Café Lindenberg assume Conselho de Administração da ANJ

O presidente da Rede Gazeta Café Lindenberg é o novo presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional de Jornais (ANJ). Ele vai ocupar o cargo durante o biênio 2022-2024. A mudança foi divulgada na última quarta-feira (17), durante encontro dos associados da entidade, em Brasília. Na Assembleia Geral, realizada na mesma data, o jornalista Marcelo Rech assumiu a presidência executiva da ANJ.


A nova configuração dos conselhos de Administração, Fiscal e da Diretoria da entidade foi definida por eleição entre os associados. Rech vai acumular a presidência executiva e a presidência da diretoria, enquanto Café será o presidente do Conselho de Administração pelos próximos 2 anos.

O presidente da Rede Gazeta agradeceu a confiança dos demais associados da ANJ e reforçou o compromisso com o Jornalismo. “O compromisso com a notícia e a busca pela verdade devem estar sempre no horizonte dos jornais brasileiros. Em tempos em que a informação está na mão de muitos, o Jornalismo profissional precisa ser um farol”, defende.

A nova diretoria da ANJ é composta por Marcelo Rech como presidente e pelos vice-presidentes eleitos: Álvaro Teixeira da Costa (Correio Braziliense/DF), Ana Amélia Cunha Pereira Filizola (Gazeta do Povo/PR), Antonio Carlos Peixoto de Magalhães Junior (Correio/BA), Carlos Fernando Monteiro Lindenberg Neto (A Gazeta/ES), Francisco Mesquita Neto (O Estado de S.Paulo/SP), Jaime Câmara Júnior (O Popular/GO), João Roberto Marinho (O Globo/RJ), Luciana de Alcântara Dummar (O Povo/CE), Maria Judith de Brito (Folha de S.Paulo/SP), Mário Alberto de Paula Gusmão (Jornal NH/RS), Nelson Pacheco Sirotsky (Zero Hora/RS) e Sylvino de Godoy Neto (Correio Popular/SP).

Marcelo Rech: “A independência é a base da credibilidade”

“Você pode ter todo o recurso do mundo e acesso à informação, mas não ter independência. Independência é ter distanciamento para elogiar ou criticar, fazer denúncias ou investigações. Esta é a grande diferença do jornalismo profissional. A independência é a base da credibilidade”. A afirmação do presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Marcelo Rech, deu o tom da aula inaugural do 23º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta, realizada nesta segunda-feira (21).

A colunista e ex-residente Beatriz Seixas e o presidente da ANJ, Marcelo Rech, na aula inaugural do curso (Foto: Reprodução/A Gazeta)

Rech, que tem 41 anos de experiência jornalística e é vice-presidente Editorial e Institucional do Grupo RBS, do Rio Grande do Sul, conversou com os 12 novos residentes sobre “Os Desafios e Oportunidades do Jornalismo em 2020″. Os futuros profissionais receberam as boas-vindas do diretor-geral da Rede Gazeta, Café Lindenberg. Em seguida, ouviram do presidente da ANJ análises sobre as mudanças do jornalismo pós internet, os ataques orquestrados por políticos contra a imprensa e a missão do jornalismo profissional.

A palestra foi transmitida ao vivo em A Gazeta e pode ser revista aqui.

Neste ano, o Curso de Residência passou por adaptações em sua dinâmica, com o objetivo de se adequar às medidas de saúde e segurança exigidas pela pandemia do coronavírus. Assim, o programa vai seguir o movimento feito pelas redações jornalísticas de todo o país e integrar, ao longo de três meses, atividades a distância e presenciais.

Os novos residentes também participaram da transmissão ao vivo com perguntas (Foto: Reprodução/A Gazeta)

Na conversa que abriu a programação da edição 2020, Marcelo Rech destacou ainda que os jornalistas não produzem boatos nem iludem as pessoas. “Precisamos ajudar o jornalismo profissional a se fortalecer, sobreviver e seguir em frente em sua missão. Estamos no ramo do acerto, ao contrário de quem produz desinformação”, afirmou.

