem as credenciais para conduzir bem a empresa a partir deste momento”, frisa Café.

Marcello, por sua vez, destaca a força da empresa, que recém completou 93 anos, para olhar adiante: “É uma honra assumir o desafio da direção-geral de um grupo sólido e de propósitos tão firmes como é a Rede Gazeta. A empresa sabe que chegou até aqui ao lado dos capixabas, voltada para fortalecer o Espírito Santo e oferecer conteúdo e soluções de mídia com credibilidade e disposição de fazer coisas novas. Acredito no valor desse time e no ambiente positivo que enxergamos para o futuro”, acrescentou.

Veja como fica a diretoria da Rede Gazeta