“Não existe empresa forte sem inovação”, diz ex-executivo que hoje lidera festival de criatividade no Brasil

Du Serafim, diretor-executivo do World Creativity Day. Vitória, Vila Velha e Serra. (Divulgação)
Você já imaginou ter à disposição centenas de atividades que estimulem a criatividade, o pensamento inovador e a percepção de mundo de forma mais integrada? Pois isso estará ao alcance dos capixabas, entre os dias 19 e 21 de abril, durante a programação do festival global WCD – sigla em inglês para Dia Mundial da Criatividade. As cidades de Vitória, Vila Velha e Serra serão as sedes das oficinas, palestras e workshops, com apoio da Rede Gazeta e do Fonte Hub.
Uma das mentes por trás deste movimento, que acontece no Brasil desde 2014, é Luiz Eduardo Serafim – ou, simplesmente, Du Serafim, como é mais conhecido.  No ano passado, ele se desligou de uma posição sênior na multinacional 3M e assumiu a direção-executiva do WCD no Brasil.
Agora, frisa Du, é hora de um trabalho incansável para que visão, inovação e criatividade andem de mãos dadas e para que o mundo corporativo compreenda que não será possível avançar e se transformar sem investir em inovação: “Não há organização inovadora sem pessoas criativas”, crava. Confira na entrevista a seguir:

Como podemos definir o “Dia Mundial da Criatividade”, para aquelas pessoas que nunca ouviram falar desta data e, particularmente, da programação que acontece em todo o país?

“World Creativity Day” é o maior festival colaborativo de criatividade do mundo com milhares de atividades gratuitas ligadas ao empreendedorismo, inovação, sustentabilidade, tecnologia e artes, democratizando conhecimento, entretenimento e experiências simultâneas em mais de 50 cidades do país nos dias 19, 20 e 21 de abril.

É um movimento que nasceu no Brasil em 2014 e ganhou impulso a partir de 2017, quando a ONU estabeleceu 21 de abril como Dia Mundial da Criatividade e Inovação. Para conhecer a programação inspiradora de todo o Brasil e do Espírito Santo, basta olhar o site worldcreativityday.com e procurar sua cidade.

Como se pode definir o que é criatividade?

A criatividade é dos mais fascinantes potenciais humanos, que todos aplicamos diariamente em nossas vidas, combinada com outras inteligências e talentos para produzir novas ideias que solucionam problemas, provocam emoções, sensibilizam, atraem atenção, engajam, divertem e ainda por cima, geram auto-estima, crescimento e tremendo bem-estar em nossa vida.

Por quase 30 anos você trabalhou em uma das multinacionais mais reconhecidas do mundo como espaço de inovação, e no ano passado abraçou a direção executiva do WCD no Brasil. Como este tema chegou à sua vida?

Sinto a criatividade pulsar desde garoto, quando inventava jogos, escrevia histórias, aprendia a tocar piano. Sempre tive interesses ecléticos, querendo saber e fazer um pouco de tudo, gerando conexões múltiplas que tanto contribuem para a criatividade.

Se a gente encontra ambientes favoráveis e outras pessoas inspiradas, como vi em casa, na escola e na universidade, tudo vira motivo para criar, seja um trabalho de classe, passeio de fim de semana, uma celebração de aniversário. Não à toa, fiquei 30 anos na 3M que cultivava genuína cultura de inovação. Agora, lidero a comunidade do Dia Mundial da Criatividade e empreendo com educação e inovação para incentivar pessoas e organizações a colocarem mais criatividade em suas jornadas.

Na sua visão, inovação e criatividade andam juntas? Ser criativo é, também, ser inovador?

Elas devem andar sempre de mãos dadas. Criatividade é o começo deste processo de criação de valor para as pessoas e para o mundo. Na largada, precisamos ter curiosidade para aprender sobre tudo e questionar paradigmas. A partir desses conhecimentos e reflexões, podemos gerar ideias originais. Mas se pararmos aí, não chegaremos a inovadores. Só quando desenvolvemos a nova ideia, ajustamos diversas variáveis e implantamos o projeto, gerando valor percebido, resultados e impactos, é que estamos produzindo inovação. Assim, são dois conceitos distintos, mas que vivem juntos e misturados.

Há uma percepção de que, de uma maneira generalista – e talvez até mais depois da pandemia de Covid-19 – as empresas se abriram mais à discussão sobre criatividade e inovação. Esses dois pilares são capazes de tornar o ambiente de negócios mais rico ou mais competitivo?

No mundo das organizações, com as transformações da sociedade em velocidade acelerada, a inovação passou a ser incentivada desde a virada para o século XXI. Ficou claro que as empresas precisam atualizar sua cultura, investir em transformação digital, inovar em seus produtos e processos, na experiência de marca, na forma como distribuem soluções e capturam valor para se adaptarem e manterem relevância no futuro.

Faz duas décadas que sou ativo professor, palestrante e autor desse tema. Já a criatividade sempre ficou marginalizada do cotidiano das organizações, como se fosse tema para o universo das artes e brincadeiras, sem espaço no “mundo sério dos negócios”. A pandemia, o isolamento social, o trabalho remoto, as questões de saúde mental e o debate sobre a IA acionaram um alarme e despertaram maior interesse corporativo sobre criatividade. Como sempre digo, não existe empresa forte sem inovação e não há organização inovadora sem pessoas criativas, um ambiente e uma cultura adequados.

Saindo um pouco desse ambiente corporativo, como as famílias podem contribuir para a formação de novas gerações mais criativas e entusiasmadas com o novo? Quais fatores você apontaria como importantes nesse contexto?

