Mês do Orgulho LGBTQIA+: conheça a história do estagiário de Assinaturas, Derek Battistela

“Juntei toda minha coragem e no dia 28 de junho de 2019, Dia do Orgulho, após um dia em família na casa do meu avô, ao chegar em casa chamei meus pais para conversar e dizer o quanto essa bandeira me representa e o quanto eu faço parte dela, assim como milhares de pessoas”. Esse é o relato de um dia importante na vida do estagiário de Assinaturas, Derek Battistela, quando conseguiu “sair do armário” para sua família. Em comemoração ao Mês do Orgulho LGBTQIA+, vamos conhecer a história de alguns funcionários que fazem parte dessa comunidade e merecem, não só em junho, toda essa visibilidade.

Hoje, aos seus 21 anos, o estagiário se sente à vontade para dizer que está vivendo sua melhor fase, mas nem sempre foi assim. “Desde sempre, me reconheci como alguém diferente dos ‘meninos’ da minha idade, sempre me vi como alguém a ser estudado, porque essas diferenças até então não eram bem-vistas e muito menos aceitas (não que seja muito diferente agora). Meus pais, de certa forma, tentavam dar todo o apoio necessário mediante ao bullying e qualquer tipo de comentário que viesse a ocorrer ao longo dos anos, mas ainda assim, nunca era e nunca foi o bastante, vai além do que as pessoas poderiam imaginar e somente alguém que vive/viveu isso poderia dizer”, relembra.

Foi assim que ele começou a ser o Derek que não tinha opinião própria, sempre de bem com a vida e que achava que tudo sempre estava bom. Até ter o seu momento de despertar e decidir que não queria ser mais aquela pessoa, mas sim o Derek de atitude, extrovertido, inteligente, e sem medo do que poderiam dizer disso. Durante esse processo de aceitação, o apoio das pessoas que ama foi fundamental. “Minha irmã de apenas 9 anos (hoje) me oferece doses diárias de autoaceitação e coragem para lutar”, destaca.

Junto a isso, para ele também é muito importante participar de uma campanha como essa, já que ainda existem muitos tabus e preconceitos sobre o assunto. E, ainda, encoraja àqueles que desejam se orgulhar de quem são, mas, por diversos motivos, ainda não conseguem. “Eu, como uma pessoa desse meio, e ainda preto, é gratificante saber que aos poucos estamos mudando uma realidade que durante um tempo nos foi ‘negada’ por merecimento, por estética e outras coisas mais. Para aqueles que precisam desse encorajamento: muita força, amor, liberdade para ser quem quisermos ser. Afeto, carinho, orgulho que vem dentro. Estamos juntos nessa. Jamais se sintam sozinhos e sim acolhidos”, afirma.