LGBTQIA+: campanha da Rede Gazeta colocou funcionários como protagonistas no mês do orgulho

A Rede Gazeta celebrou o dia 28 de junho com muito orgulho por aqui: campanha institucional com funcionários  até na TV, matérias internas e externas, bandeira hasteada, brindes e posts informativos nas redes sociais. A data oficial do Dia do Orgulho LGBTQIA+ foi marcada pela exibição de cards explicativos sobre a sigla na TV coorporativa na entrada da empresa e a distribuição de bottons personalizados, com a frase “Consciência contra o preconceito”, incentivando os funcionários a carregarem no peito, na bolsa ou no crachá o apoio à causa.

Pensando em dar voz aos membros da comunidade e suas histórias, a empresa colocou os próprios funcionários como protagonistas em uma campanha idealizada pelo editor de Mídia Audiovisual, Eduardo Helmer, que buscava representar o movimento de forma autêntica e positiva. “Percebi que a grande maioria das empresas utilizava dessa bandeira simplesmente por ser apenas uma bandeira, replicando exageradamente o uso do arco-íris sem propósito e sem sentido. Por isso que, nessa peça, optei por trazer vários funcionários que carregam suas singularidades e diferenças, mostrando a pluralidade que existe na empresa”, explicou.

Fora das telinhas, a campanha também buscou apresentar a história de funcionários que quisessem compartilhar suas histórias, como foi o caso do técnico de Sistemas Audiovisuais da Rede, Leonardo Fraga, que passou por um processo doloroso e silencioso. “Criado desde novinho em uma igreja bem tradicional, com os ensinamentos que eu tinha, me aceitar seria ‘abominação’. E esse é o pior sentimento que uma pessoa pode ter. Foram 13 anos até conseguir me aceitar. E minha aceitação só aconteceu quando eu entendi que a minha fé não seria abalada por conta da minha sexualidade. Entendi que o que importa é a forma ‘como’ me relaciono e não ‘com quem’ me relaciono”, relatou.

E a luta continua!

Atualmente, existem inúmeras pautas importantes do movimento LGBTQIA+ que são levantadas a fim de alcançar a igualdade e acabar com as injustiças. Uma delas é a inserção de pessoas da comunidade no mercado de trabalho, pois além de ser fundamental para a vida profissional e sustento, isso pode ajudar muito mais do que se pode imaginar, principalmente aos demais membros.

Para a estagiária da equipe de Edição Audiovisual de A Gazeta, Thaila Alexandra, que é bissexual, foi essencial chegar na empresa e ter seu primeiro contato com um estagiário trans, com quem criou um laço de amizade. “Isso facilitou o pensamento de que poderia haver acolhimento dentro da empresa, o que não vemos muito em outros lugares. Acredito que é muito importante a empresa se posicionar sobre a questão, visto que estamos em um Estado muito conservador e preconceituoso e somos a comunicação principal dessas pessoas. Além disso, para além do mês de junho, pautas e pessoas LGBT’s devem ter visibilidade e deve haver orgulho durante todo o ano”, afirma.

Nas publicações das redes sociais da empresa, o público conferiu figuras históricas e marcos de vitória da jornada do movimento até aqui, além de outras pautas ainda não alcançadas na luta, como: representatividade na mídia (para além dos estereótipos), criminalização e punição adequada para atos discriminatórios e capacitação de pessoas trans para valorização no mercado de trabalho, entre outras.