As famílias são importantes para potencializar a criatividade das crianças, estimulando sua curiosidade pelo mundo, incentivando as atividades manuais, a exploração da natureza, o olhar questionador, a quebra pontual de rotinas, algumas viagens e passeios, jogos com imaginação, a exposição a conteúdos diversos.

Também podem contribuir para fortalecer a autoconfiança dos pequenos, envolvê-los em atividades colaborativas, seja na celebração de momentos familiares de maneira original, seja na solução coletiva de problemas. Lembro ainda que promover a criatividade não significa abrir mão completamente de disciplina e nem exige investimentos dispendiosos, pois há muito estímulo em hábitos simples e acessíveis e nas restrições de recursos.

A partir de que momento a criatividade se expressa na vida de alguém? E como dar mais vazão a ela?

Na tenra infância, a criatividade não vê limites, se expande e transborda, alimentada pela imaginação, sem temer restrições e afunilamentos gerados durante nosso processo de amadurecimento e sociabilização. Por isso, é tão importante estimular o brincar, o despertar da curiosidade, a contação de histórias.

Nas escolas, a criatividade não pode se restringir a uma aula específica ou às artes, pois deve ser aplicada em qualquer desafio e disciplina, de maneira integrada. Trabalhos escolares e atividades em nossos lares podem estimular a curiosidade, o pensamento crítico, a atitude de aprendizagem e experimentação, as múltiplas possibilidades, o repertório diverso, o aspecto lúdico, aumentando as possibilidades das gerações ingressarem na vida adulta com autoconfiança, imaginação e menor tendência a se conformar às normas vigentes.

Este ano, o WCD vai acontecer em 55 cidades brasileiras. Três delas são no Espírito Santo (Vitória, Vila Velha e Serra). Há uma meta de aumento de abrangência desse festival? Como outras cidades podem se preparar para edições futuras?

Estamos felizes de consolidar nosso modelo que desenvolve lideranças criativas por meio da formação “Creative Leadership Professional”, onde o trabalho de conclusão de curso é a realização do festival nas cidades, cujo sucesso depende da colaboração do ecossistema local. Abriremos inscrições para candidatos que desejam liderar o World Creativity Day em sua cidade, em 2025, a partir de julho.

Em agosto, selecionamos as lideranças enquanto o curso de formação ocorre de janeiro a abril. As pessoas podem fazer sua pré-inscrição em nosso site sobre.worldcreativityday.com para serem líderes nas cidades, mas também podem participar como inspiradores, voluntários, patrocinadores e anfitriões, compondo uma das maiores comunidades criativas do Brasil. Em 2025, queremos chegar a 100 cidades e, no longo prazo, alcançar 500 localidades, ao redor de 10% dos municípios brasileiros, além de contagiar cidades pelo mundo com a criatividade e empreendedorismo brasileiros.

Rede Gazeta forma mais 10 jovens jornalistas no Curso de Residência

Fim de um ciclo! Após 3 meses de imersão nas rotinas dos veículos da Rede Gazeta, 10 jovens jornalistas estão, oficialmente, capacitados pelo 26º Curso de Residência em Jornalismo. A formatura da turma, na última sexta-feira (08), marcou o fim de mais uma edição do projeto que oferece a jovens profissionais e formandos uma experiência completa de vivência em A Gazeta, TV Gazeta, HZ, g1 ES, CBN Vitória e Estúdio Gazeta.

Na formatura, coube ao diretor de Jornalismo, Abdo Chequer, falar sobre os desafios da profissão. “O jornalismo atravessou uma séria crise de desacreditação. A disseminação de mentirar e as informações manipuladas confundiram a cabeça de uma parcela significativa da sociedade. Mas o jornalismo não morreu. A prova disso está aqui, bem diante dos nossos olhos, com nossos residentes que agora se formam”, frisou Abdo.

O diretor de Jornalismo lembrou, ainda, que hoje a Redação de A Gazeta e CBN Vitória é comandada por um ex-residente, Geraldo Nascimento (da turma de 2004), e outros jornalistas que passaram pelo programa hoje atuam em redações de todo o Brasil, como Raphael de Angeli (TV Globo), Camila Torres (Globo Recife), Guido Nunes (ex-Sportv), Andressa Zanandrea (UOL), entre outros.

Em 3 meses, os residentes de 2023 publicaram mais de 280 reportagens nos veículos da empresa, ajudaram a produzir mais de 30 matérias na TV Gazeta e colocaram no ar conteúdos de redes sociais que, até a última sexta-feira, haviam sido visualizados mais de 617 mil vezes. Ao todo, foram 372 horas de atividades práticas desenvolvidas.

Emoção

Em sua fala de entrega do projeto, o coordenador do curso e gerente de Comunicação Institucional da Rede Gazeta, Eduardo Fachetti, deu um conselho aos novos profissionais que desembarcam no mercado: “A vida muitas vezes nos ensina que precisamos ter muitas certezas, muitas respostas na ponta da língua, muita postura, que devemos agir como tratores. Mas não deixem de ser quem vocês são quando estão trabalhando. Certezas, postura e respostas não podem, em hipótese alguma, abrir um abismo entre quem vocês são dentro e fora do trabalho. A vida é uma só”, ressaltou.

“Jornalistas não devem ter medo da IA”, diz novo editor-chefe de A Gazeta

Em 2024, Geraldo Nascimento completa 20 anos na Rede Gazeta. Egresso do Curso de Residência em Jornalismo, ele ocupou as últimas duas décadas dedicando-se ao jornal impresso, à TV Gazeta, à Rádio CBN e ao site A Gazeta. Foi repórter, produtor, editor, âncora, chefe de reportagem, editor-executivo, chefe de Redação e, a partir desta quarta-feira (29) assume um dos maiores desafios da carreira: ser editor-chefe de A Gazeta e da CBN Vitória.