Confira a seguir os principais trechos da palestra:

TECNOLOGIA E MUDANÇAS NO JORNALISMO

A internet derrubou as barreiras de entrada no Jornalismo. Hoje, uma pessoa sozinha, com uma câmera de 300 dólares, entra ao vivo em um telejornal em alta definição, manda um recado para o mundo e se coloca como concorrente dos veículos de comunicação. Qualquer um é produtor de informação.

Qual sempre foi o maior desejo de um repórter? ser lido ou ser visto pelo maior número de pessoas e gerar impacto com sua notícia. Quando eu era pequeno, líamos as revistas e jornais que chegavam. Hoje temos incontáveis canais de televisão que podemos assistir via digital, centenas de canais a cabo e uma quantidade infindável de conteúdos em sistema de streaming. O desafio é fisgar a atenção das pessoas. É um fenômeno psicológico, quase adictivo. Temos que disputar a atenção sem usar armas apelativas.

INDÚSTRIA DE ATAQUES À IMPRENSA

Há uma industrialização dos ataques à imprensa. Não é só no Brasil. É em todo o mundo. Esses ataques têm uma finalidade: são travestidos como “atacar o establishment” e, muitas vezes, vêm de candidatos políticos que se colocam como “anti establishment”. Donald Trump, que é um bilionário que surgiu do establishment, se pôs como um anti sistema. Candidaturas ligadas à direita mais radical instrumentalizaram o ataque ao jornalismo profissional. Por que? Porque é o jornalismo tradicional que combate o discurso de ódio, que é o que leva à eleição de políticos com causas radicais. Esse movimento é pendular.Ora vem da direita, ora vem da esquerda, em maior ou menor intensidade.

Jornalistas e repórteres sofrem ataques de maneira orquestrada nas ruas, de forma física ou de forma moral. Esse é um fato adicional de dificuldade, mas precisamos saber que isso não acontece por acaso. Há uma indústria por trás. Precisamos ajudar o jornalismo profissional a se fortalecer, sobreviver e seguir em frente em sua missão.

INDEPENDÊNCIA E CREDIBILIDADE

Você pode ter todo o recurso do mundo e acesso à informação, mas não ter independência. Independência é ter distanciamento para elogiar ou criticar, fazer denúncias ou investigações quando algo acontecer. Esta é a grande diferença do jornalismo profissional. A independência é a base da credibilidade.

Não é que a gente acerte em tudo. A gente erra muito. Nós lidamos com subjetividade e ninguém busca o erro. Eu sempre comparo o jornalismo com a medicina: os médicos têm técnica, têm conhecimento e usam parâmetros para salvar vidas. Assim como há médicos mais qualificados e menos qualificados, há veículos de imprensa mais e menos qualificados.

Nós não estamos no ramo do erro. Estamos no ramo do acerto, ao contrário de quem produz desinformação. Nós não produzimos boato, não iludimos as pessoas.

JORNALISTA 24 HORAS

Você não pode fazer cobertura política tendo ligação política. O jornalista é jornalista no fim de semana, no feriado, nas horas vagas. Uma carteirada arrasta a reputação dele, a do veículo e a de todos os colegas. Temos que ter uma consciência de cidadãos, temos que nos comportar e ter atitudes corretas.

Nosso papel é contestar. Mais que apurar e opinar, temos que ser certificadores da verdade. Aí é que está o valor da atividade final. E muitas pessoas não podem fazer isso porque estão comprometidas com causas ou interesses. Jornalista não faz ativismo, não faz propaganda.

JORNALISMO DE SOLUÇÕES

O jornalismo é antecipativo. Essa é uma tendência. Temos que apontar cenários. Não podemos ficar atrás, correndo para catar os cacos e as sujeiras deixadas pelas redes sociais. Outra tendência importante é mostrar soluções. Se trouxermos elementos concretos e baseados em fatos, estamos ajudando a encontrar soluções.

