Rede Gazeta lembra o Dia da Consciência Negra no Brasil neste sábado (20)

Texto: Eduarda Moro

Este sábado, 20 de novembro, é marcado pelo Dia da Consciência Negra no Brasil. Data instituída pela Lei 12.519/2011, em homenagem à morte do líder negro Zumbi dos Palmares. A data também reacende o debate sobre o combate ao racismo e o reconhecimento da história negra para a formação do Brasil. Para lembrar a Consciência Negra, a Rede Gazeta produziu diversos conteúdos para os veículos e redes sociais.

Na semana anterior à data, o site A Gazeta produziu reportagens especiais e, na quarta (17), um professor de Filosofia comentou obras de autores africanos no quadro “Pensamento Cotidiano”, na CBN Vitória. Além disso, a TV Gazeta vai exibir o especial “Falas Negras”, da Globo, contando a história de brasileiros cujas trajetórias servem de inspiração para suas comunidades, de modo a exaltar as conquistas dos trabalhadores negros. O programa vai ser exibido no sábado (20), após a novela “Um Lugar ao Sol”.

Nas redes sociais, o perfil do Instagram @redegazetaes e o LinkedIn da Rede Gazeta também trazem, neste sábado, dicas de locais importantes que representam a história dos negros no Espírito Santo. De acordo com o gerente de Comunicação Institucional, Eduardo Fachetti, a ideia é, tanto quanto dar mais visibilidade ao Dia da Consciência Negra, chamar a atenção para espaços que fazem parte do dia a dia dos capixabas e que algumas vezes não são “explicados” às pessoas.

“Quando se fala em consciência, é importante que ela seja vivida diariamente, em todos os aspectos. Mais da metade da população do Espírito Santo é formada por negros, e trazer essa discussão sobre o povo, a história e a importância de não apagarmos o passado é importantíssima. Só podemos imaginar um Estado desenvolvido e forte se a base disso for informação qualificada para que as pessoas formem seu senso crítico e se reconheçam”, destaca Fachetti.

Confira, a seguir, 5 lugares que respiram resistência e orgulho aqui no Estado:

Museu Capixaba do Negro

Museu Capixaba do Negro (Mucane)

O Mucane é um espaço cultural focado na cultura negra e, hoje, serve de espaço para reuniões, encontros, seminários, oficinas permanentes de dança e música e local de narração de histórias para manter a transmissão da história dos negros pela oralidade.

Endereço: Avenida República, 121 – Centro, Vitória
Horário de funcionamento: terça-feira a sexta-feira, de 9 às 17 horas; sábado, de 9 às 14 horas

Monumento Guerreiro Zulu

Monumento Guerreiro Zulu

Inaugurada em 2006, a estátua tem cerca de 7 metros e está localizada em frente à Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales). A obra, que homenageia a contribuição do povo negro no Estado, é composta pelo busto de um homem negro com pescoço alongado e tem a forma de uma casaca, instrumento de percussão típico do congo.

Os zulus são um povo do sul da África que, no passado, resistiram fortemente à colonização pelos britânicos, bôeres e portugueses entre os séculos XIV e XIX e início do século XX.

Endereço: Avenida Américo Buaiz, 205 – Enseada do Suá, Vitória

Monumento à Dona Domingas

Monumento à Dona Domingas

Desde a década de 1970, o monumento está localizado no Palácio Anchieta e homenageia Dona Domingas e todos os trabalhadores negros. Conhecida como “Pietà do Lixo”, a obra retrata uma mulher negra, corcunda, que leva um saco nas costas e um cajado nas mãos. Ela era moradora do bairro Santo Antônio, e a história da catadora se baseia em conversas com os comerciantes do Centro.

Endereço: Praça João Clímaco, 142 – Centro, Vitória

Ruínas do Queimado

Ruínas da Igreja de São José do Queimado

Localizado no Sítio Histórico São José do Queimado, a Igreja tem mais de 170 anos de história e foi palco da Insurreição de Queimado, uma das principais revoltas do país, que nasceu de uma promessa não concretizada de liberdade feita pelo frei italiano Gregório José Maria de Bene aos escravizados do local.

Endereço: Queimado – Serra Sede, Serra

Sítio Histórico do Porto de São Mateus

Porto de São Mateus

Berço do Museu Intercontinental África Brasil (temporariamente fechado) e de outros centros artísticos e religiosos, o Sítio Histórico do Porto de São Mateus viu o início e o fim do tráfico de escravos no Espírito Santo: nele, desembarcou grande parte dos negros escravizados que vieram para o Brasil e também foi nele que foi apreendido o último carregamento clandestino na costa brasileira, em 1856.

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