Na entrevista a seguir, Geraldo fala sobre as expectativas com o novo cargo, os aprendizados dos últimos anos e em que medida ser o primeiro homem negro à frente da Redação pode inspirar as novas gerações. Confira:

Você chegou à empresa em 2004, como aluno do Curso de Residência em Jornalismo. Quais aspectos desta trajetória poderão ser sentidas a partir daqui, quando assume o comando editorial de A Gazeta como editor-chefe?

As transformações estão cada vez maiores, mais velozes e também maiores são os impactos como um todo no nosso tipo de atividade. Temos acompanhado esses processos de perto. Por isso, posso dizer que as pessoas que consomem as informações produzidas em nossos veículos vão conviver cada vez mais com formatos diferentes, áudio, vídeo, texto, foto, ilustrações, enfim e testes em plataformas. Haverá participação cada vez mais frequente nos nossos espaços de decisão editorial, de modo que nosso conteúdo responda sempre aos interesses delas. Mas há questões que não mudam. Valores que estão espalhados por todos os cantos da empresa.

O compromisso com quem escolhe A Gazeta em busca de informação de confiança para tomar decisão, para participar do debate público, é um exemplo disso. Um trabalho incessante pela melhoria na qualidade de vida das pessoas, pelo desenvolvimento social, o crescimento econômico saudável e sustentável, enfim, nessa trajetória foi possível acompanhar muitas mudanças e o que continua cada vez mais sólido apesar das transformações.

Há menos de 5 anos A Gazeta passou por uma profunda transformação, extinguindo o jornal impresso, mas a marca fez a travessia para as plataformas digitais. Quais lições você tira desse período?

Uma lição importante desse período foi que a diretriz de compromisso com o capixaba se mostrou acertada. A Gazeta provou que não é a plataforma necessariamente que define o produto. A credibilidade e o rigor do profissionalismo no dia a dia são a essência de um trabalho que independe de onde ele é apresentado (no papel, na tela do telefone, no tablet, nas ondas do rádio, na televisão). Ganhamos o respeito do capixaba por meio de exemplos diários disso, praticados no nosso jornalismo. A informação precisa ser qualificada sempre, seja uma pequena nota, um serviço, uma análise, uma orientação, seja um alerta, uma grande reportagem ou um guia de diversão. Precisa ser do interesse das pessoas, sintonizada com as necessidades dessas pessoas, no tempo de entrega mais curto possível que o rigor de apuração permitir.

E o que há de desafiador ainda neste horizonte de jornalismo digital?

Vivemos num momento atravessado por muitos dados, várias fontes, um acesso desenfreado à tecnologia e, nesse meio, enfrentamos a desinformação e as mentiras espalhadas como se verdade fossem. Isso além do desrespeito à segurança de informações sensíveis de usuários no mundo digital como um todo. No caso das chamadas fake news, elas se proliferam com muita rapidez com o apoio da tecnologia e das plataformas que insistem em não se responsabilizar por essa parte prejudicial do negócio que conduzem. É um desafio enfrentar essa usina de desinformação até porque há a necessidade de todo um processo educacional forte na sociedade que não caminha na velocidade necessária para enfrentar o tamanho do problema.

É preciso organizar essa confusão informacional também, que dispensa a classificação do quão desafiadora é essa missão. Outro desafio é estar sempre preparado para participar das transformações pelas quais a nossa atividade passa com muita frequência. De preferência participar liderando essas transformações. Isso é desafiador na mesma medida em que é necessário se manter sintonizado com o som do nosso ambiente o tempo todo para captar os primeiros sinais que indiquem novos caminhos.

A Rede Gazeta é afiliada à Globo, que por sua vez vem demonstrando um interesse crescente pela representatividade, uma preocupação com questões de diversidade. A seu ver, ser um homem negro, o primeiro a comandar o primeiro produto da empresa, torna a missão mais emblemática?

É inegável o incômodo de estarmos falando de um Brasil que começou em 1500 e, em 2023, ainda falarmos de “primeiros” e “começos” nesse sentido. 523 anos depois do descobrimento ainda estamos descobrindo espaços de representatividade. Assumir essa função sem que a cor da pele tenha sido o que balizou a escolha é um bom começo de discussão sobre diversidade de modo mais natural.

As pessoas, suas habilidades e capacidades precisam ser o que levar em conta para definir papéis e oportunidades em qualquer lugar. Mas não se pode ignorar que escolhas conscientes pela representatividade são fundamentais no estágio em que estamos de avanços nesse campo. No fundo eu não gostaria que fosse emblemática a minha missão, mas entendo que o contexto leve a isso. Entendo que essa presença também pode provocar nas pessoas pretas algum estímulo para persistirem em alcançar espaços até outro dia restritos a um tipo de cor da pele.

No jornalismo, diversidade é fundamental. É ponto de vista diferente, é outro olhar, é equilíbrio, além de ser uma oportunidade de oferecer a quem nos lê, nos ouve ou assiste uma qualidade maior nas perguntas, nas abordagens, nas escolhas das histórias de vida, pela participação plural da redação. Se essa nova função, nessas condições, ajudar a provocar reflexões de modo geral sobre representatividade, diversidade, ajude a diminuir barreiras e encurtar distâncias, então, sim, que a missão seja emblemática.

Como A Gazeta tem trabalhado sobre a questão da inteligência artificial? Na sua opinião, a IA é uma adversária do jornalismo? Pode haver um canibalismo aí?