O RISCO DAS REDES SOCIAIS

A rede social é a maior destruidora de reputações de jornalista. Porque, quando eu ligo para uma fonte, ele entra na rede social e sabe tudo sobre a minha vida. Se a fonte consegue identificar o viés político ou ideológico de um jornalista, já perde a confiança na independência ou na abordagem daquele assunto. O jornalismo está sob ataque.

Transformação digital sob a ótica do assinante de A Gazeta é tema de webinário da ANJ

A transformação digital sob a ótica do assinante de A Gazeta vai ser tema de um webinário da Associação Nacional de Jornais (ANJ) nesta terça-feira (10), das 15h às 16h. A apresentação vai ser conduzida pelo diretor de Desenvolvimento Digital da Rede Gazeta, André Furlanetto, e pelo gerente de Assinaturas da empresa, Rafael Silveira.

“Vamos falar sobre o processo de migração dos assinantes que antes recebiam o jornal impresso todos os dias e passaram a receber uma vez por semana. Vamos discutir os principais obstáculos, quais estratégias usamos, quais abordagens fizemos. Vamos explicar todo esse processo de transformação na visão do assinante”, explicou Rafael Silveira.
Para contextualizar todo o processo envolvendo os assinantes, Furlanetto vai apresentar, no primeiro bloco do webinário, o projeto TDigital desenvolvido na empresa.
“Essa é uma iniciativa relevante para compartilharmos experiências com os nossos assinantes que têm um papel fundamental no processo da transformação digital da Rede Gazeta. O novo produto digital foi planejado com conteúdos exclusivos para oferecer um jornalismo diferenciado e ainda mais qualificado para nossos leitores”, observou Furlanetto.
Ainda de acordo com ele, para conhecer ainda mais os usuários do novo site A Gazeta, uma equipe multidisciplinar foi composta. “Agora temos um time de especialistas em inteligência artificial, SEO, marketing e análise de dados que passaram a trabalhar em parceria com o jornalismo. Nossa Mesa de Performance é inovadora no país e tem trazido ótimos resultados desde a implantação no último mês de setembro.”

Os interessados em acompanhar as discussões podem se inscrever gratuitamente no site clicando aqui. Para garantir a vaga, é preciso fazer um cadastro com dados pessoais.

Reunião do Comitê Editorial da ANJ acontece nesta semana na Rede Gazeta

Foto: Divulgação
Laurindo Ferreira, diretor do jornal do Commercio e diretor do Comitê

A Rede vai sediar a reunião do Comitê Editorial da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) nesta sexta-feira (29). O grupo reúne 12 editores e diretores dos principais jornais do país para discutirem ações que possam contribuir para a construção da cidadania, reforçar a defesa da liberdade de imprensa e valorizar o meio do jornal. O encontro será no CET, localizado na sede da empresa, em Vitória, às 12h30.

O encontro seria realizado em maio deste ano, porém foi adiado devido a crise política. Normalmente, os encontros acontecem em Brasília ou São Paulo e, pela segunda vez, o jornal A Gazeta foi escolhido para a reunião.

O diretor de jornalismo da Rede, Abdo Chequer e o editor chefe da Redação Integrada Multimídia, André Hees, participam do comitê junto com Laurindo Ferreira, diretor do jornal do Commercio, Arlen Medina Néri, diretor-geral de jornalismo de O Povo e Leonardo Mendes Júnior, diretor de redação da Gazeta do Povo e Marta Gleich, diretora de redação no Zero Hora.

