Texto de Júlia Afonso
(Curso de Residência em Jornalismo)
Uma gestão de orçamento com muita cautela. Foi assim que o governador eleito do Espírito Santo, Renato Casagrande, definiu como será sua administração a partir de janeiro de 2019. A fala foi feita durante o encerramento do 13º Encontro de Lideranças promovido pela Rede Gazeta em Pedra Azul, neste sábado (24). O político ainda destacou suas prioridades para o futuro e áreas de maior investimento.
“O caminho que temos que seguir é de um Estado mais eficiente e veloz, em sintonia com o avanço da tecnologia. Mas, precisamos ter cautela para lidar com o orçamento. Tenho que fazer correções técnicas. Há previsões de aumento da receita que podem não se sustentar. Não posso pisar no acelerador e desacelerar no meio do ano”, enfatizou Casagrande.
De acordo com o político, as prioridades de seu governo estarão focadas em quatro temas considerados urgentes por ele: “Vou trabalhar para buscar a eficiência da máquina pública, melhorar o atendimento na área da saúde – especialmente em alta e média complexidade hospitalar -, achar um caminho com o judiciário para desobstruir o sistema prisional e socioeducativo, e retomar um programa estruturante na área da segurança pública, o Estado Presente”.
Questionado sobre a relação com o presidente eleito, Jair Bolsonaro, Casagrande garantiu que será próxima e institucional. “Me preservei na eleição, tive essa cautela nos dois turnos. Tenho todas as condições de construir uma relação boa. Quero discutir com a bancada federal a gestão do porto, por exemplo. Vou fazer da minha agenda em Brasília a agenda da bancada federal”, respondeu.
O governador eleito ainda revelou que pretende investir em infraestrutura: “Não é possível o Espírito Santo ser competitivo se não resolver a agenda do passado, como a duplicação da BR 101, melhoria das estradas estaduais e do porto. Temos capacidade de buscar recursos de financiamento, mas teremos que ter uma grande articulação nacional”.
Casagrande afirmou que a educação precisa de mudança com investimentos em tecnologia, e destacou que vai realizar um plano de contingência em algumas áreas, como a da segurança pública. “O homicida tem que saber que, na hora em que ele tirar a vida de alguém no Espírito Santo, ele estará correndo um risco maior aqui do que em qualquer outro Estado. O programa Estado Presente cumprirá um papel fundamental”, concluiu.