A Gazeta tem trabalhado no campo exploratório, com algumas iniciativas inovadoras no uso da IA. A Rede Gazeta como um todo tem se preocupado com isso, estruturou uma diretoria específica para lidar com inovação e tem disseminado essa cultura por todos os ambientes. No jornalismo, temos estimulado nossos repórteres a dominarem as possibilidades, conhecerem, não se distanciarem das inovações tecnológicas que podem, sim, ajudar no trabalho. Temos grupos de jornalistas lendo, pensando, usando ferramentas apoiadas em IA, discutindo formas e formatos de dominar o uso desses elementos. Jornalistas não devem ter medo da inteligência artificial. Até porque não adianta muito temer. Precisam conhecer, discutir conceitos, formular diretrizes éticas, enfim, temos que pensar em formas de usar a inteligência artificial principalmente como meio, não como fim.

Esse é mais um movimento disruptivo que envolve a nossa atividade. E penso que dificilmente vamos estar totalmente prontos para eles. Mas precisamos estar sempre preparados para participar desses movimentos com muita determinação até porque há desafios como a própria desinformação gerada nesse contexto. Participando e entendendo, a gente pode descobrir outros caminhos, atalhos e se destacar, preferencialmente.

Você assume meses antes do início de um ano eleitoral. Os últimos anos em que tivemos eleições mostraram-se um tanto quanto difíceis para o jornalismo devido ao ambiente polarizado e as fake news. Além disso, A Gazeta tem tradição em coberturas políticas. O que o capixaba pode esperar para 2024?

O ambiente polarizado acabou facilitando a disseminação de mentiras e de informações que jogam – e contam – com as sensações das pessoas, guiadas fundamentalmente pelas emoções, afastando a objetividade. O capixaba pode esperar neste ano de 2024 por um trabalho ainda mais focado na prestação de serviço ao cidadão e no fornecimento de informações que ajudem a sustentar o ambiente democrático. Num jornalismo que fiscaliza, que aponta problemas, mas que joga luz nas soluções, que indica caminhos também. E penso que vamos passar por um aprofundamento na leitura dos problemas reais das pessoas, aqueles que tocam suas vidas diretamente.

Nos momentos eleitorais, sobretudo, esses problemas precisam ser evidenciados e contar com o compromisso dos candidatos para resolvê-los. Na última semana, um dado chamou muito a minha atenção de que mais de 600 mil pessoas no Espírito Santo não recebem água tratada em casa. Pare um pouco para pensar nisso… é ou não um absurdo? Temos um trânsito assassino em várias cidades do Estado. Até o mês passado, em 43 dos 78 municípios do ES mais pessoas morreram no trânsito do que em assassinatos… Tem gente saindo do trabalho meia-noite e só chegando em casa por volta de 2h30 da madrugada por causa de falta de transporte. Só para citar alguns dos problemas reais que precisamos nos aprofundar e contar que os políticos, principalmente eles, também façam isso.

Para você, o que o leitor de A Gazeta só encontra neste site? Se pudesse eleger três palavras-chave para determinar o trabalho que será desenvolvido a partir daqui, quais seriam elas?

O leitor de A Gazeta, o ouvinte da CBN, encontram aqui jornalistas totalmente comprometidos com a busca pela informação que melhore a sua vida. Vou me permitir ampliar o que me perguntou para uma frase de três áreas em vez de palavras, e dizer que teremos um jornalismo com mais participação das pessoas, preocupado sempre em melhorar o ambiente em que vivemos – desde um problema da sua rua até os grandes temas estruturantes do Espírito Santo -, além de vibrante e transformador.

Rumo ao centenário, A Gazeta cria nova área com foco em inovação e performance

Em 1928, A Gazeta deu início à sua trajetória como jornal impresso. Nas nove décadas seguintes, modernizou-se, ganhou cores, inaugurou sua página na internet em 1996, chegou a vender 100.000 exemplares em papel em um único dia e, em 2019, fez um relevante movimento de transformação digital, encerrando as atividades impressas. Agora, já de olho no centenário, dá mais um passo na jornada de inovação, passando a operar com uma Gerência-Executiva de Produto.

A nova estrutura, anunciada nesta quarta-feira (29) pela Rede Gazeta, ficará sob liderança da jornalista Elaine Silva, que tem uma trajetória de quase 25 anos no grupo de comunicação. À frente da Redação de A Gazeta e CBN Vitória desde 2019, Elaine migra para a Diretoria de Inovação e Novos Negócios do grupo, onde vai liderar o novo time de Produto Digital.

Na entrevista a seguir, Elaine explica o que a levou a abraçar o novo desafio na carreira e faz uma análise de como o setor de mídia deve encarar as transformações e inovações enquanto a automação e a inteligência artificial avançam cada vez mais rápido sobre o Jornalismo. Confira:

Você entrou na Rede Gazeta em 1998 e, desde então, passou por praticamente todas as posições dentro da Redação de Jornalismo. O que te levou a esta virada de chave, agora, passando para uma área de estratégia digital e de negócio?

Realmente o convite me pegou de surpresa porque são quase 25 anos dedicados às reportagens e decisões editoriais. Entrei na Rede como residente em 1998 e no ano seguinte fui contratada como repórter. De lá pra cá fui editora-adjunta, colunista, editora de Economia, editora-executiva, ou seja, nunca tive outro emprego além da Rede Gazeta. Em 2019, fui chamada para liderar um dos maiores desafios da empresa e também da minha carreira, com a decisão de descontinuar o impresso diário e fazer a transformação digital da Redação, com o foco total no site A Gazeta.

