Seguindo a programação de março, Mês da Mulher, a Rede Gazeta realizou, no fim da tarde de quarta-feira (20) o “Todas Elas Encantam”, evento aberto ao público para dar visibilidade às profissionais que são referência em suas áreas de atuação no Espírito Santo.
O evento foi marcado por uma roda de conversa composta por quatro mulheres sobre suas vivências, momentos de superação e vitórias: a cantora e compositora Ada Koffi; a maestra Alice Vieira; a gerente da Samarco Ivi Segrini e a capitã da PMES Karina Bortoluzzi. A mediação do bate-papo foi feita pela gerente-executiva de Produto Digital de A Gazeta, Elaine Silva.
Durante mais de uma hora e meia, as convidadas compartilharam suas histórias no mercado de trabalho e vivências pessoais. No caso da maestra Alice Nascimento, da Orquestra Filarmônica de Mulheres do Espírito Santo, o caminho para a liderança não foi fácil, uma vez que a indústria musical ainda é predominantemente masculina. Isso fica evidente no relatório do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), que revela que dos R$ 901 milhões arrecadados com música no Brasil em 2021, apenas 7% foram destinados a artistas mulheres.
Um dos pontos de partida da fala de Alice foi justamente explicar que, em sua visão, deve ser chamada de maestra, e não maestrina, como consta em dicionários da Língua Portuguesa. “Maestro é uma palavra italiana. Maestrino é uma palavra italiana. Já o feminino de maestrino, é maestrina. Em italiano, o significado de maestro é o condutor de uma orquestra. O significado de maestrino é o diminutivo, ou um regente medíocre. Fiquei chocada com essa interpretação. Por isso gosto de me apresentar como maestra, é o que sou”, compartilhou Nascimento.
A cantora e compositora Ada Koffi também trouxe à tona sua jornada no mundo da música, destacando não apenas os desafios, mas também os momentos de sucesso. “Basta a gente acreditar, porque a gente é capaz”, afirmou a cantora, ressaltando a importância de as mulheres cultivarem autoconfiança no que fazem.
SORORIDADE
As participantes também conversaram sobre a importância de poder contar com a ajuda de outras mulheres durante a jornada profissional. “Acho que é o nosso papel como mulher e esse letramento, esse nosso envolvimento com a diversidade, equidade e inclusão, eu acho que ela extrapola a nossa profissão”, refletiu Ivi Segrine, que há 18 anos era a única mulher em cargo de gerência na Samarco. Hoje, mulheres representam cerca de 20% dos gerentes da mineradora.
A capitã da Polícia Militar do Espírito Santo contou desafios únicos que enfrenta na sua profissão e ressaltou que um dos seus desafios é incentivar mais mulheres a ocuparem esses locais. “Me sinto extremamente orgulhosa de estar onde estou. Mas seria melhor se tivesse mais mulheres (na PM). Então, assim, apesar de ter vagas de concurso abertas, a taxa de entrada é de 10% a 20%. Então, quando eu saio pra falar sobre isso nos cursos de formação, ou em outros ambientes, o principal é… Meninas, moças, vamos ocupar, porque é muito melhor quando a gente tem alguém perto”, compartilhou a capitã.
Depois da roda de conversa, as musicistas da Orquestra Filarmônica de Mulheres do ES apresentaram um pocket show para os convidados, com uma sequência de músicas de autoria feminina.
MAIS EVENTOS
Além do Todas Elas Encantam, a Rede Gazeta preparou uma série de programações especiais para o Mês da Mulher de Norte a Sul do ES. Clique aqui e confira!
CONHEÇA O TODAS ELAS
O “Todas Elas” foi criado em 2019 e, desde então, encampa ações de valorização, conscientização e fortalecimento de causas femininas. Em A Gazeta, a página especial reúne diferentes conteúdos voltados às mulheres. Idealizadora e embaixadora do projeto, a gerente-executiva de Produto Digital de A Gazeta, Elaine Silva, destaca a importância do tema nas empresas e a forma com que o projeto contribui para a formação de mulheres cada vez mais potentes.