Conheça os integrantes do Conselho de Leitores de A Gazeta 2016

Marcos Fernandez
Marcos Fernandez
Reunião do conselho de leitores

Está montado o time do Conselho de Leitores e Internautas de A Gazeta e do Gazeta Online para 2016. O grupo é formado por profissionais que atuam em diversas áreas, sendo o mais novo com 22 anos e a mais experiente com 56. A quarta turma, formada com base na diversidade, toma posse no próximo dia 1º de dezembro, quando os atuais conselheiros se despedem e integrantes de 2016 começam a atuar.

A missão dos conselheiros é ler, opinar, avaliar, criticar e sugerir mudanças na produção das publicações. O grupo foi escolhido a partir de uma seleção com 222 leitores que se inscreveram pela internet e por meio de ficha publicada diariamente em A Gazeta. Na segunda fase, profissionais da Rede Gazeta ouviram, pessoalmente, 28 candidatos durante entrevista.

“O maior objetivo do Conselho é trazer o olhar crítico do leitor para nos ajudar a melhorar continuamente a nossa produção editorial e manter a sintonia com os anseios da comunidade”, destaca a diretora de Desenvolvimento Institucional da Rede Gazeta, Leticia Lindenberg.

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A turma é um grupo plural, formado por leitores que são moradores de diversas regiões e com culturas e crenças variadas. “O Conselho é muito importante porque aponta erros que muitas vezes não observamos, apresenta sugestões de pauta e faz uma crítica do jornal e do site do ponto de vista do leitor habitual. É uma visão diferente de quem está dentro da redação, produzindo o conteúdo. A colaboração é muito rica e nos ensina sempre e ajuda a fazer um jornal cada vez melhor”, destaca o editor-chefe da Redação Integrada Multimídia, André Hees.

O conteúdo da reunião é registrado em ata e distribuído entre os editores do jornal. A implantação do Conselho de Leitores é um dos instrumentos de autorregulamentação sugeridos pela Associação Nacional de Jornais (ANJ).

Os conselheiros

Adimilson da Silva Tibúrcio, tem 42 anos, é católico, economista e mora no Centro de Vila Velha. “Essa abertura do jornal permite a gente dar ideias e contribuir com a produção. Jornal se faz com participação e por isso eu quis participar”, explica.

 

 

Sandra Zanotti

Sandra Zanotti, tem 56 anos, é católica, advogada, servidora pública e mora no bairro Jardim Camburi, em Vitória. “Minha intenção é ajudar na avaliação e crítica das matérias publicadas”, disse.

 

 

Simone Araújo dos SantosSimone Araújo dos Santos, tem 35 anos, é Kardecista, analista de relacionamento com o cliente e mora em Santo Antônio, Vitória. “Gostei da ideia do Conselho porque ouvir alguém de fora, e sem experiência técnica sobre jornais, pode agregar ao conteúdo”, espera.

 

 

Oberacy Emmerich JuniorOberacy Emmerich Junior, tem 51 anos, é coronel da reserva na PM do Estado, católico e mora na Praia do Suá, em Vitória. “ Meu objetivo é contribuir com opiniões e sugestões”, explica.

 

 

Rodrigo Borrego LorenaRodrigo Borrego Lorena, tem 43 anos, é pesquisador e professor universitário de Geografia, católico e mora em Pontal de Camburi, Vitória. “Meu avô e pai tinham atuação em Jornalismo e, por isso, sempre gostei muito de ler. Meu objetivo é contribuir com o conselho”, disse.

 

 

 

Paulo Tavares

Paulo Sandoval Tavares, tem 22 anos, é estudante de Direito, espírita e mora na Mata da Praia, em Vitória. “Gosto muito de ler e quero opinar e sugerir melhorias para o jornal”, disse.

 

 

Andre RibeiroAndre Lima Ribeiro, tem 37 anos, agente penitenciário, estudante de Ciências Sociais, é cristão e evangélico, morador de Parque das Gaivotas, em Vila Velha. “Sempre gostei de participar e costumo mandar e-mails e sugestões para o jornal. Minha intenção é continuar contribuindo”, afirma.