Nesses 4 anos, com direito a uma pandemia no meio, vivenciamos um grande aprendizado na redação. Aprendemos a trabalhar em home office, montamos uma Redação Integrada envolvendo todos os veículos jornalísticos da Rede, e tivemos um mergulho profundo nas estruturas que movem um produto digital. Portanto, por mais que tenha sido surpresa, já estou vindo de um ciclo de muitas transformações, e esse novo passo vai coroar um novo momento não só da empresa, mas também da minha carreira. O legal é ver que a Rede Gazeta está antenada com um movimento mundial de ter jornalistas seniores nesta posição tão estratégica.

Afinal, qual será a missão da Gerência-Executiva de Produto?

A nova gerência é responsável por tudo que envolve o produto A Gazeta, a partir de uma estratégia focada nas necessidades de seus usuários e na sustentabilidade do negócio. A missão é perseguir metas que tragam impacto e relevância para fazer um Espírito Santo cada vez melhor, além de gerar receitas para manter a independência financeira do produto. Suas responsabilidades incluem priorização de tarefas para o site funcionar melhor e diálogo constante com as equipes editoriais para garantir conteúdos em formatos criativos, úteis e com experiência envolvente.

Esta estrutura existe em outros veículos jornalísticos do país? Como foi o processo de construção do modelo que você vai liderar em A Gazeta?

Existe um movimento interessante que vem sendo feito em redações que resolveram apostar forte no digital, como A Gazeta fez. Essas mudanças constantes na forma do usuário consumir notícias vêm exigindo cada vez mais das empresas uma aposta forte na gestão do produto. Mas não são todas os veículos que criaram em uma Gerência-Executiva de Produto. Muitas têm Gerência de Produto, mas com foco no gerenciamento de backlogs, lista de priorização de tarefas no desenvolvido do site. Entretanto, há um movimento recente em redações para uma estruturação de produto de uma forma mais executiva, em que o gestor também tem uma visão geral da estratégia, da sustentabilidade financeira, além da performance do produto.

Em 2019, quando A Gazeta fez o movimento de transformação digital, muito se falou em fortalecer a marca em outras plataformas, dialogar com o leitor e com os assinantes em formatos inovadores. Acha que essa meta foi cumprida? E o que pode ser acelerado a partir daqui?

Vale lembrar que descontinuamos o impresso diário no final de 2019 e começamos o ano de 2020 com um foco muito forte nessa questão de mudanças na forma de produzir e distribuir o conteúdo. A questão é que todo esse processo foi muito acelerado pela pandemia e o que já era muito mutante ficou exponencial. Tivemos que produzir mais, com mais foco em saúde, e entregar a notícia quase em tempo real diante da necessidade de todo mundo saber sobre a Covid-19, as vacinas, e os cuidados em geral com o adoecimento da população. Isso nos aproximou das pessoas ainda mais, afinal a maioria delas estava fazendo tudo de casa.

Experimentamos os maiores picos de audiência do site até hoje. Por isso, acredito sim que cumprimos a meta de estar mais próximos do público e em quais plataformas eles desejavam. O exemplo disso foram os grupos de WhatsApp do site, que até hoje são um sucesso entre os capixabas. Passada a pandemia, vieram outras questões como aumento de fake news, aversão do público por notícias ruins, polarização política, e mais recente a chegada inteligência artificial. Ou seja, acredito muito que o mergulho total no mar do digital veio na hora certa para A Gazeta, isso nos credenciou a saber enfrentar grandes ondas e superar vários desafios.

Mas elas (ou eles) continuam crescendo, e agora, a oportunidade é ter um time ainda mais dedicado ao produto, para entender melhor o público, seus gostos, seus objetivos, e, na outra ponta, também estar mais próximo do mercado, diante de tantos clientes que vêm nos valorizando, sendo parceiros comerciais.

Nos próximos meses você e seu novo time têm a missão principal de construir uma estrutura sólida de liderança, estratégia e metas para 2024. Já há um “objetivo maior” para o próximo ano?

Ainda estamos nas discussões preliminares sobre estratégia e metas. Mas uma coisa que temos certeza é a de que não abriremos mão do engajamento do público capixaba. Não importa se ele gosta de política, economia, opinião, trânsito, clima, polícia ou entretenimento. Ou se gosta de formato em vídeo, áudio ou texto. Menos ainda se quer entrar no site pela página principal, pelo site de busca ou pelas redes sociais. Essa escolha quem faz é o usuário e nós temos que estar prontos para atendê-lo. Sabemos que temos que facilitar a vida do leitor, fazer com que ele chegue e se sinta bem no site, ao se relacionar com nosso conteúdo. De outro lado, entendemos a importância de manter uma independência financeira, através de um negócio sustentável.

Na sua opinião, a jornada de transformação e consolidação de A Gazeta como produto digital sustentável dialoga com a inteligência artificial?

Sabemos que a IA vai mudar ainda mais a forma do leitor consumir conteúdo. Quanto mais a gente antecipar esses movimentos, ler tendências e traçar uma estratégia de adaptação a esse novo momento, poderemos usar a IA para algo proveitoso, que nos aproxime dos usuários. A questão é entender as ameaças, como aumento da desinformação e desrespeito aos dados e direitos autorais. E na outra ponta usar essa tecnologia para facilitar o trabalho, aprofundar o conhecimento sobre a audiência, agilizar a chegada da informação ao leitor.

Aliás, tem como escapar dos impactos da IA no jornalismo?

Escapar não é a palavra na minha opinião. Acredito que tenhamos que conviver, enfrentando os desafios que virão e aprendendo com as oportunidades que também vão ser criadas.

