Texto: Eduardo Fachetti
Após reunião para monitoramento dos impactos do novo coronavírus, a Rede Gazeta decidiu, nesta quarta-feira (18), alterar em caráter excepcional e temporário suas formas de trabalho. Isso significa que, já a partir desta quinta-feira (19), vai adotar home office e/ou escalas especiais de trabalho, com revezamento de times, a fim de evitar a exposição das pessoas ao risco de contágio do Covid-19.
Desde a última segunda-feira (16), os gestores de todas as áreas da Rede identificaram quais funcionários poderão adotar o trabalho remoto integralmente e quais deverão trabalhar presencialmente na empresa, levando em consideração as atividades desempenhadas e possibilidades de substituição. Essas mudanças não são definitivas pois se tratam de uma decisão emergencial de saúde pública, devido às circunstâncias.
Pelo compromisso de informar a população capixaba, ainda mais essencial nesse momento, a Rede Gazeta não pode parar. Mas é importante lembrar, de acordo com o diretor-geral da empresa, Café Lindenberg, que a medida também protege os que permanecem no trabalho presencialmente reduzindo a circulação de pessoas nos espaços e, por consequência, o risco de contágio.
“A crise do coronavírus está nos apresentando a uma realidade nunca antes enfrentada, tanto no campo pessoal quanto no trabalho. Viver nesse ambiente desconhecido exige grande dose de sacrifício pessoal, de espírito solidário e responsabilidade com o coletivo”, destacou Café.
Café destacou ainda que funcionárias grávidas já foram liberadas para o home office e os aprendizes foram dispensados até segunda ordem. Aos trabalhadores que se enquadram nos grupos de risco foi facultado que se identifiquem aos seus gestores para buscar a solução mais adequada para flexibilização da jornada.
OUTRAS MEDIDAS
Na última segunda-feira (16), a Rede Gazeta anunciou que o programa de visitas “Portas Abertas”, que recebe semanalmente alunos do ensino básico e universitários para conhecerem a empresa, foi suspenso a fim de evitar aglomeração de pessoas.
Viagens a trabalho de funcionários também foram suspensas e os deslocamentos internacionais cancelados. O uso do auditório da Rede, com capacidade para 170 pessoas, foi bloqueado tanto para eventos próprios como para terceiros que tenham alugado o espaço, por tempo indeterminado.
Paralelamente, como medida de profilaxia, a empresa triplicou o número de dispênseres de álcool em espuma instalados nos corredores, e recipientes de álcool em gel foram disponibilizados em todos os carros de reportagem e de ações comerciais.
Funcionários que voltaram de viagem internacional vão ficar dispensados do trabalho por sete dias, conforme recomendação do Ministério da Saúde. Aqueles que apresentarem algum sintoma de resfriado ou gripe deverão permanecer em casa, e a Rede Gazeta não vai exigir atestado médico nesses casos para evitar o deslocamento dessas pessoas a unidades de saúde sem necessidade.
Ainda de acordo com as orientações, portas e janelas dos setores devem ser mantidas abertas sempre que possível e a recomendação da empresa é que os funcionários lavem as mãos com água corrente e sabão pelo tempo mínimo de 20 segundos, além de evitar o contato das mãos com o rosto mesmo depois da higienização.