A Gazeta mira o futuro do produto digital e cria modelo para gerenciar estratégias e entrega de conteúdo

Para acompanhar o movimento dos maiores sites de notícias do Brasil e do mundo, a Rede Gazeta anunciou, nesta quarta-feira (29), a criação de uma nova estrutura de governança estratégica de seu principal produto digital, o site A Gazeta. A jornalista Elaine Silva, que desde agosto de 2019 atuava como editora-chefe do veículo e da CBN Vitória, assume o cargo de gerente-executiva de produto, e passa a liderar um time focado em performance, metas e inovações para se aproximar ainda mais os leitores e o mercado anunciante.

Com experiência de quase 25 anos na empresa, Elaine passa a liderar o time de Produto Digital, uma equipe formada por profissionais de Jornalismo, Inteligência de Dados, SEO e Marketing. O modelo está na vanguarda das melhoras práticas de redações do país, e visa construir, já para o começo de 2024, uma visão estratégica de sustentabilidade e inovação do site.

 

“Poucas redações do Brasil têm, hoje, uma gerência-executiva de produto. Muitas têm uma posição semelhante, mas com atuação de facilitador e administrador de backlogs. Entretanto, há uma tendência recente no Jornalismo que é o de ter um gestor com visão geral de sustentabilidade e performance do produto como algo que é consumido e que, portanto, precisa atender às demandas da audiência e do mercado anunciante”, explica Elaine. A nova gerência é fundamental na tomada de decisões sobre o que deve ser desenvolvido, considerando tanto as necessidades dos usuários quanto a estratégia do site jornalístico.

O diretor de Inovação e Novos Negócios da Rede Gazeta, Dudu Lindenberg, a quem o time de Produto Digital se reportará, elogia as credenciais de Elaine para assumir o cargo, que é inédito na organização. “Elaine tem o DNA da Rede Gazeta, foi a editora-chefe que conduziu um dos capítulos mais relevantes da história – quando abraçamos de vez as plataformas digitais – e, além disso, tem a confiança dos times e uma visão ampla sobre a relevância do veículo. Estou certo de que o trabalho que começamos aqui é um marco para nossa visão de futuro”, diz Dudu.

Independência editorial

A jornada de inovação e de transformações de A Gazeta mantém intacto um compromisso público com o capixaba, que vem desde 1928: a independência editorial e o foco em jornalismo profissional para contribuir com o desenvolvimento do ES. E quem herda de Elaine Silva a missão de comandar o site de notícias mais longevo do Estado é o jornalista Geraldo Nascimento.

Especialista em experiências digitais, gestão e engajamento e Master em Jornalismo, gestão estratégica e marcas, Geraldo está na Rede Gazeta desde 2004. Agora, como editor-chefe de A Gazeta e CBN Vitória, atuará lado a lado com o editor-chefe de Telejornalismo, Bruno Dalvi, na Redação de Jornalismo.

“O compromisso com o leitor é algo que A Gazeta preserva desde seu início, há 95 anos. Recebo essa missão com esse compromisso e o de dar continuidade ao trabalho focado na transformação digital, na entrega de conteúdo em diferentes plataformas e no equilíbrio jornalístico. A Gazeta seguirá como o veículo que mais conhece o Espírito Santo”, frisa Geraldo.

O diretor de Jornalismo, Abdo Chequer, destaca a carreira de Geraldo como “brilhante” e reitera a confiança no trabalho que será desenvolvido: “Geraldo entrou na empresa como aluno do Curso de Residência, foi repórter do jornal impresso, da TV, e liderou diferentes times. Suas marcas são a gentileza, o equilíbrio, a capacidade de escuta. Bom jornalismo se faz com esses fatores, e estamos seguros de que as mudanças só vêm fortalecer nosso compromisso com o Espírito Santo e com os cidadãos”.

Rede Gazeta vai premiar as personalidades que foram destaque em 2023 no ES

O ano de 2023 será encerrado com o reconhecimento da Rede Gazeta às personalidades do Espírito Santo que se destacaram em 9 áreas de atuação. O Prêmio Capixaba de Valor será entregue no dia 05 de dezembro, em cerimônia no Teatro Sesc Glória, na Capital, como parte da programação do “Marcas de Valor”, tradicional premiação às empresas mais admiradas pelo público.

O “Capixaba de Valor” será uma decisão de jornalistas, fotógrafos e cinegrafistas da Redação de Jornalismo da Rede Gazeta, que reúne a TV Gazeta, A Gazeta, CBN Vitória, HZ e g1 ES. A seleção dos finalistas – três por categoria – foi feita por colunistas e articulistas de A Gazeta, em cada um dos segmentos.

“No ano em que a Rede Gazeta celebra seus 95 anos, nada mais importante do que dar mais visibilidade aos capixabas, que são a razão de estarmos aqui, dia após dia, produzindo conteúdo de Jornalismo, Entretenimento e projetos especiais. Estamos felizes em promover um reconhecimento como este, que coroa um ano que foi tão rico em mudanças para todos os setores da sociedade”, avalia o gerente de Comunicação Institucional, Eduardo Fachetti.

Rede Gazeta emplaca 12 trabalhos na final do 16º Prêmio de Jornalismo Cooperativista

O final do ano vem chegando com cheirinho de premiação para jornalistas, fotojornalistas, cinegrafistas e estudantes. No próximo dia 8 de dezembro, o Espírito Santo vai conhecer os vencedores do 16º Prêmio de Jornalismo Cooperativista. Este ano, 12 trabalhos são de representantes de A Gazeta, TV Gazeta e CBN Vitória; além deles, duas estagiária de A Gazeta concorrem na categoria “Estudante”.

Atualmente considerada a maior premiação para produções jornalísticas do Estado, o PJC vai distribuir mais de R$ 100 mil aos trabalhos que ficarem em 1º e 2º lugares em suas respectivas categorias. No ano passado, a Rede Gazeta consagrou-se a maior campeã da premiação, trazendo 9 troféus para casa.

O diretor de Jornalismo, Abdo Chequer, destaca que o simples fato de os profissionais  estarem entre os finalistas sinaliza o reconhecimento do mercado e da audiência sobre as produções de 2023. “É sempre uma grande alegria ver que o comprometimento dos nossos talentos, o tempo dedicado por eles às apurações e à busca por histórias rende frutos. O Prêmio de Jornalismo Cooperativista se consagrou para nós como um momento de muita expectativa e celebração. Estamos na torcida”, diz Abdo.

O público vai ajudar a decidir o pódio da premiação. A votação popular começa na próxima segunda-feira (20), no site www.premiodejornalismo.coop.br.

Confira abaixo quem está no páreo:

CATEGORIA ESTUDANTE

Laura Gomes
Reportagem “Elas no controle: mulheres ocupam os espaços e assumem cargos de liderança em cooperativas do Espírito Santo”, publicado no Faesa Digital

Nayra Loureiro Vieira
Reportagem “A importância do cooperativismo e os seus impactos na sociedade”, publicado no Faesa Digital

CATEGORIA FOTOJORNALISMO

Fernando Madeira
Foto:  Alunos se encontram com as voluntárias que fazem os bordados (A Gazeta)

Foto: Anthony da Silva Serafim, 8 anos, desenhou a si mesmo, a família e a escola (A Gazeta)

Foto: Voluntários e alunos da Coopeducar reunidos em tarde de bordado (A Gazeta)

Ricardo Medeiros
Foto: Leite familiar (A Gazeta)
Foto: Seu Miguel olhando o rebanho de bovinos (A Gazeta)

CATEGORIA RADIOJORNALISMO

Isaac Ribeiro
Comunidades quilombolas criam cooperativas para garantir renda e vida digna no ES (CBN Vitória)

Vinícius Zagoto
‘Psicose puerperal e depressão pós-parto: programa visa ajudar gestantes no ES” (CBN Vitória)

CATEGORIA REPÓRTER CINEGRAFISTA

Archimedis Patrício da Silva Júnior
Empreendedorismo rural está mudando a vida de produtores de Domingos Martins (TV Gazeta)

Raphael da Silva Verly
Cooperativa investe na produção da silagem para ajudar produção de leite (TV Gazeta)

CATEGORIA TELEJORNALISMO

João Carlos Caldas Brito Henriques
Com empreendedorismo, cooperativa em Domingos Martins muda a vida de produtores rurais (TV Gazeta)

CATEGORIA WEBJORNALISMO

Murilo Dantas Cuzzuol
Projeto inédito no ES alavanca a produção de leite em meio à estiagem (A Gazeta)

Natália de Souza Bourguignon
Bordado do bem: crianças e idosos se unem para ajudar quem precisa (A Gazeta)

TV Gazeta rebatiza telejornais que acompanham o dia a dia do capixaba

“Gazeta Meio Dia” terá apresentação de Rafaela Marquezini.

Novidades na tela da TV Gazeta: a partir desta segunda-feira (30), dois líderes de audiência ganham novos nomes para seguir fazendo parte da jornada diária dos capixabas: o telejornal da hora do almoço passa a se chamar “Gazeta Meio Dia” e, no começo da noite, o público terá a companhia do “Boa Noite ES”.

Desta forma, na TV aberta, ficará ainda mais claro que os conteúdos do telejornalismo acompanham a jornada diária dos mais de 3,8 milhões de telespectadores, com as principais notícias do dia ao vivo no “Bom Dia ES”, “Gazeta Meio Dia” e “Boa Noite ES”.

E tem mais: a partir de agora, o despertar (das 6h às 8h30) e o pós-expediente (depois da novela “Elas por Elas”) do público serão verdadeiros radares do que é mais relevante em todo o Espírito Santo, pois o bom dia e o boa noite serão com telejornais de alcance estadual.

Aurélio de Freitas segue à frente da edição regional do “Gazeta Meio Dia”.

“Podemos dizer que a TV Gazeta continuará sendo o principal radar de notícias para os telespectadores. No ‘Bom Dia ES’ e no ‘Boa Noite ES’ falamos com o Espírito Santo por inteiro, ajudando as pessoas no começo e no final do dia com as informações que mais lhes impactam. Já o ‘Gazeta Meio Dia’ segue com o mesmo compromisso e com as duas edições que o telespectador já conhece, sendo uma para a Grande Vitória e outra para as regiões Norte, Noroeste e Sul”, diz o editor-chefe de Telejornalismo, Bruno Dalvi.

Presença constante

Daniela Abreu conduz o “Boa Noite ES”.

O “Gazeta Meio Dia” terá apresentação de Rafaela Marquezini para a edição exibida na Grande Vitória e na Região Serrana, enquanto Aurélio de Freitas segue à frente da edição regional, exibida para 66 municípios e com equipes próprias em Cachoeiro de Itapemirim, Colatina e Linhares.

À noite, caberá a Daniela Abreu a condução do novo “Boa Noite ES”, que a exemplo do “Bom Dia ES” pretende levar à casa das pessoas uma visão ampla do que acontece nos quatro cantos do Estado.

“A marca do nosso jornalismo é esse compromisso com as pessoas. Por isso, mais do que mudar o nome de dois dos nossos telejornais, estamos fazendo um convite ao público para se informar conosco, também, através do g1 ES, dos canais de distribuição do WhatsApp e até mesmo do Globoplay. O jornalismo da TV Gazeta é uma presença para todo o dia do capixaba”, destaca o diretor de Jornalismo, Abdo Chequer.

Café Lindenberg defende diálogo conjunto para encarar transformações do mundo

 

A tarde desta sexta-feira (27) marcou o início da 18ª edição do Pedra Azul Summit, encontro anual de líderes políticos e empresariais do Espírito Santo. Tendo na plateia os prefeitos da Grande Vitória e o governador do Estado, Renato Casagrande, o presidente da Rede Gazeta e anfitrião do evento, Café Lindenberg, apontou o que, segundo ele, é um dos grandes ativos da programação: “ser uma bússola de oportunidades para os capixabas”.

Na abertura do evento, Café destacou a capacidade de adaptação às mudanças no ambiente empresarial e também aos hábitos das pessoas como um desafio que precisa ser encarado de forma conjunta por quem lidera organizações, sejam elas públicas ou privadas. Mencionando os 95 anos do grupo de comunicação, completados em setembro último, ele destacou o quanto as empresas de mídia têm sido provocadas também a se transformarem.

“Ser parte da rotina diária das pessoas no mundo atual tem exigido cada vez mais que as empresas de mídia aumentem a capacidade de escutar o público sem perder de vista a agilidade. É imprescindível ter velocidade para nos adaptarmos ao mundo em que os hábitos de consumo de notícia e o comportamento do mercado tornaram-se menos previsíveis’, frisou.

De acordo com Café, “mudança e transformação são palavras que entraram de vez para o vocabulário” e, nos próximos dois dias, empresários e gestores públicos poderão, de forma conjunta, construir agendas em comum para o desenvolvimento do Espírito Santo.

“A defesa do diálogo segue sendo bandeira hasteada pelo Pedra Azul Summit. Paralelamente, este é um compromisso presente em cada um dos veículos por onde a Rede Gazeta se conecta com milhões de pessoas todos os dias”, enfatizou.

Empreendedorismo, novos públicos e comunidades: veja o que pensa o diretor Dudu Lindenberg sobre o futuro do Fonte Hub

O Fonte Hub está completando 1 ano de funcionamento nesta quarta-feira (21), e como todo bebê que começa a dar os primeiros passos (a mãezona Rede fica de olho!), tem muito chão para andar ainda. Mas, no que depender de um dos entusiastas e responsáveis pelo hub, o diretor de Inovação e Novos Negócios, Dudu Lindenberg, o horizonte é promissor: “Nossos esforços são na direção de nos tornarmos uma empresa que pensa grande”.

Confira, no ping-pong abaixo, três perguntas que podem te ajudar a compreender melhor o Fonteversário, o caminho que a Rede trilhou até aqui e onde é possível chegar – contando, é claro, com maior integração e participação de todos os gazeters, afinal, a inovação é para todos!

1) No retrospecto deste 1 ano, como vê a evolução dos nossos esforços de inovação e conexão?
O Comitê de Inovação da Gazeta tem avaliado positivamente nossos esforços, e sobretudo, ficamos muito satisfeitos com o avanço que obtivemos na pesquisa que mede a maturidade da gestão de inovação na empresa comparando 2021 com 2022. Saímos de uma maturidade média percebida de baixa para avançada, podendo destacar um avanço muito relevante nos quesitos de “Visão e Direcionamento” e “Recursos e Infraestrutura”, um reconhecimento direto do trabalho que fizemos aqui na área sob gestão da Leticia Lima mas com colaboração direta de centenas de pessoas na empresa.

No que tange “Conexões”, uma das razões de existir do Fonte, ainda temos muito a melhorar para gerar mais valor para o capixaba e para a Rede Gazeta, mas além de centenas de reuniões em que apresentamos de maneira super transparente o momento que vive nossa empresa e o desejo que temos de buscar soluções com mais e mais parceiros, com a filosofia de inovação aberta, podemos destacar projetos que apoiamos e promovemos que variaram de empreendedorismo para jovens de periferia até sofisticados modelos que usam inteligência artificial para prevermos a audiência futura da nossa TV. Hoje temos trabalhado dentro da nossa empresa com interações diretas e indiretas, 9 startups de variados segmentos com as quais temos aprendido muito!

2) Houve momentos de recálculo da rota? O que, na sua visão, pode ser tirado como lição?
O nosso propósito de inovação é transformar nossa empresa em um ecossistema de negócios que alavanca o potencial de realização de pessoas e de empresas, e isso não mudou desde que o colocamos no papel formalmente em 2021. Por outro lado, existem muitas maneiras de fazermos isso, e não há caminhos certos ou errados por definição, os nossos esforços são na direção de nos tornarmos uma empresa que pensa grande, toma riscos, aprende rápido com seus erros e, usando o termo da sua pergunta, ajusta a rota quando percebe que há caminhos melhores para avançar na direção que desejamos.

3) Na sua visão, o que podemos esperar do Fonte Hub daqui para frente?
Temos muitos projetos no forno, muitos parceiros nos procurando, mas estamos trabalhando com os recursos que temos e respeitando a evolução da maturidade e da cultura da empresa para lançar projetos mais ambiciosos e sinérgicos com nossos negócios. Em linhas gerais, gostaríamos que mais gente da própria empresa nos procurasse com propostas, hoje já recebemos muita demanda de fora (risos), e temos discutido trabalhar com mais profundidade em projetos de aceleração de empreendedorismo, interação com novos públicos e comunidades com que desejamos nos relacionar mais, buscando novos insights e oportunidades. E, claro, precisamos avançar mais no sentido de experimentação com produção, edição e distribuição de conteúdo nos nossos estúdios, buscando aprendizado e novas receitas.